Construção Civil
05 dicas infalíveis para você escolher o piso ideal para a sua casa
01 AVALIAÇÃO DO AMBIENTE A primeira coisa que devemos fazer é saber como o ambiente vai ser usado. Se é um local que vai ter alto fluxo de pessoas ou veículos, se é uma área externa, uma área molhada, um local de pouco fluxo, como é o clima, etc. Lembrando que devemos sempre levar em […]
01 AVALIAÇÃO DO AMBIENTE
A primeira coisa que devemos fazer é saber como o ambiente vai ser usado. Se é um local que vai ter alto fluxo de pessoas ou veículos, se é uma área externa, uma área molhada, um local de pouco fluxo, como é o clima, etc. Lembrando que devemos sempre levar em consideração o ambiente juntamente com os hábitos dos usuários e a segurança.
Em lugares muito quentes é legal usar pisos frios, como os porcelanatos por exemplo, já em locais mais frios é ideal usar pisos mais quentes, como a madeira. Nos quartos é muito comum usar madeira ou vinílicos pelo fato de as pessoas ao levantarem da cama já colocarem o pezão lá no chão e não ter aquele choque de temperaturas logo ao acordar.
Em ambientes úmidos, como cozinhas banheiros e áreas externas é recomendado se usar cerâmicas ou pedras naturais, pois são mais resistentes à agua e limpeza. Já nos locais secos, como os quartos, corredores e salas não há restrições.
Assim como o ambiente e o clima, as pessoas que vão usufruir o lugar também devem ser consideradas na escolha, é interessante observar se ali vai morar um idoso, uma criança e até animais de estimação. Crianças e pets demandam um piso que seja fácil de limpar e não riscam nem mancham, já os idosos o essencial é que não seja escorregadio.
02 TIPOS DE PISO
Hoje em dia podemos contar com diversos tipos de materiais para revestir o nosso chão.
Cerâmica: São aqueles clássicos que vemos em todas as lojas de material de construção. Geralmente possuem um preço mais camarada e dimensões não muito grandes. Há quem os confunda com porcelanatos, que também são cerâmicas, mas essas no caso possuem sua base avermelhada, suas bordas não são retificadas e com isso suas juntas são maiores. A escolha para o tipo de ambiente é feita de acordo com o seu PEI – Resistência à Abrasão.
Porcelanatos: é uma cerâmica feita com materiais mais nobres. São mais resistentes e possuem um acabamento mais refinado. Geralmente possuem bordas retificadas, alguns podem até ser assentados com junta seca. Podem ser polidos, semi-polidos, rústicos, esmaltados ou com texturas. A escolha para o tipo de ambiente é feita também de acordo com o seu PEI – Resistência à Abrasão
Vinílicos: É um piso produzido com resina de PVC, com estampas que imitam madeiras e formatos de réguas com dimensões que variam de um fabricante para o outro, mas geralmente tem dimensões de 15cm X 90cm, 20cm X 120cm, em média. São instalados com o sistema Click macho-fêmea sobre manta. São indicados para áreas internas de menor tráfego.
Laminado de madeira: É um piso flutuante, não é assentado diretamente no contrapiso. São assentados sobre manta, em sistema de encaixe tipo Click e presos pelos rodapés que são colados. São sustentáveis por serem de madeira reflorestada.
Ladrilho hidráulico: Revestimento de muito sucesso no século XIX, principalmente os ladrilhos europeus. Hoje estão de volta a moda, mas tem um custo muito elevado se comparado com as cerâmicas e porcelanatos. São a base de cimento e tem produção artesanal.
Cimentício: Todo revestimento que tem como aglomerante principal o cimento Portland é chamado de cimentício. Nesse grande grupo, é possível dividir os produtos em duas categorias: os pré-fabricados e os moldados in loco.Os pré-fabricados são muito usados em áreas externas, como calçadas, jardins e praças.
O cimento queimado é um bom exemplo do cimentício moldado in loco, é uma solução de baixo custo para pisos e quando bem feita confere ótimo acabamento. Indicado tanto para áreas internas quanto para áreas externas. Muito utilizado em bares, boates e galpões industriais.
Madeira: Piso em madeira natural de lei, geralmente extraída da Amazônia.Conferem muita beleza e conforto, mas não são sustentáveis. Sua instalação é sobre um ripamento e possuem encaixe tipo macho-fêmea.
Pedras naturais:
O granito é uma pedra muito indicada para pisos devido a sua beleza, resistência e durabilidade. São utilizados desde residências até em locais com grande movimentação de pessoas como shoppings, supermercados, aeroportos, etc.Possuem várias tonalidades e quanto mais raro mais caro.
O mármore é indicado para utilização em ambientes internos apenas. Apesar de ser uma rocha sua resistência a abrasão não é muito alta.
Piso em pedra ardósia foi largamente utilizado nos anos 1980 devido a sua durabilidade e baixo custo. Podem ser utilizadas em pisos internos de áreas molhadas e áreas externas. Mas quando possui acabamento polido ela se torna escorregadia.
Pedras São Tomé são amplamente usadas em áreas externas e em beiras de piscina, pois não são escorregadias. Não é recomendado o seu uso em cozinhas, pois a gordura que vem de fogões e churrasqueira costuma manchar as pedras.
03 RESISTÊNCIA, TEXTURA E CORES
Variedade aqui tem de sobra. Vamos começar a falar sobre texturas e cores. São escolhas pessoais, vai de acordo com suas preferencias e a própria decoração do ambiente. É interessante prestar atenção nas sensações que cada uma gera. Cores claras são sensação de amplitude, tranquilidade e limpeza, cores vibrantes estimulam a criatividade e dão energia, tons amadeirados dão aconchego. E por aí vai.
O mais importante está na segurança, nós não podemos colocar um piso que logo logo pode rachar, quebrar, dilatar e oferecer perigo pra quem usa o local. Pra isso é essencial analisar o ambiente e escolher o piso de acordo com o seu uso. O caso das cerâmicas e porcelanatos é muito bom pois eles possuem uma classificação de “Resistência à Abrasão”, o PEI, ele vai de 0 a 5, sendo o 5 mais resistente. E é ele quem vai indicar onde o piso pode ser utilizado. Olha que interessante:
PEI 0 – Baixíssimo: uso apenas em paredes.
PEI 1 – Baixa: estas cerâmicas podem ser utilizadas em pisos de quartos e banheiros residenciais como lavabos, onde anda-se com chinelos ou pés descalços (não são recomendadas para ambientes que exigem limpeza pesada e constante);
PEI 2 – Média: podem ser utilizadas em ambientes residenciais onde geralmente caminha-se com sapatos, com exceção de cozinhas e entradas;
PEI 3 – Média/Alta: podem ser utilizadas em pisos de ambientes internos residenciais como cozinhas, corredores, halls, sacadas e quintais. Estas cerâmicas não devem ser utilizadas em locais que tenham areia, ou outros materiais mais duros que esta, como sujeira abrasiva;
PEI 4 – Alta: este é um piso que resiste ao alto tráfego e pode ser utilizado tanto em áreas internas, como externas. Exemplos: residências, garagens, escritórios, restaurantes, lojas, bancos, entradas, caminhos preferenciais, vendas e exposições abertas ao público e outras dependências.
PEI 5 – Altíssimo (e sem manchas após abrasão): Este piso é ideal para áreas externas. Pode ser utilizado em residências, áreas públicas, shoppings, aeroportos, padarias e fast-foods.
04 LIMPEZA E MANUTENÇÃO
Cada material possui suas especificidades. Pisos claros aparecem mais facilmente a sujeira, o que demanda uma limpeza mais constante, o que pode gerar conflito com o estilo de vida de quem vai usufruir do local.
Para os laminados e vinílicos é recomendável utilizar na limpeza um aspirador de pó e um pano úmido torcido, com algum produto próprio para a limpeza desse tipo de piso. Não é recomendado uso de materiais abrasivos, como escovas, ceras, etc.
Os pisos frios, como porcelanatos e pisos cerâmicos podem ser lavados com água em abundância, o que muitas vezes é visto como uma vantagem desse tipo de revestimento, principalmente para áreas que tem muito uso.
As pedras naturais também podem ser lavados com água em abundância, mas exigem um certo cuidado com os materiais químicos e abrasivos, que podem manchar ou desgastar o material, abrindo fissuras ou causando manchas.
05 INSTALAÇÃO
Os pisos laminados e vinílicos são mais fáceis e rápidos de instalar, são assentados sobre manta em sistema de encaixe tipo Click e presos pelos rodapés que são colados. Podendo ser feito por qualquer pessoa, e existem vários tutoriais que auxiliam na instalação DIY. Esse site por exemplo tem ótimas instruções caso você queira botar a mão na massa.
Os revestimentos naturais de pedras ou madeiras já exigem mão de obra especializada, mas não é nenhum bicho sete cabeças, o importante é contratar um bom profissional. Eles ainda são muito usados, principalmente pelo resultado visual maravilhoso.
As cerâmicas e porcelanatos são as mais comuns de se usar hoje em dia, o que torna fácil achar uma profissional para executar a instalação. Hoje é possível até colar piso sobre piso utilizando uma argamassa especial, evitando sujeira e gastos com mão de obra para demolição.
Extra:
Sempre confira se a loja ou o fabricante possui o revestimento escolhido em estoque e sempre peça de 10 a 15% a mais para o caso de perda no corte ou futura manutenção. Confira tudo no ato da entrega, o lote, as cores e possíveis defeitos. Com isso você evitará várias surpresas desagradáveis durante a obra!
Normas úteis:
NBR 13816:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Terminologia
NBR 13817:1997 – Placas cerâmicas para revestimento – Classificação
NBR 15463:2013 – Placas cerâmicas para revestimento – Porcelanato
NBR 15799:2010, versão corrigida 2013 – Pisos de madeira com e sem acabamento – Padronização e classificação
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Construção Civil
CONFIRA A ENTREVISTA COM A CORRESPONDENTE CAIXA PRISCILA FRANÇA
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