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Diversificação: projeto integra pecuária leiteira e cafeicultura

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FAEMG SENAR | Divulgação

Café Conilon será testado em fazendas produtoras de leite como alternativa para aumentar a renda dos pecuaristas mineiros.

O Sistema Faemg Senar lançou, nesta quarta-feira (1/10), o projeto-piloto “Leite com Café”, que integra duas cadeias produtivas estratégicas para Minas Gerais: a pecuária leiteira e a cafeicultura. A iniciativa teve início em Governador Valadares, com o plantio de dois hectares de café conilon irrigado em uma propriedade familiar dedicada à produção de leite. O objetivo é diversificar a renda e ampliar a sustentabilidade econômica dos pecuaristas, que ainda enfrentam altos custos de produção e margens de lucro reduzidas.

A proposta une a tradição do leite, já consolidada na região, ao cultivo do café, cultura em expansão no Leste de Minas. A expectativa é fortalecer a permanência dos pequenos produtores no campo e estimular a sucessão familiar.

“Essa foi uma ideia do José Edgard Pinto Paiva, da Fundação Procafé. Ele me disse que, se cada produtor de leite reservasse uma parte da fazenda para plantar café, não só manteria sua atividade, mas também aumentaria a renda da família e do município. Foi ouvindo esse conselho que pensamos em trazer o projeto para Governador Valadares, justamente por ser uma região sem tradição na cafeicultura, para quebrar paradigmas e mostrar que é possível inovar e abrir novas oportunidades para o produtor rural”, destacou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo.

Segundo ele, a proposta do Leite com Café nasceu da convicção de que é possível transformar desafios em soluções.

“Ao levar o cultivo do café para propriedades leiteiras, damos ao produtor a chance de aumentar a renda sem abandonar sua atividade principal. Esse é um projeto que mostra que Minas tem força para inovar sempre”, concluiu.

O consultor Carlos Renato Brega reforçou a relevância da iniciativa:

“Passei dez anos trabalhando no Espírito Santo como agrônomo e acompanhei de perto a evolução da cafeicultura, que se tornou referência nacional em produtividade de conilon. Lá, a irrigação e outras técnicas fizeram a produção saltar significativamente. Quando percebi a semelhança de clima e altitude entre Governador Valadares e o Espírito Santo, ficou claro o potencial do conilon aqui”.

O próximo passo é formar um grupo de 15 produtores acompanhados pelo ATeG, multiplicando o conhecimento adquirido e garantindo assistência técnica de qualidade.

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“Um projeto que nasce da união entre café e pecuária, trazendo esperança, desenvolvimento e mais qualidade de vida para o Vale do Rio Doce”, afirmou Sebastião Brinate, supervisor do ATeG Café + Forte, durante sua apresentação.

Impacto inicial

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Governador Valadares, Edberto Rezende, reforçou o impacto inicial do projeto:

“O Leite com Café já mostra potencial para abrir novas perspectivas às propriedades familiares. A diversificação traz segurança econômica e fortalece a cafeicultura no Vale do Rio Doce, que vem conquistando espaço de forma consistente”.

O produtor rural Leandro Júnior Rodrigues expressou confiança no sucesso da iniciativa:

“Estou recebendo a orientação da equipe do ATeG, que tem nos mostrado como cuidar desse cultivo, já que é uma atividade diferente do que estamos acostumados aqui na região, onde a pecuária sempre foi predominante. Com essa iniciativa, o Sistema Faemg Senar está apoiando os produtores interessados em diversificar. No meio rural, sem assistência é muito difícil avançar. O que me deixa otimista é justamente abrir uma nova atividade na propriedade, com potencial de se tornar uma fonte extra de renda”.

Perspectivas de expansão

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelam que, em 2025, a produção mineira de conilon cresceu 25% em relação ao ano anterior, confirmando a tendência de expansão, embora hoje represente apenas 2% da produção estadual. O modelo tem potencial para ser replicado em outras regiões do estado.

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Escola SENAI Audiovisual participa do principal evento do setor na América Latina

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RioMarket 2025 reuniu empresários e especialistas para debater o audiovisual em âmbito nacional e internacional

A Escola SENAI Audiovisual foi destaque no principal evento do setor na América Latina. A RioMarket 2025, realizada entre os dias 2 e 11 de outubro, reuniu empresários e especialistas para debater os principais temas do audiovisual no Brasil e no mundo. Com uma programação voltada para negócios e capacitação profissional, o megaevento é referência no setor, que apresentou perspectiva de impacto de R$ 70 bilhões no PIB, segundo estudo divulgado nesta edição.

A diretora da Escola SENAI do Audiovisual e gerente de Cultura do SESI MG, Karla Bittar, participou do seminário “Desenvolvimento da Capacitação Técnica Regional no Audiovisual Brasileiro”. Ela ressaltou que o audiovisual vive um momento de expansão e consolidação como setor estratégico da economia criativa.

“A capacitação tem papel central nesse processo — é ela que impulsiona o crescimento, gera emprego, inovação e abre novas oportunidades para Minas Gerais e para todo o Brasil”, destacou, lembrando o apoio da Câmara da Indústria de Comunicação da FIEMG.

Também participaram do painel Marcelo Ikeda (professor da Universidade Federal do Ceará), Simon Brethé (professor da Universidade Federal de Minas Gerais), Lúcia Maria Marcellino de Santa Cruz (ESPM – Pós-Graduação, MBA e Master Rio de Janeiro) e Alfredo Manevy (professor da Universidade Federal de Santa Catarina). A mediação foi conduzida por Leonardo Barros, produtor de cinema e TV e sócio da produtora Conspiração Filmes desde 1996.

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Referência

A programação de dez dias incluiu seminários, workshops, rodadas de negócios e o RioMarket Jovem. Os seminários promoveram debates sobre temas atuais do setor, enquanto os workshops permitiram a troca de experiências entre profissionais. Já as rodadas de negócios proporcionaram encontros entre produtores e executivos interessados em aquisição, distribuição, licenciamento e coprodução. O RioMarket Jovem, por sua vez, foi dedicado à formação de novas gerações de profissionais.

Perspectivas

Durante o evento, foi apresentado um estudo da Oxford Economics, encomendado pela Motion Picture Association (MPA), que apontou que o setor audiovisual brasileiro gerou um PIB de R$ 70,2 bilhões em 2024. O levantamento também destacou a geração de 608.970 empregos diretos e indiretos, número superior ao da indústria automotiva. Em comparação com outros setores, o audiovisual empregou 121.840 pessoas, volume equivalente ao da indústria farmacêutica, por exemplo.

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