Pesquisar
Close this search box.

Minas Gerais

Dezembro Vermelho chama a atenção para prevenção e combate ao HIV/Aids

Publicados

em

O vírus HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), permanece entre nós e não pode ser ignorado. A doença é uma realidade e tem tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Minas Gerais, 12.980 casos foram notificados nos últimos 3 anos, e 55.122 pessoas estão em tratamento.

No Dezembro Vermelho, dedicado à prevenção da infecção e do combate ao HIV/Aids, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), reforça ações para conscientizar a população sobre o diagnóstico e tratamento, além de buscar reduzir o preconceito e a discriminação às pessoas vivendo com HIV.

Minas Gerais conta com 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) no estado, distribuídos em 65 municípios, que oferecem consultas multiprofissionais e distribuição de antirretrovirais a todos os pacientes.

Marcello Casal / Agência Brasil

Segundo a referência técnica da coordenação estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Cecília Helena de Oliveira, o serviço público de saúde tem papel fundamental na qualidade de vida das pessoas portadoras do vírus.

“O SUS disponibiliza e distribui gratuitamente antirretrovirais, medicamentos utilizados para o tratamento, além de promover ações de prevenção como testagens rápidas, estímulo ao uso e distribuição gratuita de preservativos e gel lubrificante, disponibilização de outras profilaxias como a pós-exposição e a pré-exposição. A pessoa que vive com HIV, que utiliza a medicação de forma correta e contínua, tem níveis de vírus circulante no sangue igual a zero, o que contribui para uma boa qualidade de vida”, esclarece.

O diagnóstico é realizado por meio de testes rápidos, disponíveis em qualquer serviço de saúde, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), clínicas, hospitais ou Serviços de Atendimento Especializado (SAE), e o tratamento é feito pelo SAE mais próximo da residência do paciente. O tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento dura em média de sete a 15 dias.

Leia Também:  Procon combate abusos na venda de arroz

Ainda de acordo com a referência técnica, Minas Gerais, em 2022, realizou a distribuição de 29 milhões de insumos (preservativos masculinos e gel lubrificante) para as ações de prevenção às IST e 1,2 milhão de testes rápidos.

“Entre as ações de prevenção, destaca-se também a oferta da pré-exposição, que consiste no uso de medicamento diário, em situações de risco para a infecção ao HIV, e a pós-exposição, que é o uso de medicamentos antivirais em caráter de urgência, em até 72 horas, após uma exposição de risco, por 28 dias. Já a implantação do teste rápido nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios favorece a disponibilidade da testagem em tempo oportuno e a realização do diagnóstico precoce”, explica.

Em Minas Gerais, foram notificados 4.628 casos de HIV/Aids em 2021, 4.751, em 2022; e 3.601 casos até novembro de 2023.

Assistência especializada

O Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é referência estadual em infectologia e dermatologia sanitária.

Na década de 1980, a unidade abriu leitos para pacientes com Aids e, pouco tempo depois, tornou-se referência para o tratamento do HIV e de outras doenças infectocontagiosas.

O Serviço de Atenção Especializada (SAE) do HEM é, hoje, importante prestador de atendimentos ambulatoriais, responsável por parcela considerável de primeiras consultas de infectologia em Belo Horizonte.

De acordo com a gerente assistencial da unidade, Tatiani Fereguetti, ainda que a infecção pelo HIV tenha feito uma grande quantidade de vítimas fatais em décadas anteriores, atualmente não é mais uma “sentença de morte” e sim uma doença crônica, que não tem cura, mas tem tratamento.

“Uma vez diagnosticada, a pessoa que vive com HIV deve ser encaminhada para atenção especializada. No HEM, os pacientes são acompanhados por equipe multidisciplinar e recebem o tratamento indicado pelo Ministério da Saúde. Os comprimidos devem ser tomados todos os dias, durante toda a vida do paciente. A medicação é altamente eficaz, bem tolerada e proporciona uma vida longa e com qualidade”, explica.

Leia Também:  Estado lança novo Portal MG para melhorar acesso a mais de 1.100 serviços públicos

“O principal desafio ainda é a discriminação, o preconceito e a falta de informação”, ressalta a gerente.

É importante lembrar que o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis contam com inúmeras opções de prevenção disponíveis no SUS, como os preservativos feminino e masculino, vacinas (como a do HPV e da hepatite B) e até mesmo medicamentos – como é o caso da PEP (profilaxia pós-exposição) e da PrEP (profilaxia pré-exposição), além da testagem regular.

“Chamamos esse conjunto de estratégias de prevenção combinada. Porque, juntas, são capazes de reduzir expressivamente o número de infecções”, afirma a gerente do HEM.

As primeiras consultas relacionadas à infectologia são agendadas via Central de Marcação de Consultas (CMC) de Belo Horizonte. O encaminhamento dos pacientes é realizado pelos centros de saúde.

Após estarem vinculados ao HEM, todos os retornos são agendados na própria unidade. Além disso, depois das consultas, os pacientes podem se direcionar à farmácia ambulatorial dentro do HEM para buscar os medicamentos antivirais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), necessários para o tratamento.

De modo geral, as demais infecções sexualmente transmissíveis podem se manifestar com corrimento, coceira, dor, verrugas ou feridas na região genital ou no ânus.

“No entanto, algumas doenças podem ter um longo período de silêncio, sem qualquer manifestação de sinal ou sintoma. Por isso, é essencial a testagem periódica para HIV, sífilis e hepatites virais, além da prevenção”, conclui Fereguetti.

Fonte: Agência Minas

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

Publicados

em

Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

Leia Também:  Sejusp reativa Unidade de Prevenção à Criminalidade em Ribeirão das Neves

As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA