Minas Gerais
Corpo de Bombeiros se prepara para período de estiagem
Superando a máxima histórica medida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) nos últimos sete anos, o ano de 2021 apresentou um cenário desafiador no que se refere aos incêndios florestais. De janeiro a dezembro do ano passado, foi registrado um aumento de mais de 17% em relação ao ano de 2020 e mais de 30% em relação a 2019 em todo o estado.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte registrou números ainda mais alarmantes. De janeiro a agosto de 2020, foram 1.805 registros. Já em 2021, subiu para 3.158, o que corresponde a 75% de aumento no período. Destacando apenas a temporada de estiagem, agosto foi o mês que mais reuniu casos de incêndio na RMBH, sendo 542 casos em 2020 e 753 em 2021, ou seja, um aumento de 39%.
Um dos fatores que explicam esse aumento dos incêndios diz respeito as precipitações ocorridas no estado de Minas Gerais que foram menos intensas durante o período chuvoso em comparação a 2020, de acordo com o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas. O estudo identifica as variações nas estações que podem impactar diretamente o período de estiagem, contribuindo para o aumento das quantidades de áreas afetadas pela seca.
O aumento de atendimentos referentes a incêndios florestais por parte do CBMMG está ligado também ao aumento da capacidade de resposta da corporação que, em 2021 iniciou em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura (Seapa), um projeto piloto chamado Plano Integrado de Preparação e Resposta aos Incêndios em Áreas Rurais (PIIR), que consiste num programa de ação com especial atenção aos incêndios em propriedades rurais, otimizando as atividades de resposta nas propriedades rurais públicas e privadas.
Visando potencializar os eixos de prevenção a desastres e ampliando as ações de preparação à resposta, o CBMMG lançou há alguns dias o Plano de Enfrentamento ao Período de Estiagem 2022, que dentre as estratégias de enfretamento, destaca as seguintes ações:
– Planejamento arrojado na gestão e distribuição do efetivo em todo o estado;
– Monitoramento e georeferenciamento das áreas de risco;
– Campanhas de conscientização em escolas e junto às comunidades para modificar o comportamento;
– Desenvolvimento do conhecimento de especialistas da corporação em investigação para compreender melhor a origem dos incêndios;
– Ações em parceria com as prefeituras;
Ações específicas:
– Operação Alerta Verde (fiscalização em lotes vagos);
– Plano de intervenção Serra Verde (monitoramento constante);
– Operação Azimute (mapeamento e preparação das unidades de conservação);
– Criação e gestão dos NIF’s (Núcleos de Incêndio Florestal);
– Capacitação de brigadistas com o apoio de outros órgãos;
– Atividades de educação ambiental em parques e unidades de conservação;
Investindo em conhecimento
Em março, o Corpo de Bombeiros enviou militares para participarem do Curso de Geoprocessamento aplicado a Incêndios Florestais (CGIF), ministrado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso. A capacitação teve o objetivo de implementar novos conceitos e o uso de ferramentas tecnológicas para análise estratégica espacial e estatística, o que poderá auxiliar no subsídio para tomadas de decisão, com destaque para as seguintes disciplinas:
– Obtenção e tratamento de imagens georreferenciadas;
– Uso de ferramentas de sensoriamento remoto;
– Uso ferramentas de manipulação de dados georreferenciados;
– Criação de mapas temáticos aplicados aos Incêndios Florestais;
– Implementação de Monitoramento Operacional.
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.