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Minas Gerais gerou mais de 25 mil postos de trabalho em abril

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O mercado de trabalho em Minas Gerais segue aquecido em 2024. Em abril, foram criados 25.868 empregos líquidos, resultado de 251.622 admissões menos 225.754 desligamentos. O estado criou quase 114 mil postos de trabalho nos quatro primeiros meses do ano, um saldo de emprego 23,4% superior ao mesmo período do último ano, quando o estado registrou 92 mil postos de trabalho. A análise foi realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG.

Para Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, o mercado de trabalho formal segue aquecido em Minas Gerais e é reflexo da necessidade de profissionais para atender as demandas do mercado. Atualmente, alguns indicadores estão melhores que no último ano, o que reflete positivamente na contratação de profissionais.

Com o saldo positivo do mês de abril, o número de carteiras ativas supera 4,88 milhões de trabalhadores no estado mineiro. Este é o melhor estoque de trabalho desde janeiro de 2020, quando foi lançado o Novo Caged. O número de profissionais atuando no mercado mineiro em abril supera as perdas dos dois últimos meses do último ano em 65.757, o que faz com que o volume de profissionais no mercado de trabalho formal esteja 2,4% superior a dezembro de 2023.

As admissões dos profissionais foram marcadas por contratações de vínculo típico (88,2%), esse tipo é o que mais se aproximam do contrato de trabalho tradicional. Já os contratos considerados sazonais, por englobarem profissionais temporários, intermitentes, parciais, com carga horária reduzida, entre outros, registraram uma proporção bem menor do que a observada nos últimos meses.

“O tipo de contratação de profissionais é um ótimo indicativo para verificar se as contratações são para atender alguma demanda específica, como é o caso de colheitas ou demandas sazonais, ou se as contratações são para atender uma demanda permanente, como é o caso do mês vigente, em que de cada 10 vagas, 9 são consideradas como contrato de trabalho mais próximo ao tradicional,” destaca Machado.

O salário fixo médio de admissão foi de R$ 1.989,21, superior ao salário-mínimo em 41,0%, que atualmente está em R$ 1.412,00. O estado mineiro registrou um valor médio 6,4% inferior ao do contexto nacional e apontou o oitavo maior salário de admissão entre os estados. Ao comparar com a região sudeste, registrou salário menos atraente que São Paulo e Rio de Janeiro, e inferior à média da região em 12,4%.

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No que tange aos salários fixos médios por setor, nota-se certa heterogeneidade entre os salários dos setores, na qual os extremos são o comércio, com R$ 1.706,78, e a construção, com R$ 2.112,56. Vale pontuar que, mesmo que o comércio esteja no limiar inferior de salário fixo médio de contratação, o setor conta com o pagamento de parcela variável (comissões), o que torna o salário de admissão do setor mais atraente.

A geração de empregos líquidos por setor foi mais intensa no setor terciário, representando 57,6% das vagas criadas no mês. Em números absolutos, o saldo de empregos foi o seguinte: serviços (12.807), construção (5.146), Indústria (3.706), agropecuária (2.108) e comércio (2.100). Os setores de serviço, construção e agropecuária tiveram atividades no top cinco de maior saldo para abril, sendo:

Cultivo de café (2.038)

Serviços combinados de escritório e apoio administrativo (1.467)

Construção de rodovias e ferrovias (1.430)

Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento a urgências (1.124)

Construção de edifícios (991)

As micro e pequenas empresas seguem contratando mais profissionais em relação aos demais setores. Em abril, 64,4% das contratações foram absorvidas por empresas desses portes, com mais da metade das vagas (55,1%) apenas nas microempresas. Em relação aos setores com proporções mais intensas em contratações de micro e pequenas empresas, tivemos serviços (74,1%), construção (62,2%), comércio (57,2%) e agropecuária (53,5%). Por outro lado, a Indústria registrou 55,9% das contratações em empresas de médio e grande porte.

Os motivos de desligamentos seguem chamando a atenção, 96,9% dos desligamentos em abril concentram-se em desligamentos por demissão sem justa causa, desligamentos a pedido e término de contrato de trabalho por prazo determinado. Entre estes, o maior destaque é o desligamento a pedido (35,1%), que segue elevado e mostra que os profissionais estão migrando de uma empresa para outra. No mesmo período do último ano, esse motivo já era elevado (33,6%). Já os términos de contrato de trabalho no mês foram de 13,9%, superior ao mesmo período em 2023, que estava em 13,1%.

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Para o nosso economista, “é muito importante olhar para os motivos de desligamentos, pois mostra o comportamento do mercado, como é o caso da elevada proporção de profissionais que estão sendo ‘Desligados a pedido’. Isso é reflexo de um mercado de trabalho aquecido e tem feito com que os profissionais migrem de uma empresa para outra, seja em função de propostas mais atraentes, propósito da empresa estar mais alinhada com os seus objetivos ou até em caso de transição de carreira,” destaca Machado.

No perfil sociodemográfico, em abril, foi observado que os mais jovens continuam conquistando mais postos de trabalho em comparação com os demais profissionais. Profissionais com até 24 anos ocuparam 17.408 das 25.868 vagas criadas, enquanto as demais foram preenchidas por profissionais com até 59 anos. Em contraste, os profissionais mais experientes, com idade igual ou superior a 60 anos, perderam espaço no mercado de trabalho, com a extinção de 837 vagas. Um ponto de observação é que profissionais com essa idade tiveram baixas de 3.700 carteiras nos quatro primeiros meses do ano.

Em relação ao grau de instrução, houve absorção de profissionais em todas as categorias analisadas. Dos empregos líquidos para o mês, a maioria dos profissionais (18.195) possui ensino médio completo, seguido por ensino médio incompleto (2.748), fundamental incompleto (1.923) e superior completo (1.348).

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.

Fonte: SINDIJORI MG

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Cresce o número de famílias com dificuldades de quitar as dívidas em BH

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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de Belo Horizonte (PEIC) mostra que, entre maio e junho, houve aumento do endividamento da ordem de 1%. Ao todo, 89,9% dos consumidores da capital possuem algum tipo de compromisso financeiro.

Sobre o nível de inadimplência, a PEIC indica que 53,2% das famílias da cidade estão com alguma conta em atraso – evolução de 3,0 pontos percentuais entre um mês e outro. O nível de inadimplência das famílias que ganham até 10 salários-mínimos é 21,9% maior do que entre aquelas que ganham acima dessa faixa de renda.

“Com um maior acesso ao crédito, visto o aumento de renda e a facilidade de ter acesso a certas modalidades, tais como o cartão de crédito, as famílias passam a ser endividar para conseguir suprir todas suas demandas. O grande problema acontece quando os consumidores não conseguem cumprir com os seus compromissos financeiros tornando-se assim inadimplentes. As altas taxas de juros aplicadas no mercado faz com que a situação de descontrole orçamentário fique ainda mais crítica para as famílias”, explica Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.

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Entre as famílias endividadas, 18,8% acreditam que não terão como pagar, sendo que 41,5% destas estão com contas atrasadas há mais de três meses. O percentual das inadimplentes sobe desde janeiro de 2024 quando alcançava 10,4% das famílias da capital.

Já entre aquelas famílias de Belo Horizonte com dívidas, mas que estão conseguindo pagar as contas, 76,7% possuem compromisso financeiro por um período de três meses ou mais. Na média, as dívidas das famílias comprometem 29,9% do orçamento da casa com o cartão de crédito liderando o endividamento de 92,7% dos consumidores.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

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Fonte: SINDIJORI MG

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