Santa Rita de Cássia
A fé, o esmero e a grandeza do Santuário de Santa Rita, em Cássia MG

Margherita Lotti é uma das santas católicas com milhões de devotos espalhados mundo afora. Ela nasceu em Roccaporena, em 1381 e faleceu na cidade de Cássia aos 22 dias do mês de maio de 1457, na Itália. Ficou conhecida após sua beatificação em 1627 como Santa Rita de Cássia; a santa das causas impossíveis.
Foi uma mulher de muita fé e que salvou muitas pessoas da peste, apenas pela poder da oração. Seu marido foi assassinado e seus dois filhos desejaram vingar-se de sua morte, mas Rita disse que preferiria ver morrer seus filhos a ver “o derramar de mais sangue”. Seu pedido foi atendido e ambos morreram após serem contaminados por leprosos.
Várias são as homenagens feitas por fiéis que alcançaram algum milagre por intercessão de Santa Rita. No Rio Grande do Norte um prefeito construiu o maior monumento católico do mundo, com 56 metros de altura (18 metros a mais que o Cristo Redentor), a estátua de Santa Rita que fica no município de Santa Cruz, a 122 Km de Natal, e vem ganhando destaque no cenário do turismo religioso mundial levou 3 anos para ser concluída.
Já no Sudoeste de Minas o empresário Paulo Flávio de Melo Carvalho foi um desses agraciados pelos milagres da santa, aos 74 anos é um empreendedor bem-sucedido e investiu 25 milhões de reais na construção do santuário de Santa Rita, em Cássia, sua terra natal. Em uma entrevista contou que fez uma troca (promessa) com a santa.
“A minha mãe era muito devota e rezava o terço todos os dias e eu virei um grande amigo de Santa Rita. Eu a admirava ela por essa devoção. Eu queria muito deixar um legado para o planeta e então pedi a Santa que me permitisse chegar aos 60 anos de idade com saúde para construir um santuário. Quando completei 60 anos comecei o projeto da construção do santuário. ” disse Paulo Flávio a imprensa local.
Para se fazer grandes obras é necessário o empenho de centenas de profissionais e o talento de diversos artistas. Na cidade mineira três monumentos, do renomado Ronie Ryba – filósofo, pedagogo e artista plástico da cidade de Mariana, estão expostos na fachada do Santuário. A reprodução da Pietá de Michelangelo; Santa Rita de Cássia e a escultura de Nosso Senhor Jesus Cristo. O artista levou cerca de 1 ano para concluir as obras que são muito complexas devido a sua composição de rocha esteatito (pedra sabão).
Estima-se que o investimento na construção do santuário de Santa Rita de Cássia tenha ultrapassado os R$ 25 milhões de reais. Ele foi doado pelo empresário à diocese de Guaxupé, MG, que ficará responsável por sua administração.
“Eu poderia muito bem, com esse dinheiro, abrir uma empresa e gerar 500 empregos aqui na cidade, mas o santuário pode dar emprego para cinco ou seis mil pessoas. Vai ser um movimento gigantesco na cidade, que vai dar sustentabilidade para a cidade e para aqueles que querem ter seu ganha-pão”, afirmou o empresário. Paulo Flávio ainda afirmou que já fez outra “troca” com Santa Rita de Cássia, mas ela só será revelada quando o empresário completar 80 anos.
Santa Rita de Cássia foi beatificada 180 anos depois da sua subida aos céus e proclamada Santa após 453 anos da sua morte.

A secretária de Turismo, Luciana Evangelista e o empresário idealizador do santuário, Paulo Flávio
- Reportagem produzida por Alex Cavalcante Gonçalves
- Repórter graduando em Ciências Políticas e Humanas
- @alexcavalcante_mochila / Instagran


ENTRETENIMENTO
Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto
Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.
Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.
Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.
Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.
Ali, o tempo parecia suspenso.
Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.
“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.
Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.
Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.
Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.
Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.
Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.
“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.
Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!
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