Minas Gerais
Balanço mostra que Pró-Mananciais já beneficiou quase 10 milhões de pessoas
A Copasa apresentou balanço geral do Pró-Mananciais nesta quinta-feira (29/6), durante o encerramento da sexta edição do encontro do programa, realizado em Caeté, na região Central do estado.
Depois de cinco anos de atividades, a iniciativa, que é o carro-chefe da Copasa na área de sustentabilidade, já beneficiou 9,7 milhões de pessoas em 291 municípios mineiros. Os investimentos na proteção e restauração das microbacias hidrográficas utilizadas para o abastecimento público devem ultrapassar os R$ 100 milhões até o final deste ano.
Segundo o gerente de Controle Ambiental da Companhia, Alessandro Palhares, o Pró-Mananciais atingiu um total de 347 bacias hidrográficas, o equivalente a 44 mil quilômetros quadrados. Cerca de 4,8 mil propriedades rurais que estão inseridas no território das bacias foram ou estão sendo atendidas com obras, cercamentos, capacitações e outras ações.
Foram implantados, ainda, 2,5 milhões de metros de cerca, 22 mil barraginhas de infiltração de água, mais de 660 mil mudas plantadas nas bacias dos mananciais e 1,5 mil quilômetros de recuperação de estradas rurais, a mesma distância entre Minas e Sergipe.
“Esse é um programa de coletivos, de parcerias. Sem vocês, nada disso funciona, esses trabalhos não chegariam a resultados tão expressivos. Por isso, o Pró-Mananciais está sendo tão reconhecido nacional e internacionalmente”, agradeceu Palhares.
O último dia do encontro contou ainda com a participação da pesquisadora do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (Funbea), Isabela Peres, que explicou sobre como obter recursos disponíveis para projetos coletivos na área, como o Pró-Mananciais. Segundo ela, iniciativas que abarcam a educação ambiental são urgentes e precisam ganhar visibilidade.
Exemplos de sucesso
Outro ponto forte do encontro foi a exibição dos resultados das ações do Pró-Mananciais. Durante dois dias, representantes dos Coletivos Locais de Meio Ambiente (Colmeias) de diversos municípios tiveram a chance de apresentar aos mais de 600 participantes as experiências bem-sucedidas implantadas nas comunidades de origem e que refletem diretamente na proteção e recuperação das bacias.
Os Colmeias são grupos formados por moradores locais e instituições parceiras como prefeituras, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Instituto Estadual de Florestas (IEF), associações comerciais, iniciativa privada e outros, para atuar em todas as etapas do programa. São eles que definem os problemas das bacias, propõem soluções e colocam o plano de ações em prática.
É o caso da engenheira ambiental Maria Clara Miguel Choi, servidora da prefeitura de Pedralva, no Sul de Minas. Ela lidera o Colmeia na cidade com o objetivo de proteger o Ribeirão Inhaúma. Durante o encontro, Maria Clara contou como reuniu diversos parceiros como Polícia Militar, educadores e empresários para fazer com que crianças e adolescentes das escolas municipais conheçam o processo de tratamento da água, a importância da conservação do meio ambiente para a proteção do manancial da cidade.
Em Glaucilândia, no Norte de Minas, onde cerca de 70% da população vive na zona rural, a mobilização foi para acabar com o lixo nas propriedades rurais e evitar a contaminação do solo e dos lençóis freáticos. A prefeitura montou uma rede de apoio com o objetivo de trocar resíduos recicláveis dos moradores por mudas de hortaliças, frutíferas e pintinhos.
O Pró-Mananciais foi estabelecido em resolução conjunta entre Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) e prevê que 0,5% da receita operacional auferida em tarifas seja destinada ao custeio do programa.
O programa integra a Agenda ESG da Copasa, sigla que se refere às questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Além disso, o programa integra o compromisso de responsabilidade socioambiental e de desenvolvimento sustentável, ambos pautados na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), em seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e nos dez princípios do Pacto Global.
O Pró-Mananciais integra o ODS 6 – Água e Saneamento, que tem entre suas metas melhorar a qualidade de água dos corpos d’água, apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais para melhorar a gestão da água.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.