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Netflix revela o “Thor” brasileiro: Tristan Aronovich estrela o novo filme “O Mestre da Fumaça”

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Quando o ator e cineasta Tristan Aronovich chegou no café em Higienópolis para nossa entrevista, confesso que o momento foi um pouco constrangedor: praticamente todas as cabeças se viravam para olhá-lo. Mas não somente por sua aparência única (loiro, alto, olhos azuis e um porte físico irreal que parece saído literalmente de histórias em quadrinhos de super-heróis) mas principalmente pela energia que emana de sua persona. Parece haver um magnetismo em seu gestual e olhar que prendem a atenção do observador.

Passados os momentos iniciais e a timidez, para minha surpresa (e para quebrar meus próprios preconceitos), quando Tristan começa a falar percebemos a educação e a cultura de um “gentleman” – contrariando o estereótipo de um homem que aparenta ser apenas uma montanha de músculos. Em cada resposta o ator fazia referência à filósofos, grandes mestres do teatro e gênios musicais. E não é para menos: ele estudou atuação, cinema e música em algumas das mais importantes universidades do mundo sempre convidado com bolsa integral! Foi inclusive o único Brasileiro convidado a realizar a especialização em Pesquisa e Performance Teatral na Universidade de Harvard.

No dia 18 de Fevereiro a Netflix irá disponibilizar o próximo filme que exibe Tristan como um dos protagonistas. Trata-se do longa-metragem de ação e comédia “O Mestre da Fumaça” (The Smoke Master). Na obra, Tristan dá vida ao vilão “Caine”. Um brutamontes que comanda os negócios da máfia chinesa aqui no Brasil e precisa seguir certos códigos de honra que abordam vinganças geracionais. Apesar de se tratar de uma aventura sem grandes implicações filosóficas ou dramáticas, Tristan “rouba” a cena sempre que aparece.

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Não que o resto do elenco não seja bom – pelo contrário, as atuações são consistentes e verossímeis – mas Aronovich cria todo um padrão de maneirismos, caretas e maneiras de falar que o colocam em outro patamar (fruto da abordagem de atuação mundialmente conhecida como o “Método”, em que o ator “mergulha” na pele da personagem). Sobre sua preparação, Tristan declara com leveza “Claro que preciso levar em consideração que se trata de um filme de ação, de entretenimento, então não faz muito sentido carregar certos preciosismos desnecessários para a performance. Mas ainda assim gosto de descobrir tudo que puder sobre o personagem, criar suas particularidades, explorar sua maneira de pensar e agir”.

Para nossa entrevista, fiz minha lição de casa e assisti outros filmes protagonizados por Aronovich, como o belíssimo “Alguém Qualquer” (na shortlist do Oscar em 2016) e o perturbador “Black & White” (ambos disponíveis no Youtube), e a capacidade de transformação de Tristan é algo simplesmente sem paralelos na indústria Brasileira. Ele não deixa nada a dever à gigantes do cinema internacional como Heath Ledger, Gary Oldman e Daniel Day Lewis (ídolo confesso de Aronovich).

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Perguntei sobre o interesse em fazer novelas e a resposta foi surpreendente “tive alguns convites mas não me encantaram o suficiente. Também entendo que meu perfil físico é um empecilho pois não me encaixo bem no padrão ‘brasileiro’ de beleza. Embora acredite que o ator possa se transformar fisicamente para se encaixar nos papéis, a indústria aqui parece não perceber muito isso. Mas quem sabe?”. É.

De fato Tristan não se encaixa. Parece mais uma mistura de “Thor” com “Aquaman” (o que aliás ele afirma, bem humorado, ouvir com frequência). A diferença é que, embora pareça um daqueles típicos atores de ação norteamericanos, Tristan sabe atuar! E como! Não deixa de ser triste perceber que na era da inclusão e da diversidade um ator de porte e intensidade internacionais não seja mais aproveitado pelo nosso próprio mercado pelo simples fato de apresentar uma “estética” estrangeira.

Após uma carreira premiada e de sucessos em festivais e nas salas de cinema do Brasil inteiro, “O Mestre da Fumaça” estará disponível na Netflix a partir de 18 de Fevereiro. Não percam a chance de saborear mais uma performance poderosa de Tristan e ainda dar boas risadas! Viva o cinema brasileiro!   

Fonte: TOP FAMOSOS

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Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto

Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

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Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.

Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.

Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.

Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.

Ali, o tempo parecia suspenso.

Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.

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“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.

Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.

Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.

Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.

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Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.

Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.

“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.

Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

 

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!

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