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V Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo – Saúde e Bem-estar : setor  turístico precisa se adaptar às pessoas com restrições alimentares

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Viajar não devia ser uma preocupação, mas quando se tem restrições alimentares é preciso tomar os devidos cuidados, pois as consequências podem ser graves causando inclusive sérios danos à saúde. Esta importante questão foi um dos pontos de debates do V Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo – Saúde e Bem-estar, organizado pelo Núcleo de Pesquisa em Turismo da UNIGRANRIO (NPTU), com apoio da FAPERJ, coordenado pela professora Deborah Zouain.

“O setor de alimentos e bebidas deve estar atento às demandas dos viajantes que se acentuam neste período pós-pandemia, em especial no que tange a escolha de uma alimentação mais saudável. Muitos turistas possuem sim, restrições alimentares, com intolerância ao glúten, por exemplo. Mas outros são vegetarianos ou aderem ao movimento do veganismo por opção. E os meios de hospedagem assim como os bares e restaurantes devem diversificar a oferta das refeições, com olhar mais inclusivo.” afirma Paola Lohmann, pesquisadora do NPTU.

Durante o terceiro painel do evento, o Chef Marcelo Horta, embaixador da Associação de Celíacos do Brasil – ACELBRA-RJ, a nutricionista infantil Luciana Justos, a Chef vegana Raquel Cardoso e Suzane Boyadjian, presidente da ACELBRA- RJ falaram especificamente sobre o tema alimentação.

– O mercado de alimentação saudável tem tido um crescimento exponencial e, por sete anos seguidos é o mercado que mais cresce no mundo. Se alimentar para não adoecer, para ter uma melhor saúde, para viver mais e com qualidade virou prioridade, e a rede hoteleira, os restaurantes, o setor do turismo como um todo que não tiver esse olhar e se atualizar com essa nova demanda  acaba deixando de atender a uma parcela, cada vez maior, da população e já sofre consequências econômicas- comentou o Chef Marcelo Horta.

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Luciana Justos trabalha em uma área específica da nutrição infantil. Ela é mãe de um gêmeo TEA e um em pesquisa de TDAH.

– Um turismo inclusivo, com oportunidades para pessoas com deficiência explorarem o mundo de maneira acessível e significativa, é uma tendência que não beneficia apenas os viajantes mas também transforma comunidades e setores turísticos criando uma sociedade mais inclusiva e justa. Uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo apontou que 53,5 dos turistas com deficiência não viajam por falta de acessibilidade. – explica Luciana

Neste sentido, evidencia-se uma oportunidade para empreendedores na área de turismo, com o olhar para esta demanda que é bem específica. Um cuidado com as famílias, desde a criança até o idoso, que muitas vezes apresenta algum tipo de dieta alimentar.

A Chef Raquel Cardoso não tem problemas de restrição alimentar, mas ela escolheu ser vegana e com o tempo resolveu empreender na área levando aos consumidores produtos que eles têm dificuldade de encontrar no mercado.

– Eu trabalho com a alimentação inclusiva e o vegano aborda tudo, né? É uma coisa importante de se pensar, que a gente consegue fazer um produto que inclui a todos e isso é uma virada de chave.  Ainda existem muitas dificuldades de inclusão de alimentos veganos, apesar de haver muitas possibilidades. Explorar sabores e receitas pode proporcionar a mesma experiência gastronômica que uma tradicional, explica a Chef, que realiza eventos e atende aos diversos públicos, comercializando produtos para pessoas que precisam e também as que optam por manter uma alimentação saudável.

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Suzane Boyadjian, presidente da Acelbra-RJ (Associação dos Celíacos do Rio de Janeiro) e portadora da doença celíaca também descreveu a dificuldade de opções seguras para essa parcela da população, assim como afirma sua dificuldade de fazer turismo.

– Se a gente está falando de uma pessoa com a condição celíaca e que vai viajar, geralmente, ela tem que se programar e ver o que que tem de opções seguras tanto de hospedagem quanto de restaurantes. E aí a gente se depara com a grande oportunidade que existe no mercado brasileiro. São Paulo está um pouquinho a frente, porque já tem opções mais elaboradas de comida que atende ao público com doença celíaca. Mas você chega no Rio de Janeiro, que é um lugar de muito turismo e não encontra  hoteis e restaurantes com o mesmo serviço. É claro que encontra um ou outro, mas são pouquíssimos aptos e seguros para celíaco. – comentou Suzane, que ainda falou do projeto chamado “Passaporte sem Glúten”, com o intuito de cadastrar os usuários, quantificar dados para a construção de políticas públicas que tratem a temática. Movimentar a rede, com descontos, dentre outras vantagens também são benefícios que o Passaporte traz para os usuários.

O V Encontro de Inovação e Empreendedorismo em Turismo – Saúde e Bem-estar, organizado pelo Núcleo de Pesquisa em Turismo da UNIGRANRIO com apoio da FAPERJ aconteceu no dia 22 de novembro de 2023, no Museu Histórico Nacional, no Centro do Rio de Janeiro.  

Os painéis do evento podem ser acessados na íntegra pelo link: https://nptu.com.br/2023-2/

 

Fonte: TOP FAMOSOS

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Alpinópolis e a noite em que a história ganhou voz e rosto

Por entre páginas e memórias, cidade celebra passado e presente em noite de homenagens e autógrafos

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Na noite de 25 de junho de 2025, Alpinópolis não apenas abriu um livro — abriu o coração.

Foi mais do que um lançamento. Mais do que uma cerimônia. Foi um reencontro da cidade com sua própria alma. No Espaço de Eventos Cabana, sob luzes cálidas e olhares marejados, nasceu — ou melhor, renasceu — a segunda edição de “Caminhando pela História – Um Passeio pelas Ruas”, obra do sargento e historiador autodidata Juliano Pereira de Souza.

Homem de farda e de memória, Juliano carrega na postura firme o rigor da disciplina militar, mas é no olhar que se revela sua maior missão: preservar o que muitos já esqueceram. Desde 2009, ele vasculha arquivos e ouve vozes anônimas. Percorre cemitérios, cartórios e corações. Com paciência de quem cultiva uma herança, e com amor de quem pertence à terra que pisa, ele escreveu um livro que é, antes de tudo, um gesto de gratidão.

Na plateia, autoridades e amigos. No ar, um clima de reverência e afeto. O evento, que ele mesmo nomeou de “Noite de Autógrafos e Homenagens aos Amigos da História”, contou com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura, empresas locais e a presença marcante do prefeito Rafael Freire e do secretário de Cultura, Zé G.

Ali, o tempo parecia suspenso.

Entre discursos, lágrimas e palmas, foram homenageadas figuras que moldaram — e continuam a moldar — a identidade de Alpinópolis. Dos mais velhos, como um senhor de 102 anos, guardião vivo de tempos idos, aos jovens que, com talento e dedicação, levam o nome da cidade para além das montanhas, todos foram lembrados. Empresas que apoiaram o projeto também tiveram seu reconhecimento, num claro símbolo de que cultura e iniciativa privada podem — e devem — caminhar juntas.

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“Reconhecer em vida é mais do que um gesto: é um dever”, disse o assessor do Sicoob Credialp, Daniel de Paula, num depoimento que arrancou aplausos sinceros da plateia. E era exatamente isso que acontecia naquela noite — vidas sendo valorizadas, histórias sendo contadas por quem ainda respira.

Juliano, ao apresentar a nova edição de sua obra, parecia emocionado como quem entrega um filho ao mundo. E talvez fosse isso mesmo: o livro nasceu em 2012, dentro do projeto “Ventania Valorizando Nosso Povo”, e ganhou forma em 2021, na primeira edição. Agora, revisado, ampliado e ainda mais vibrante, se consolida como instrumento precioso de identidade.

Nas páginas, genealogias, narrativas, documentos, mapas, nomes de ruas e bairros, registros que, mais do que dados, são fragmentos de alma. Um detalhe chama atenção: entre 2019 e 2023, graças ao movimento de valorização histórica, ruas passaram a homenagear personalidades esquecidas — uma verdadeira reparação simbólica promovida em tinta e concreto.

Durante a solenidade, a escritora Conceição Lima — sempre sensível e provocadora — usou seu momento ao microfone para refletir sobre o impacto da obra e da pesquisa. Destacou a importância de equilibrar tradição e tecnologia, lembrando que até mesmo a inteligência artificial pode — e deve — servir à preservação da memória. E ali, ao lado de Juliano, essa ponte entre passado e futuro se fez real.

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Depois das palavras, vieram os autógrafos. Juliano, paciente e sorridente, fez questão de dedicar cada exemplar com o cuidado de quem sabe o que carrega. Entre abraços, fotografias e agradecimentos, se via algo raro nos eventos públicos: comunhão.

Ao final, foi servido um jantar, em clima de festa e pertencimento. Mas era mais que comida — era partilha. E o sabor maior vinha da consciência de que ali, naquela noite, algo maior havia acontecido: a cidade tinha se olhado no espelho da própria história — e gostado do que viu.

“Jamais podemos permitir que a memória de nossos antepassados se perca no tempo”, escreveu Juliano em sua obra. E naquela noite, Alpinópolis deu um passo firme na direção contrária ao esquecimento.

Foi uma noite memorável. Daquelas que se contam aos filhos. Daquelas que viram, por merecimento, mais um capítulo na história da cidade. E que, com certeza, estarão nas próximas edições do livro de Juliano — porque a história de Alpinópolis não para de caminhar.

 

O escritor Juliano comemorou a noite ao lado da família!

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