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Brasil propõe novo modelo de financiamento climático com foco em justiça social e sustentabilidade

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Sigma Lithium / Divulgação

Durante o II Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza, especialistas destacaram o papel estratégico do Brasil na transição energética e no mercado global de minerais críticos.

O evento, realizado no Rio de Janeiro, reuniu lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil para discutir soluções financeiras que conciliem desenvolvimento sustentável, justiça social e preservação ambiental. A pauta é considerada estratégica no caminho rumo à COP30, que será sediada em Belém (PA).

Organizado pelas instituições Open Society Foundations, Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto Igarapé, Instituto AYA, Instituto Itaúsa e Instituto Arapyaú, o encontro foi voltado para representantes do setor público, da iniciativa privada, de instituições financeiras, agências multilaterais, academia, organizações da sociedade civil e imprensa.

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, ressaltou os desafios históricos do financiamento climático e a necessidade urgente de inovação:

“Havia uma expectativa de que os fundos de clima suprissem as necessidades dos países em desenvolvimento, mas os valores nunca chegaram ao patamar esperado. Precisamos repensar como reunir os recursos necessários — esse número de 1,3 trilhão pode assustar, mas, trabalhando juntos, podemos encontrar os caminhos”, afirmou.

A dimensão geopolítica e histórica do debate também foi abordada com profundidade pela ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que destacou a transformação do cenário internacional desde a Rio-92 e alertou para a necessidade de abandonar ilusões sobre consensos universais:

“O mundo hoje é fragmentado. Não é mais aquele da década de 1990, quando a democracia e o multilateralismo impulsionavam a agenda global. Estamos em um século marcado por conflitos, competição e interesses geopolíticos. Falar de sustentabilidade e produtividade agora exige outra abordagem”, afirmou.

Ela ainda acrescentou: “Não acredito em consensos, mas sim em convergências de interesses em torno de causas comuns.”

Do ponto de vista empresarial, Lígia Pinto, vice-presidente de Relações Institucionais da Sigma Lithium, defendeu o protagonismo brasileiro na indústria do lítio verde como uma vantagem competitiva:

“Produzimos com uma matriz energética limpa, auditável, sem barragens e sem uso de ácido sulfúrico. Isso nunca foi feito antes. Nossa legislação ambiental e trabalhista é um diferencial, não um obstáculo”, destacou.

A executiva também reforçou a importância das parcerias entre setor público e iniciativa privada para aproveitar uma oportunidade histórica de liderança global na cadeia de materiais para a transição energética:

“Esse é o momento de apresentar ao mundo o que estamos construindo”, afirmou.


“Roteiro de Baku para Belém para 1,3T”

Durante o evento, foi lançado o “Roteiro de Baku para Belém para 1,3T”, uma proposta concreta para ampliar o acesso ao financiamento climático nos países em desenvolvimento, integrando as agendas de clima e natureza.

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Painel sobre inovação e financiamento climático no Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas.

O fórum também destacou que mais de 50% do PIB global depende de serviços ecossistêmicos, e que o sucesso das metas climáticas e de biodiversidade exige uma transformação profunda no sistema financeiro.


Brasil quer liderar uma nova economia verde

A poucos meses da COP30, o Brasil busca se consolidar como referência internacional em soluções baseadas na natureza, cadeias minerais responsáveis e financiamento climático inclusivo. O país se apresenta ao mundo como exemplo de desenvolvimento de baixo carbono, com justiça social e responsabilidade ambiental.

A segunda edição do Fórum consolida as conquistas do primeiro encontro, realizado em fevereiro de 2024, em São Paulo, que contou com mais de 1.200 participantes presenciais e 1.500 online. Na ocasião, foi elaborado um documento de recomendação entregue oficialmente ao G20.

Por meio do intenso diálogo entre investidores, representantes de governos, líderes empresariais e especialistas do Brasil e do exterior, o Fórum de Finanças Climáticas e de Natureza (FFCN) se afirma como um espaço estratégico de articulação entre finanças, clima e natureza.

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Sistema Faemg Senar anuncia doação de 84 mil litros de leite

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FAEMG SENAR | Divulgação

Parceria garantirá o repasse mensal de 7 mil litros para hospitais e instituições assistenciais de Belo Horizonte ao longo de um ano

Durante a abertura da Megaleite 2025, o Sistema Faemg Senar reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento do setor agropecuário mineiro e com a responsabilidade social. Realizada no dia 10 de junho, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, a cerimônia oficializou duas importantes parcerias que asseguram a doação mensal de 7 mil litros de leite a instituições hospitalares e assistenciais da capital mineira, totalizando 84 mil litros ao longo de 12 meses.


Termos de parceria

O primeiro acordo firmado estabelece a doação mensal de 2 mil litros de leite longa vida ao Serviço Social Autônomo Servas (SSA-Servas). A iniciativa conta com a participação da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Itambé e CCPR, tendo o Sistema Faemg Senar como entidade interveniente. A distribuição será dividida igualmente: metade destinada ao Hospital Mário Penna e a outra metade a instituições socioassistenciais cadastradas pelo SSA-Servas.

O segundo termo prevê o repasse mensal de 5 mil litros de leite em embalagens Tetra Pak ao Hospital da Baleia, referência estadual em atendimento médico humanizado. Esta ação conjunta reúne o Sistema Faemg Senar, o Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (SILEMG), a Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (OCEMG), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e a Fecomércio.

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Compromisso social e equilíbrio do setor

“A doação, além de simbolizar a força da união entre as entidades, demonstra que, quando a cadeia do leite está equilibrada, tudo se torna possível — inclusive atender quem mais precisa com um produto tão essencial. Esse equilíbrio, essa pacificação que o setor vive hoje, é o que nos permite contribuir com tranquilidade e responsabilidade para o atendimento dos pacientes. Vamos seguir juntos, cumprindo nossa missão”, afirmou Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.

A iniciativa reforça o papel do setor agropecuário como agente de transformação social, aliando produção, solidariedade e compromisso com a população mineira.

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