Minas Gerais
Cochos automatizados vão ajudar nas pesquisas da Epamig em bovinocultura
Os campos experimentais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) vêm passando por intervenções para a reestruturação e modernização das áreas de pesquisa.
Nos municípios de Uberaba, no Triângulo Mineiro, e Felixlândia, na região Cetral, as melhorias incluem a instalação de cochos eletrônicos para auxiliar na coleta de dados referentes à eficiência alimentar de bovinos.
A proposta é coletar informações sobre o aproveitamento alimentar dos animais, com base em dados individuais. A taxa de conversão considera a proporção entre quanto cada um come e quanto desse alimento é convertido em ganho de peso, geração de carne ou leite. O animal mais eficiente é o que come menos e converte mais, de acordo com a finalidade.
A identificação de cada animal é feita por meio de um chip, implantado na orelha, detectado pelo cocho na hora da alimentação.
“A tecnologia facilita a identificação de animais superiores, que são aqueles que aproveitam melhor os alimentos. Indivíduos que comem menos e engordam mais, vacas que comem menos e produzem mais leite, que são o objetivo das pesquisas de melhoramento animal e de todo pecuarista”, explica o zootecnista Clenderson Gonçalves, chefe da Assessoria de Negócios Agropecuários da Epamig.
A adoção do sistema automatizado vai permitir mais precisão nos dados coletados e, com isso, mais assertividades para a pesquisa, além de poupar mão-de-obra.
“Com esses cochos ligados à internet, cada animal tem um brinco eletrônico, que aponta quando ele acessa o cocho e o bebedouro. Os gráficos de consumo e desempenho são gerados por indivíduo, o que permite identificarmos o quanto o animal consumiu e quais as proporções com base nos dados estatísticos gerados pelo próprio sistemas. Antes era feita a pesagem da sobra para a obtenção desses números. Isso vai também gerar economia de tempo e recursos”, avalia o pesquisador.
Os equipamentos vão contribuir para o acompanhamento da conversão alimentar de cada animal e também em trabalhos de avaliação nutricional.
“Quando fazemos a avaliação de eficiência alimentar temos foco no indivíduo, a eficiência de cada um no ganho de peso, de carne, na produção de leite. Já na avaliação de alimentos, precisamos do conjunto de dados dos animais que receberam aquela dieta, para avaliar o alimento. São coisas diferentes, mas o uso do cocho automatizado vai auxiliar na coleta”, comenta Clenderson.
O sistema no Campo Experimental Getúlio Vargas já está instalado e começará a coletar dados para experimentos com novilhas Gir, neste mês de janeiro.
No Campo Experimental de Felixlândia, o sistema está em fase final de implantação. O Campo Experimental Risoleta Neves, em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, deve ser a próxima unidade da Epamig a receber cochos automatizados.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.