CIDADES
“A máscara vai cair” Gilberto Almeida
“A mídia constrói personalidades, mas ninguém consegue se manter no personagem pra sempre.
O tempo dirá quem é quem…”
Abigail Aquino
Eu não considero que o resultado das eleições presidenciais foi obtido por vitórias do Sr. Luiz Silva. O que, em minha opinião, provocou o resultado das eleições foi um conjunto de erros políticos do ex-presidente, ou seja, Bolsonaro perdeu para si mesmo e mais, provou que é muito bom de voto! Um presidente que abusa do direito de falar besteiras, que muitas vezes usou de uma franqueza rude e desnecessária, usando frases que podem caber nas mesas de botequins, mas nunca na boca do presidente da república, cujos filhos se portaram da maneira mais inconveniente possível, que, sem entrar no mérito de suas razões para isto, agrediu os membros da Suprema Corte e a grande imprensa nacional, mesmo assim conseguiu praticamente empatar as eleições, onde lutava contra tudo e contra todos, comprova uma popularidade e uma densidade eleitoral muito significativa.
Provavelmente seria presidente reeleito, se não fosse tão infeliz em suas falas especialmente durante a pandemia, se arvorando até a prescrever medicamentos, não permitisse que o Planalto por vezes fosse administrado como uma empresa familiar, enfrentasse o que julgava incorreto no Judiciário e Legislativo usando de sabedoria política e articulação institucional e por fim, mesmo cortando descaradas verbas destinadas à imprensa pelos petistas, não imaginasse que poderia vencer a grande mídia militante com suas conversas no famoso cercadinho e as “lives” das quintas-feiras.
Apenas estes pontos apresentados, estou certo, fizeram se esvair muito mais do que 2 milhões de votos que foi a diferença entre os candidatos.
O mais triste de tudo isto é que, durante a campanha, foi mostrado todo o risco do país tomar o caminho errado não fosse Bolsonaro reeleito, mas era tarde demais. Na mente de milhões de eleitores, ecoava, dentro da cabine eleitoral, a figura de Bolsonaro falando impropérios, agredindo jornalistas e pessoas e imitando uma pessoa com falta de ar, ou seus filhos fazendo lambanças, numa hora que centenas de milhares de pessoas morriam de Covid 19. A grande imprensa, por sua vez, usou seus poderosos meios para incansavelmente fixar tudo de ruim a um presidente que se tornou muito pior que seu governo.
Por outro lado, promoveram uma amnésia coletiva, suprimindo o mensalão, petrolão, o dinheiro na cueca, o tríplex e o sítio de Atibaia, além do indecente aparelhamento do Estado pela “cumpanherada”, promovendo rombos em estatais e uma recessão sem precedentes que resultou em um desemprego gigantesco. O Sr. Luiz Silva, nem precisou de apresentar plano de governo ou mesmo propostas daquilo que faria vencendo as eleições. A mídia conseguiu blindar o novo Macunaíma e carimbar, no então presidente, a figura satânica de genocida, fascista e outros adjetivos que não poderiam ser combatidos com o jargão do “comunista come criancinha”.
Toda a capacidade do Sr. Luiz Silva de comunicar, mentir e se apresentar como pai dos pobres acabou prevalecendo e agora resta ao Brasil , outros 4 anos daquilo que conhecemos bem.
Chegou hora de governar e apresentar resultados, o que, nos 45 dias iniciais indicam que o velho Luiz não acompanhou em nada a evolução dos tempos e continua com o surrado e abominável discurso de 30 anos atrás, sem perceber que o mundo mudou e não haverá mais espaço para retrocessos e que no caso do Brasil, não vale a pena ver de novo. Até mesmo a velha prática de encantar parlamentares com “argumentos” pouco republicanos como nos tempos do mensalão, parece que foi intensamente praticado para reeleger o Senador Rodrigo Pacheco, o que definitivamente jogou no lixo o Sistema de Freios e Contrapesos (“Checks and Balances”), que consiste no controle do poder pelo próprio poder, onde cada Poder seria controlado pelos outros poderes, evitando eventuais abusos e distorções.
Vivendo no caos fiscal já proposto na emenda da transição e da gastança, comprometendo recursos brasileiros para financiar ditaduras bolivarianas, montando ministério que em conjunto acumula quase mil processos judiciais contra seus titulares e o pior de tudo, realizando um “remake” dos desastrosos 14 anos da era petista, não haverá mídia militante que obtenha êxito em maquiar a realidade e, quando a verdade finalmente prevalecer, restará ao povo brasileiro, a quem o Sr Luiz prometeu picanha e mandou comer arroz puro, contar em seu cardápio ao menos com uma mistura: o Chuchu.
Brasil e Mundo
Diego Oliveira (PSD) cala a opinião pública e torra 500 milhões a mais que gestão anterior!
Passos, cidade outrora promissora, agora se vê à deriva sob a gestão do prefeito Diego Oliveira. Em pouco mais de 42 meses no poder, Diego, do PSD (aquele partido do senador Rodrigo Pacheco, aliado de Lula), conseguiu a façanha de queimar meio bilhão de reais a mais que o seu antecessor, Renatinho Ourives – e tudo isso sem entregar uma obra que preste! Como se isso não fosse o suficiente, o prefeito ainda teve a brilhante ideia de pegar um empréstimo de R$ 70 milhões. Para quê? Pergunta para os vereadores que aprovaram a conta.
Além de todos os valores mencionados Diego Oliveira ainda torrou na sua gestão R$ 3,3 milhões em propaganda de rádio e Web TV. O que é mais importante? Consertar buracos ou brilhar nas telinhas? Fazer exames de saúde ou calar a opinião pública? Acho que já sabemos a resposta…
Entre 2021 e 2022, enquanto a cidade se esburacava e adoecia, Diego achou mais interessante investir em sua imagem. Foram R$ 2,5 milhões gastos em propaganda apenas neste período, enquanto apenas R$ 622 mil reais foram destinados à manutenção das ruas. Quer fazer as contas? O gasto em propaganda foi cinco vezes maior do que o destinado a tapar os buracos que afundam os carros dos cidadãos. Parece piada, mas não é!
Milhões Que Poderiam Ter Salvado Vidas
Agora, vamos falar sério: os R$ 500 milhões que o prefeito torrou vieram de onde? Claro, do governo Bolsonaro, que injetou dinheiro em todas as prefeituras do país. Mas em Passos, esses recursos caíram nas mãos de um gestor que parece estar mais preocupado com o brilho da própria imagem do que com a população. Para se ter uma ideia, com esse dinheiro daria para comprar 2.000 ambulâncias ou realizar cerca de 25 mil cirurgias eletivas no SUS. Hoje, a fila para esses procedimentos continua crescendo, com mais de 50 mil pedidos aguardando – sem previsão de atendimento. Mas calma, Diego está na TV e no rádio, então tudo deve estar bem, né?
O produtor rural Cláudio Michillo desabafa: “Da porteira pra dentro, ninguém precisa do prefeito. Precisamos da porteira pra fora! Esse dinheiro todo de propaganda daria pra consertar a estrada mestre pelos próximos 10 anos. Mas o produtor rural não rende votos!”
E a cereja no bolo? O Ministério Público está de olho nos contratos de publicidade feitos sem licitação. A prefeitura até tentou justificar, mas a desculpa não convenceu ninguém. Afinal, será que a propaganda era mesmo para informar a população ou apenas para promover o prefeito e calar quem ousa questionar? A pergunta que fica no ar: *cadê o dinheiro que estava aqui?*
Se tem uma coisa que a gente aprendeu, é que quando a política vira um circo, o palhaço somos todos nós. Fica o alerta: cuidado com o preço do espetáculo, porque a conta quem paga é você!