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Copasa amplia investimentos e registra crescimento da receita em 2021

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Em meio às mudanças recentes na legislação que regula o setor de saneamento no Brasil e aos impactos da pandemia na economia, a Copasa fechou 2021 com crescimento na receita líquida de água e esgoto, totalizando R$ 5,18 bilhões – valor 3,3% acima do registrado em 2020 (R$ 5,015 bilhões). Já a receita do 4º trimestre foi de R$ 1,29 bilhão, montante 4,1% abaixo do acumulado no mesmo período de 2020.

Esse aumento na receita em 2021 é justificado, entre outros pontos, pela expansão do mercado com o crescimento no número de economias (unidades consumidoras) de água em 1,3% e de esgoto em 3,3% e pelo aumento de 0,6% no volume medido por economia de água e de 0,3% no volume por economia de esgoto. A expansão também se deve à aplicação de novas tarifas pela companhia, conforme autorização da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), sendo de +3,04%, a partir de novembro de 2020, em função do reajuste tarifário daquele ano; e de -1,52%, a partir de agosto de 2021, decorrente do resultado da 2ª Revisão Tarifária.

Outro destaque foi a ampliação do montante investido, no último ano, em sistemas de abastecimento de água e esgoto, e em desenvolvimento empresarial e operacional. No total, foram investidos R$ 943,4 milhões, valor 95% superior ao ano anterior, considerando a Controladora e a Copanor, subsidiária que atende as regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais. Em 2020, ano fortemente impactado pela pandemia, os investimentos da companhia somaram R$ 481,7 milhões. E, para 2022, a previsão é de R$ 1,395 bilhão, conforme aprovado pelo Conselho de Administração da Companhia em dezembro do ano passado.

Já os custos e despesas em 2021 totalizaram R$ 4,1 bilhões, contra R$ 3,7 bilhões no ano de 2020. O incremento de 11% se deve, principalmente, a eventos não recorrentes contabilizados pela Copasa no ano passado, como é o caso do Programa de Desligamento Voluntário Incentivado – que contou com a adesão de 1.098 empregados (sem o PDVI, o custo do ano de 2021 foi de R$ 3,9 bi). Os valores provisionados pela companhia a título de indenização referente ao PDVI somaram R$ 152,2 milhões, e a previsão de payback é inferior a um ano, permitindo uma economia mensal de aproximadamente R$ 14 milhões.

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Além do PDVI, houve uma provisão complementar na ordem de R$ 217 milhões, contabilizada no 4º trimestre de 2021, relativa a um processo trabalhista ajuizado em 2008 pelo sindicato dos empregados da Companhia referente à rescisão de contratos com base em uma política de desligamentos extinta. Adicionalmente, foi constituída uma provisão no valor de R$126,8 milhões, concernente à devolução de tarifas determinada pela Arsae-MG, valor provisionado no 3º trimestre.

No exercício passado, também foi registrada a elevação de custos não administráveis, como energia elétrica (em decorrência das bandeiras tarifárias) e o reajuste nos preços dos combustíveis e lubrificantes e de produtos químicos. No caso da energia, vale destacar que a Copasa já pleiteou junto à Arsae-MG para que os valores referentes às bandeiras amarela e vermelha sejam incluídos no reajuste tarifário de 2022.

Por outro lado, houve queda de 40% no estoque de dívida a receber, que foi reduzido em cerca de R$ 150 milhões. O nível de inadimplência chegou a um percentual de 3,5% do faturamento do ano, o que representa uma redução de 1 ponto percentual em relação ao fechamento de 2020 – quando o índice correspondia a 4,52% do faturamento do ano. Esse resultado é devido à retomada e intensificação de ações de cobrança, bem como campanhas de renegociação de débitos.

Lucro e Ebitda

O lucro líquido da Companhia no exercício foi de R$ 537 milhões, 34,2% menor do valor registrado em 2020. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu R$ 1,6 bilhão, enquanto o ajustado (que desconsidera itens extraordinários e não recorrentes) foi de R$ 1,94 bilhão, 0,7% superior ao observado em 2020.

A margem Ebitda ajustada (calculada a partir da divisão do Ebitda ajustado pela receita líquida de água e esgoto somada à receita operacional) foi de 35,9% no exercício (36,8% em 2020).

Por outro lado, a dívida líquida da empresa reduziu para R$ 2,705 bilhões, atingindo seu menor patamar em quatro anos. A relação dívida líquida/Ebitda fechou o ano de 2021 em 1,7 – ou seja, em um patamar que permite à companhia aumentar sua alavancagem e buscar mais recursos para seguir investindo na expansão dos serviços de água e esgoto.

Dividendos

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Em função dos eventos extraordinários e não recorrentes referentes à devolução de tarifas determinada pela Agência Reguladora e ao complemento na provisão para processo trabalhista, cuja contabilização ocorreu em dezembro de 2021, os valores declarados até setembro de 2021 atingiram o limite estabelecido para o exercício. Dessa forma, não se aplicou a declaração de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) ou dividendos para o 4º trimestre de 2021. Ainda assim, no ano de 2021, foram declarados e pagos R$ 282,7 milhões, a título de dividendos regulares.

Já este ano, em reunião realizada em 17/3, o Conselho de Administração aprovou a declaração dos Juros sobre o Capital Próprio referentes ao 1º trimestre de 2022, no valor de R$ 33,8 milhões.

Universalização do acesso à água

A Copasa atingiu em 2021 a marca de 99,4% dos imóveis em sua área de atuação com acesso à água tratada no estado de Minas Gerais. O índice supera as metas de universalização dos serviços trazidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, que determina que 99% da população brasileira tenha acesso ao abastecimento de água até 2033.

O índice também supera a média nacional. Segundo dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) no relatório “Diagnóstico Temático – Serviços de Água e Esgoto” (ano base 2020), o índice de abastecimento com redes públicas de água no país era de 84,1%.

Em relação à coleta e tratamento de esgoto, a Copasa também registrou números acima da média nacional. No caso da coleta, a companhia atingiu 90,5% dos imóveis em sua área de atuação. Desses, 79,45% foram tratados, resultando em 71,9% dos imóveis com esgoto tratado e coletado no estado. Já os dados nacionais revelam que apenas 43,9% da população tinha acesso a esgoto coletado e tratado no Brasil em 2020 (dados do SNIS de 2020).

Nesse quesito, a meta estabelecida pelo Novo Marco do Saneamento é de que, até o ano de 2033, 90% dos brasileiros tenham acesso ao serviço de coleta e tratamento de esgoto no país. Apesar de ainda não ter atingido a meta, a cobertura da Copasa é 28 pontos percentuais acima da média nacional e a companhia continua trabalhando em prol da ampliação do acesso a esse serviço em sua área de cobertura.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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