Coluna Minas Gerais
Sistema Faemg Senar debate impactos das mudanças climáticas na produção agropecuária
FAEMG SENAR | Divulgação
Seminário integra a 16ª Semana de Integração Tecnológica e destaca soluções sustentáveis rumo à COP 30
Os eventos climáticos extremos têm gerado impactos cada vez mais severos na produção agropecuária e industrial. Esses fenômenos, porém, vão além dos prejuízos diretos no campo e nas fábricas — seus efeitos alcançam as esferas social, ambiental e econômica, exigindo respostas urgentes e articuladas.
Para estimular a reflexão sobre esses desafios e apresentar caminhos rumo a uma produção mais sustentável e resiliente, o seminário “Mudanças Climáticas e a Produção Agropecuária: COP 30 e os Desafios para o Desenvolvimento Sustentável” reuniu especialistas do setor produtivo mineiro durante a programação técnica da 16ª Semana de Integração Tecnológica (SIT 2025). O evento, promovido pela Embrapa Milho e Sorgo, acontece de 5 a 9 de maio, em Sete Lagoas (MG), com o tema central “A Jornada pelo Clima rumo à COP 30”.
A gerente de Sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, que mediou o seminário, destacou: “A COP 30 será no Brasil, mas o protagonismo precisa vir do campo, da ciência, da tecnologia e de políticas públicas bem articuladas.” Ela também ressaltou o papel de Minas Gerais como referência em práticas sustentáveis, superando a mineração nas exportações e com produtores rurais atuando como protagonistas na preservação ambiental.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso Alves, afirmou que muitos elementos da nova economia de baixo carbono já estão presentes na agricultura brasileira, como os sistemas integrados de produção. Segundo ele, “não há solução climática global sem o agro tropical — e não há agro tropical sustentável sem ciência, políticas públicas eficazes e valorização dos produtores responsáveis.”
O presidente da Associação da Indústria de Bioenergia e do Açúcar de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Ferreira Campos, reforçou a importância do uso estratégico do território: “Território não é apenas chão, é decisão.”
A programação do seminário incluiu palestras e debates sobre:
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os impactos das mudanças climáticas na produção agropecuária e agroindustrial;
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inteligência territorial estratégica para aproveitamento de novas fronteiras agrícolas;
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oportunidades no mercado de carbono, incluindo selos e o programa Renovabio;
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tecnologias do programa ABC+, voltadas à adaptação, mitigação e sustentabilidade dos sistemas agropecuários.
Também foi apresentado o Movimento Central Mineira, que propõe o desenvolvimento planejado de uma nova fronteira agropecuária e agroindustrial na região central de Minas Gerais. Segundo o gerente executivo do INAES, Bruno Rocha, o projeto visa explorar o potencial ainda subutilizado da região, que reúne solo fértil, clima favorável, recursos hídricos e boa infraestrutura logística. “O objetivo é transformar essas vantagens em produtividade, promovendo mais desenvolvimento para o produtor mineiro”, concluiu.
Coluna Minas Gerais
INAES celebra 18 anos dedicados ao fortalecimento do agro mineiro
FAEMG SENAR | Divulgação
Inovação e desenvolvimento no campo
O Instituto Antônio Ernesto de Salvo (INAES) completa 18 anos com uma trajetória marcada por projetos transformadores, expansão institucional e atuação estratégica em prol do desenvolvimento do campo mineiro. Criado em 28 de novembro de 2007 para impulsionar a inovação e integrar ações do Sistema Faemg Senar, o Instituto consolidou-se como referência em sustentabilidade, inovação e fortalecimento sindical.
Ao longo de quase duas décadas, o INAES ampliou seu papel como ponte entre produtores rurais, setor público, empresas e ambientes de inovação, sempre focado em oferecer soluções práticas para os desafios da agropecuária. O Instituto se tornou responsável por programas que unem eficiência, governança, sustentabilidade e fortalecimento institucional, contribuindo diretamente para um agro mineiro mais competitivo e moderno.
O presidente do INAES, Renato Laguardia, reforça o compromisso do Instituto com a inovação e o trabalho conjunto com os sindicatos rurais.
│ “O INAES nasceu com a missão de ser um instituto forte, inovador e parceiro dos nossos sindicatos. Temos projetos importantes em andamento e vamos continuar crescendo com o apoio de todos. Que possamos divulgar esse trabalho, atrair mais parceiros e levar nossos resultados cada vez mais longe.”
Para o gerente executivo, Bruno Rocha de Melo, o aniversário marca a consolidação de um modelo de atuação alinhado às demandas do produtor.
│ “Os sindicatos são parte essencial na construção da história do INAES e queremos estar cada vez mais juntos a eles, criando um ambiente de desenvolvimento integrado e ampliando nossa base de produtores associados.”
Destaques
Entre as iniciativas de maior impacto está o Agro + Verde, realizado em parceria com a Cargill, que já promoveu a recuperação de mais de 2 mil hectares de áreas degradadas no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. No Norte de Minas, o Instituto avança com o projeto de implantação de 2.900 hectares de cacau, apostando na diversificação produtiva e na recomposição ambiental.
Outro destaque é o Programa de Compras Coletivas, que fortalece a atuação dos sindicatos ao ampliar o acesso dos produtores a insumos com melhores preços. A iniciativa já movimentou mais de R$ 2 milhões e garantiu economia média de 11%, ampliando a eficiência das propriedades.
Com o Programa Produtor Responsável, o INAES desenvolve uma plataforma digital de conformidade e gestão de risco, que inclui o uso de sensoriamento remoto para monitoramento de reservas legais.
A modernização institucional também está em curso, com o mapeamento do ecossistema de inovação e um processo robusto de reposicionamento estratégico. Essa escuta ativa junto a lideranças do agro e especialistas resultará em um novo Plano Estratégico, previsto para ser apresentado no início de 2026.
O presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, destaca a importância do INAES para o avanço do setor.
│ “Temos o potencial de ensinar, qualificar e treinar os nossos produtores, e o Instituto é o agente que potencializará nossas ações.”
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