Coluna Minas Gerais
FIEMG defende diálogo entre Brasil e EUA para buscar solução sobre tarifas

SISTEMA FIEMG | Divulgação
Em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (10/7), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, defendeu um amplo processo de negociação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, com o objetivo de reverter a nova tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a cooperação diplomática, e não a retaliação, é o caminho mais eficaz para enfrentar o impasse.
“A tarifa americana não gera impacto inflacionário no Brasil. Pelo contrário, pode até ter efeito deflacionário, com parte dos produtos sendo absorvidos pelo mercado interno. Já a reciprocidade na taxação tem potencial para gerar pressão inflacionária sobre a economia brasileira”, alertou Roscoe.
Entre os setores mais atingidos, destaca-se a siderurgia, que já enfrenta uma crise provocada pelo excesso de exportações da China. No entanto, Roscoe acredita que o café brasileiro, por sua dimensão e características, pode ter mais facilidade em encontrar novos mercados.
Roscoe enfatizou que os Estados Unidos são um parceiro estratégico do Brasil e, no caso de Minas Gerais, representam o principal destino das exportações da indústria de transformação. Segundo ele, a manutenção da tarifa extra compromete as vendas de produtos de maior valor agregado, que podem encontrar dificuldade em reposicionar-se globalmente. “Vários outros produtos industrializados brasileiros já enfrentam forte concorrência internacional, principalmente da China e de outros países”, destacou.
Diante do atual cenário de reorganização geopolítica e tensões entre EUA e China, o presidente da FIEMG reiterou a importância de o Brasil manter uma postura neutra e técnica.
“Os Estados Unidos são um parceiro tradicional. Do ponto de vista geográfico e econômico, faz todo o sentido que nossas economias mantenham um fluxo comercial ativo e complementar. Na nossa visão, ambos os países perdem com o acirramento das barreiras.”
Rafael Passos
Imprensa FIEMG
Leia mais:
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. Nota Oficial – Posicionamento da FIEMG sobre a taxação de produtos brasileiros
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Coluna Minas Gerais
Minas participa de levantamento nacional de riscos para o agro

FAEMG SENAR | Divulgação
Sistema Faemg Senar sediou reunião do Projeto Índice AGIR
Minas Gerais é um dos estados a integrar as discussões presenciais do Projeto Índice AGIR – Agrogestão Integrada de Riscos, iniciativa que busca mapear e mensurar os principais riscos enfrentados pela agropecuária brasileira. A reunião foi realizada nesta quarta-feira (9/7), na sede do Sistema Faemg Senar, em Belo Horizonte, e reuniu entidades de pesquisa, extensão rural, representantes do setor produtivo e instituições financeiras.
O projeto é conduzido por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com a ESALQ/USP, e foi idealizado pelo Banco Mundial e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O objetivo é desenvolver uma metodologia inédita para criar um índice nacional de confiança do agronegócio, além de indicadores regionais, levando em conta os diferentes contextos e a percepção de diversos atores do setor.
Segundo o professor Gilson Martins, da UFPR e um dos coordenadores do projeto, a proposta vai além dos riscos climáticos e incorpora também fatores como mercado, crédito, logística, armazenagem, infraestrutura e instabilidades políticas.
“O projeto quer oferecer um verdadeiro termômetro da vida no campo, para embasar alternativas mais eficazes de gestão de riscos”, afirmou.
O vice-presidente do Sistema Faemg Senar, Ebinho Bernardes, ressaltou a importância da participação de Minas Gerais.
“Nosso estado é uma referência nacional no agro. É essencial garantir que essa diversidade esteja refletida no levantamento de riscos”, destacou.
As principais demandas do produtor
Durante o encontro, foram debatidos temas como acesso ao crédito, ampliação de seguros mais abrangentes, gargalos logísticos, problemas de infraestrutura, segurança pública, regularização da produção, regulamentações e desafios socioambientais.
A assessora técnica do Sistema Faemg Senar, Aline Veloso, explicou que a atuação com a assistência técnica e as comissões temáticas proporciona uma visão precisa da realidade rural mineira:
“Esse evento presencial possibilita uma visão geral sobre o estado, a partir do olhar das instituições presentes. A partir disso, vamos complementar com informações coletadas diretamente com produtores e técnicos. O resultado será essencial para embasar nossas reivindicações e ações futuras.”
Próximas etapas
O trabalho será realizado em duas fases:
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A primeira, com foco qualitativo, segue até o fim de julho, por meio de entrevistas e encontros com representantes do setor.
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A segunda etapa, prevista para começar em agosto e seguir até fevereiro de 2026, consistirá na aplicação de questionários em todas as regiões do país.
O Projeto Índice AGIR será expandido nacionalmente e deverá subsidiar políticas públicas eficazes nos âmbitos estadual e federal, contribuindo com uma visão ampla e fundamentada da realidade do produtor rural brasileiro.
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