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Minas Gerais

Alunos com deficiência visual voltam a receber kits adaptados após mais de seis anos

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A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) está distribuindo mais de três mil kits com materiais de apoio pedagógico para alunos cegos ou com algum tipo de deficiência visual matriculados na rede estadual de ensino. A entrega desses kits vai permitir que os estudantes tenham materiais escolares adaptados de acordo com suas necessidades.

A iniciativa pretende contribuir para o processo de aprendizagem e inclusão desses alunos, público da educação especial. Ao todo serão 3.300 conjuntos de itens distribuídos em duas modalidades: para alunos cegos e com baixa visão.

Chamado de “Kit Cegueira”, destinado a alunos com perda total da visão, vem acompanhado de uma bengala, para auxiliar na locomoção do estudante; uma reglete e uma punção, que são equipamentos que contribuem para a escrita dos alunos em braille; além de um papel especial, que tem uma espessura maior; e um soroban, que ajudam em cálculos matemáticos.

Já o “Kit Baixa Visão” oferece um caderno com pauta ampliada, um plano inclinado para auxiliar na correção da postura do aluno, lápis com grafite 6B, para uma escrita mais forte, borrachas, lápis de colorir, caneta hidrográfica e pincel atômico. 

Solicitação

A coordenadora de Educação Especial Inclusiva da SEE/MG, Suéllen Cristina Ferreira Gomes Fernandes Coelho, conta que, para receberem os kits, as escolas devem solicitar o material ao Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), que integram a rede estadual.

“Todas as escolas que solicitarem o kit, devido a presença de algum estudante (cego ou com baixa visão), vão receber os materiais, mais um notebook. Atualmente, em Minas Gerais, existem sete CAPs, cada um possui sua área de abrangência. Então, as escolas solicitam a demanda ao Centro que atende a sua região, e a  SEE/MG encaminha esse atendimento por meio da unidade”, explica. Quando o aluno com deficiência visual finalizar o ciclo de escolarização, o notebook adaptado deverá ser devolvido para a escola em que ele estudou. 

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Retomada

A  última vez em que houve a distribuição dos kits Cegueira e Baixa Visão na rede estadual foi em 2016, quando 92 conjuntos foram entregues em todo o estado. “A rede não dispunha de recurso financeiro para custear a produção dos kits. Agora, com esse investimento, temos mais uma conquista”, comemora a coordenadora de Educação Especial Inclusiva. 

Os alunos que receberam o kit em 2016 e permanecem na rede também receberão os novos materiais neste ano. Segundo Suéllen, a medida visa garantir que todos tenham acesso a um material de qualidade. “Às vezes, com o tempo de uso, acaba quebrando alguma peça. Então, é importante que o aluno receba peças novas.”, pontuou.  

Notebooks adaptados

Para complementar a alfabetização e garantir a inclusão educacional, alunos cegos ou com baixa visão matriculados do 6º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio recebem um notebook adaptado. Em 2021, a SEE/MG enviou duzentos novos aparelhos para os Centros de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual.

Já os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental recebem apenas o kit, uma vez que ainda estão em processo de alfabetização em braille. 

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CAP

A rede estadual de ensino conta com sete CAPs, cada um localizado em uma região do estado: Belo Horizonte, Montes Claros, Patos de Minas, Uberaba, Três Corações, Governador Valadares e Januária. A área de abrangência das unidades extrapola seu município, o que possibilita o atendimento de todas as Superintendências Regionais de Ensino (SREs). 

Os CAPs têm como atribuição desenvolver ações de produção e adaptação de livros didáticos acessíveis para estudantes com deficiência visual (cegueira, baixa visão e surdocegueira), capacitação continuada na área visual para profissionais da educação e orientação e apoio às escolas estaduais quanto às necessidades específicas desses estudantes.

A coordenadora de Educação Especial Inclusiva explica que os CAPs têm grande importância na vida dos alunos com deficiência. Nos centros de apoio são realizados “a adaptação e transcrição do material (didático) para o braille. Eles também fazem uma adequação para os alunos com baixa visão, transcrevendo materiais de acordo com o número da fonte ou letra em que eles conseguem enxergar”, pontua. 

Suéllen conta que, para garantir um acesso a um ensino de qualidade aos deficientes visuais, “lá também é feita a formação de profissionais da rede para que eles possam lidar melhor com os estudantes, além de oficinas, acompanhamentos e avaliação funcional da visão (do aluno) para identificar qual a intervenção pedagógica mais adequada para aquele estudante”, completa. 

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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