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Brasil transforma indústria global de lítio

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Sigma Lithium | Divulgação

A estratégia da Sigma Lithium, empresa brasileira que integra operações de processamento e industrialização de óxido de lítio verde e rastreável, se baseia em crescimento sustentável, ampliação da capacidade industrial e custos operacionais baixos, garantindo assim sua competitividade global, combinando tecnologia, eficiência e responsabilidade social.

Na conferência internacional promovida pelo BNDES sobre a cadeia de valor de minerais estratégicos para a transição energética e descarbonização, Ana Cabral, CEO da Sigma Lithium, destacou a ascensão do Brasil como um dos protagonistas na produção global de lítio verde e rastreável. Segundo ela, o país tem se tornado um polo atrativo para investimentos devido à sua capacidade de unir inovação tecnológica, sustentabilidade e competitividade.

Ana Cabral contou que o grande diferencial da operação da Sigma está no processo industrial, onde o lítio ganha valor agregado por meio de tecnologia e processos sustentáveis. A empresa, que opera no Vale do Jequitinhonha, desenvolveu um modelo industrial baseado em automação, inteligência artificial e processos digitalizados. “Nossa planta de produção de óxido de lítio é a mais moderna do mundo”, explicou.

A tecnologia utilizada permite otimizar o processamento, consolidando o Brasil como um dos países com menor custo operacional no setor. “Hoje, nosso custo ‘all-in’ é o segundo menor do mundo, perdendo apenas para operações na Austrália e no Chile, que possuem grande escala industrial.”

Além do baixo custo, a CEO da Sigma Lithium avalia que um dos grandes diferenciais do projeto da empresa é o fato da operação ganhar escala com implantação da segunda planta greentech, com rastreabilidade e eficiência operacional, sempre respaldados por uma robusta lei trabalhista.

Prioridades da Operação: Segurança e Sustentabilidade

Ana Cabral ressaltou o compromisso da Sigma Lithium com a segurança no trabalho e a rastreabilidade dos processos. A empresa alcançou um histórico impressionante de zero acidentes em toda a sua operação, um feito raramente visto no setor. “Rastreabilidade é um direito humano. Significa garantir que nossos trabalhadores tenham condições seguras e dignas de trabalho. A companhia opera há mais de 555 dias com zero acidentes “, declarou.

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A Companhia também tem impacto social significativo na região do Vale do Jequitinhonha, empregando 1.600 pessoas e gerando cerca de 13 mil empregos indiretos. “Nosso compromisso é com o desenvolvimento da comunidade. Impulsionamos microcrédito e investimos na capacitação da mão de obra local”, disse.

Salto tecnológico

Durante sua fala, Ana Cabral destacou que a planta “greentech” da Sigma Lithium adota um sistema SCADA (Sistema de Supervisão e Aquisição de Dados) que agora incorpora Inteligência Artificial.

“Essa tecnologia permite que o sistema aprenda com as detecções de anomalias na mineralogia, tornando-o cada vez mais eficiente. O SCADA inteligente passa a fazer recomendações digitais para a correção do curso do processo produtivo, digitalização de processos e digitalização do controle de frota. Integração de uma operação mineral e uma industrial”, detalhou.

Perspectivas Futuras

A Sigma Lithium segue em plena expansão, com planos de dobrar sua capacidade produtiva graças ao financiamento do BNDES pelo Fundo Clima. A empresa já está entre as dez maiores produtoras globais de lítio e tem previsão de subir para o quinto lugar nos próximos meses.

O avanço da indústria de baterias no mundo também reforça a posição do Brasil como um player estratégico na cadeia global de suprimentos de lítio. “A demanda por minerais críticos, como lítio, grafite e níquel, só tende a crescer. O Brasil tem uma oportunidade histórica de consolidar sua presença nesse mercado”, concluiu Ana Cabral.

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Reconhecimento internacional

Yusuke Hino, representante da Associação de Baterias para Cadeia de Suprimentos (BASC), disse durante a conferência que a entidade acompanha de perto o trabalho da Sigma Lithium, e que a companhia tem revolucionado a cadeia de lítio no mundo, com uma produção sustentável, projetando o Brasil como importante fornecedor de materiais e componentes industriais de alto valor e baixo carbono.

O avanço da indústria de baterias no mundo também reforça a posição do Brasil como um player estratégico na cadeia global de materiais de bateria. “A demanda por minerais críticos, como lítio, grafite e níquel, só tende a crescer. O Brasil tem uma oportunidade histórica de consolidar sua presença nesse mercado”, concluiu Ana Cabral.

Sobre o evento

Organizada pelo BNDES, a conferência ‘Cadeias de Valor de Minerais Estratégicos para Transição Energética e Descarbonização’ reuniu autoridades do governo, entidades, indústrias e empresas nacionais e estrangeiras responsáveis por projetos de minerais estratégicos do Brasil.

Ana Cabral integrou o painel mediado por Henrique Vasquez, gerente da Finep, que também reuniu Fabiano José de Oliveira Costa, CEO da AMG; Marco Antônio Coelho de Berton, pesquisador-chefe do Instituto Senai Paraná; Paulo Castellari, diretor da Appian Capital/Graphcoa; e Silvia C. Alves da França, diretora-presidente do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem).

O painel debateu o desenvolvimento da cadeia de minerais estratégicos para projeção do Brasil como importante fornecedor de materiais e componentes industriais de alto valor e baixo carbono.

A íntegra da conferência está disponível por meio  deste link.

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Igor Eto deixa o Partido Novo para assumir comando do Avante em Minas

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O ex-secretário de Estado de Governo de Romeu Zema, Igor Eto, deixará o Partido Novo — legenda à qual é filiado desde 2016 — para assumir a presidência do Avante em Minas Gerais. A posse está marcada para 1º de dezembro.

A mudança atende a dois objetivos principais: Eto ficará responsável pela organização das chapas de deputados federais e estaduais para as eleições de 2026 e trabalhará para aproximar o Avante do grupo político do vice-governador Mateus Simões (PSD), pré-candidato ao governo de Minas. A saída de Eto representa a segunda baixa relevante do Novo em sequência, após a migração do próprio Simões para o PSD.

Simões já conta com apoio de um bloco partidário composto por Novo, Podemos, PP, União Brasil, DC e Solidariedade. A entrada do Avante ampliaria essa base de alianças.

Para assumir o comando do partido, Igor Eto deverá deixar o cargo que ocupa no BDMG, e, segundo apuração, já comunicou o banco sobre sua decisão.

Nos bastidores, a movimentação é interpretada como um reposicionamento estratégico do Avante no cenário político mineiro e como um reforço ao campo de apoio de Simões, que deve assumir o governo estadual em abril, quando Zema se desincompatibilizará para disputar a Presidência da República.

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O deslocamento do Avante para uma posição mais à direita, no entanto, tende a gerar tensões internas e pode acelerar a saída do deputado federal André Janones, que negocia filiação ao PDT ou à Rede Sustentabilidade. A deputada Greyce Elias também articula sua saída e deve migrar para o PL.

Atualmente, o Avante possui cinco deputados federais: além de Tibé, Janones e Greyce, integram a bancada Bruno Farias e Delegada Ione Barbosa. A missão de Eto à frente da sigla será preservar o tamanho da bancada em Brasília — objetivo que se alinha às suas próprias perspectivas eleitorais, já que ele pretende disputar uma vaga na Câmara e é considerado um nome competitivo, a depender da formação da chapa.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o partido busca ampliar de três para cinco o número de deputados estaduais eleitos em 2026. Hoje, representam a legenda os parlamentares Carol Caram, Bim da Ambulância e Arlen Santiago.

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