COLUNA MG
Audiência Pública no TJMG discute especialização de competência das Câmaras Cíveis e Criminais
Na terça-feira (4) às 9h, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) realizou uma audiência pública para debater a proposta de alteração regimental relacionada à especialização parcial de competência das câmaras cíveis e criminais da Corte estadual. O evento ocorreu no auditório do Órgão Especial, no edifício-sede do TJMG.
A audiência teve como objetivo coletar informações e opiniões dos desembargadores e desembargadoras, da OAB-MG e da comunidade jurídica estadual, além de entidades da sociedade civil e acadêmica, sobre as vantagens e desvantagens da especialização. Também avaliou os critérios que devem ser observados para a especialização parcial da competência recursal dos órgãos fracionários do TJMG, conforme o texto da Resolução nº 977/2021.
Gustavo Chalfun, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAAMG), representou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), Sérgio Leonardo neste importante ato em defesa da advocacia. Durante sua sustentação oral Gustavo Chalfun enfatizou a importância do debate democrático e a necessidade de ouvir as diversas opiniões. “Quero, de antemão, dizer a este egrégio Tribunal da satisfação de poder ocupar esta tribuna, de representar a Ordem dos Advogados do Brasil em um momento crucial para este, que prova ser um tribunal que, democraticamente, quer ouvir a sociedade civil constituída e quer ouvir as mais diversas entidades”.
O presidente da CAAMG pautou sua argumentação pela defesa do acesso à justiça, segurança jurídica, celeridade e razoável duração dos processos. Ele também destacou a missão da OAB-MG de representar os interesses de aproximadamente 150 mil advogados de MG, afirmando que a instituição realizou consultas amplas para compreender as diversas perspectivas da advocacia mineira.
Chalfun esclareceu que a OAB-MG é favorável à especialização, alinhando-se às recomendações do Conselho Nacional de Justiça e ao objetivo de proporcionar uma razoável duração dos processos. “Somos favoráveis à especialização naquilo que coincidir com o disposto no inciso 78 do artigo 5º da Constituição da República, a razoável duração do processo”, enfatizou.
No entanto, ele apontou preocupações específicas em relação à 9ª Câmara Criminal, que, segundo ele, tem encontrado dificuldades para proporcionar uma boa prestação jurisdicional devido ao alto volume de processos. “A advocacia criminal em Minas Gerais sofre com um acervo na 9ª Câmara Criminal. Lamentavelmente, nada obstante a especialização ser um norte e uma diretriz, no que tange ao acervo dos processos em tramitação nesta respeitável Câmara, a finalidade não é atingida: a boa prestação jurisdicional”, declarou Chalfun. Ele propôs que a 9ª Câmara Criminal seja convertida em uma câmara comum, como as outras oito câmaras existentes, para melhor atender às necessidades dos jurisdicionados. Durante a sustentação oral Chalfun citou Ruy Barbosa, em Oração aos moços quando diz que:
“Justiça tardia não é justiça, senão injustiça qualificada e manifesta.
Dr. Gustavo finalizou sua fala expressando a satisfação de poder participar do debate e reiterando o compromisso da OAB-MG com a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático de Direito e da boa aplicação das leis. “Com o mais absoluto respeito às eminentes componentes da 9ª Câmara Criminal, o desejo da advocacia que milita diariamente é pela conversão em uma câmara comum. Manifesto formalmente a este egrégio Tribunal o apoio à consideração da Ordem dos Advogados do Brasil no que diz respeito à especialização”, concluiu Chalfun.
Breve currículo
Aos 46 anos de idade Gustavo Chalfun soma 24 anos de atuação ininterrupta como advogado e 22 anos como dirigente da OAB-MG. Presidiu a 20ª Subseção, foi diretor secretário-geral e conselheiro estadual da OAB-MG. Atualmente é presidente da CAAMG e coordenador da região Sudeste da Coordenação Nacional das Caixas de Assistência dos Advogados. Advogado, ranqueado pelo análise editorial como um dos mais admirados de MG e do Brasil é sócio-diretor do escritório Chalfun Advogados. Mestre pela Faculdade de Direito do Sul de Minas, é especialista em Direito Processual pela PUC-MG, professor de Processo Civil e presidente do Conselho Deliberativo da FESSUL – Faculdades de Ensino Superior. Sua participação na audiência pública no TJMG reflete o compromisso do sistema OAB-MG e CAAMG com a transparência e a representatividade democrática da comunidade jurídica no estado de Minas.
Fonte: SINDIJORI MG
COLUNA MG
Cresce o número de famílias com dificuldades de quitar as dívidas em BH
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Belo Horizonte (PEIC) mostra que, entre maio e junho, houve aumento do endividamento da ordem de 1%. Ao todo, 89,9% dos consumidores da capital possuem algum tipo de compromisso financeiro.
Sobre o nível de inadimplência, a PEIC indica que 53,2% das famílias da cidade estão com alguma conta em atraso – evolução de 3,0 pontos percentuais entre um mês e outro. O nível de inadimplência das famílias que ganham até 10 salários-mínimos é 21,9% maior do que entre aquelas que ganham acima dessa faixa de renda.
“Com um maior acesso ao crédito, visto o aumento de renda e a facilidade de ter acesso a certas modalidades, tais como o cartão de crédito, as famílias passam a ser endividar para conseguir suprir todas suas demandas. O grande problema acontece quando os consumidores não conseguem cumprir com os seus compromissos financeiros tornando-se assim inadimplentes. As altas taxas de juros aplicadas no mercado faz com que a situação de descontrole orçamentário fique ainda mais crítica para as famílias”, explica Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.
Entre as famílias endividadas, 18,8% acreditam que não terão como pagar, sendo que 41,5% destas estão com contas atrasadas há mais de três meses. O percentual das inadimplentes sobe desde janeiro de 2024 quando alcançava 10,4% das famílias da capital.
Já entre aquelas famílias de Belo Horizonte com dívidas, mas que estão conseguindo pagar as contas, 76,7% possuem compromisso financeiro por um período de três meses ou mais. Na média, as dívidas das famílias comprometem 29,9% do orçamento da casa com o cartão de crédito liderando o endividamento de 92,7% dos consumidores.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
Há 85 anos, fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.
Fonte: SINDIJORI MG