Minas Gerais
Dia dos Povos Indígenas: Secretaria de Educação promove reflexão e valorização da diversidade cultural
Neste dia 19/4, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas, um momento emblemático para reconhecer e honrar a riqueza cultural e a importância histórica dos povos originários do Brasil. Nesse contexto, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) destaca a relevância desta data como um convite à reflexão profunda sobre as lutas, os desafios e as conquistas dos povos indígenas na atualidade.
A diretora de Modalidades de Ensino e Temáticas Especiais, Fabiana Benchetrit, ressalta que o Dia dos Povos Indígenas é um momento de reflexão e celebração, marcado pelo reconhecimento da importância dos povos indígenas na construção da nossa história e na promoção de um país mais justo e igualitário.
“Para nós, profissionais da educação, essa data representa um momento de profunda reflexão. Enviamos um memorando às escolas, abordando a importância desta data e instigando a reflexão. Além disso, estamos planejando enviar um documento mais detalhado, solicitando que as escolas promovam a reflexão e a discussão sobre a contribuição dos povos indígenas para a cultura do nosso estado”, comenta Fabiana.
O diretor da Escola Estadual Indígena Pataxó Muã Mimatxi, Siwê Pataxoop, que fica localizada na Aldeia Indígena Muã Mimatxi Pataxó, em Itapecerica, destaca a importância do Dia dos Povos Indígenas como uma data marcante, representando a lembrança das lutas e conquistas dos povos indígenas em seu território.
“É um momento de reflexão sobre nosso passado e o futuro das gerações futuras. Essa data é crucial para garantir que a sociedade não esqueça da diversidade e importância dos povos indígenas para a manutenção da cultura e diversidade do país. Além disso, ressalta a relevância da educação escolar indígena, que tem sido fundamental para reconhecer e garantir os direitos dos povos indígenas, após momentos históricos de discriminação e falta de reconhecimento”, comenta.
Siwê ainda reforça a importância da Educação Indígena. “A educação intercultural indígena busca formar os jovens, fortalecendo seus vínculos com a cultura indígena, ao mesmo tempo em que os prepara para compreender e interagir com o mundo exterior, mantendo viva a identidade e a história indígena”, conclui.
Para Txioiamimá Pataxoop, de 17 anos, que cursa o 3º ano do ensino médio, estudar dentro da própria comunidade é fundamental para fortalecer suas raízes.
“Desde que nasci, estudo aqui, sempre atendendo tanto aos conhecimentos gerais como matemática e português, mas também aprendi muitas coisas que fazem parte da minha cultura e do meu povo. Isso também é uma forma de fortalecer nosso pensamento, nossa cultura, nossa forma de pensar e nossos conhecimentos”, comenta.
Atividades nas escolas
As escolas desempenham um papel essencial para promover o respeito, a valorização e o reconhecimento das culturas, tradições e contribuições dos povos indígenas. A SEE/MG orienta as escolas a desenvolverem práticas pedagógicas e reflexões que fomentem o Dia dos Povos Indígenas, integrando discussões interdisciplinares e atividades ao longo do ano letivo. Além disso, é importante lembrar que a cultura indígena deve ser um tema transversal no currículo escolar, conforme estabelecido pela Lei nº 11.645/2008.
Educação Indígena em Minas Gerais
A SEE/MG assegura atendimento específico para as comunidades indígenas, considerando os aspectos socioculturais de cada povo, garantindo uma matriz curricular específica para cada território, respeitando assim as tradições e o uso da língua materna de cada etnia. Atualmente, são 32 escolas, sendo que oito estão vinculadas como anexo de escolas sede não indígenas, que atendem cerca de 5 mil estudantes nos territórios indígenas.
Essas unidades estão distribuídas em 17 municípios, atendendo estudantes de 12 etnias diferentes. São elas: Kamakã, Kaxixó, Kiriri, Krenak, Maxakalis, Mokuriñ, Pankararu, Pataxó, Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tuxá, Xakriabá e Xucuru-Kariri.
Fonte: Agência Minas
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.