Minas Gerais
Ações contra ligações clandestinas vão melhorar abastecimento na RMBH
Mesmo antes do rompimento da adutora no Sistema Serra Azul, que resultou no rodízio de água em diversos bairros da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), milhares de moradores já vinham tendo problemas no abastecimento, principalmente nas áreas mais altas das cidades.
Pesquisa feita pela Copasa identificou que a maioria dessas intercorrências ocorrem em razão das cerca de 300 mil ligações clandestinas, que acabam por desviar um total de 3 bilhões de litros de água por mês.
Segundo o gerente da Unidade de Serviço de Hidrometria da Copasa, Valter Lucas Júnior, esse volume fraudado daria para abastecer, por mês, 1 milhão de pessoas. “Hoje, a Copasa possui 4,5 milhões de ligações de água hidrometradas. E temos uma estimativa de que 300 mil ligações de água estão sendo fraudadas, o que representa 7% do parque de hidrômetro”, explicou.
A maior parte dessas fraudes são provocadas pelos clientes formais da companhia, ou seja, grandes empreendimentos como supermercados, postos de gasolina, açougues, lava-jatos e condomínios, entre outros. A Copasa realiza operações constantes para combater essas irregularidades de clientes com capacidade financeira, que são levadas à Polícia Civil e Ministério Público. Esse prejuízo, segundo o gerente, poderia evitar o rodízio ocorrido neste mês.
Diferencial
O outro grupo que utiliza ligações clandestinas é de moradores que vivem em áreas de vulnerabilidade social e que, por falta de condições financeiras, acaba se tornando inadimplentes da companhia. Por isso, dentro do programa Engajar, a Copasa lançou projeto voltado para regularizar as ligações de água desse público específico. A ação está sendo realizada, no momento, no aglomerado Morro das Pedras, em Belo Horizonte, e na Vila Ideal, no município de Ibirité.
A estratégia utilizada pela companhia é contratar e treinar mulheres na faixa dos 45 anos ou mais, que já vivem nessas áreas, para desenvolver um trabalho de mobilização e conscientização das pessoas, principalmente as localizadas em áreas de ocupação. Não há punição contra esses moradores.
Social
A pessoa que adere ao projeto tem direito a vantagens. Uma delas é ter sua ligação de água regularizada. O consumidor tem o débito com a Copasa congelado e, caso se mantenha adimplente, tem sua moradia cadastrada para ter comprovante de endereço e poder ser inserida na tarifa social. “Antes, criava-se um impacto, porque o morador achava que seria punido pela companhia. Agora, essas mulheres contratadas conhecem todas as pessoas e isso torna mais fácil sua entrada nos imóveis”, afirmou Valter.
“Elas têm uma flexibilidade de horário para trabalhar, cumprem meta. Então, por exemplo, elas têm filhos, netos, têm que levar para a escola. O trabalho não precisa ser das 8h às 18h e, quem entra, pode trabalhar até à noite”, continuou o gerente. Em conjunto, a empresa enxerga as necessidades daquela comunidade do ponto de vista social e propõe ações de incremento de valor pelo uso da água. O projeto será expandido para outras comunidades da Grande BH e também vai abranger a legalização dos serviços de esgoto.
O trabalho em campo teve início em janeiro deste ano. Em dois meses, 1.270 imóveis foram visitados por esse time de mulheres. Desse total, 1.117 famílias aderiram ao projeto, ou seja, 88%, beneficiando cerca de 5 mil pessoas nessas localidades. A expectativa da Copasa é conseguir a adesão de 27 mil famílias até julho de 2023.
Reflexos das fraudes
Para entender como as ligações clandestinas prejudicam o consumidor que possui situação regular na companhia, Valter Lucas Júnior explica que a Copasa faz um planejamento por número de hidrômetros em funcionamento para distribuir água em cada bairro. Quando há o desvio, essa água não é contabilizada pela empresa, por isso não chega com pressão suficiente nas torneiras das casas, principalmente as localizadas em áreas mais altas.
O gerente citou um caso identificado pela Copasa em Ibirité. Segundo ele, todas as casas de uma rua estavam fazendo o uso clandestino da água. “Essas pessoas, normalmente, não têm consciência do volume de água que está gastando. Elas não conseguem perceber. Então, se tiver um vazamento em casa, ele fica. Por isso, os clientes da parte alta não estavam recebendo a água numa pressão adequada naquele momento, porque alguém lá embaixo está fraudando, está consumindo uma água que, para nós, não está contabilizada”, contou.
Além dos projetos, a Copasa conta, ainda, com a colaboração da população para que denuncie essas irregularidades pelos canais de atendimento da companhia.
Agenda ESG
ESG é uma sigla em inglês que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins. Surgiu de uma provocação do secretário-geral da ONU Kofi Annan a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, sobre como integrar fatores sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.
A Copasa sempre teve o compromisso de atuar com Responsabilidade Social. A agenda ESG vem corroborar essa missão, investindo em uma jornada ESG para, com transparência e ética, assegurar a competitividade e a perenidade da empresa.
GERAL
José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”
O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.
“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.
Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.
“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.
Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina
O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.
Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.
Crítica ao governo federal e à inversão de valores
José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.
“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.
Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.
Confiança no PL e esperança de mudança
O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.
“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.
José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.
Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:
“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”
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