Minas Gerais
Disque Denúncia 181 também recebe queixas de racismo e injúria racial

Nesta segunda-feira (21/3), Dia Internacional contra a Discriminação Racial, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) esclarece que o tridígito 181 – mais conhecido como DDU Disque Denúncia Unificado – recebe denúncias de racismo e injúria racial, embora muita gente não saiba. As denúncias podem ser feitas de qualquer um dos 853 municípios de Minas, de forma anônima e completamente gratuita.
Desde a criação do serviço as denúncias já eram recebidas pelo sistema 181. No entanto, eram classificadas de forma pulverizada, em outras categorias. Em janeiro deste ano foi criada uma categoria específica para estes crimes, permitindo que eles sejam combatidos de forma mais eficaz. Desde então, o ato de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião são classificados.
Para o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, “a vítima, às vezes, não faz ideia do crime que o autor está cometendo, mas como sociedade temos o dever de denunciar para que este tipo de situação não ocorra mais com outras pessoas. O crime marca a vida da vítima e essa marca, nem o tempo, muitas vezes, apaga. Por isso, denunciar é tão importante, principalmente por meio do 181, canal no qual é garantido o sigilo do denunciante”.
De acordo com o Código Penal brasileiro, injúria racial significa ofender a dignidade ou decoro de alguém utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Já o racismo, previsto na lei 7.716/1989, implica em conduta discriminatória dirigida a um determinado grupo ou coletividade. Ambos são inafiançáveis e imprescritíveis.
Dados
Em 2021, foram registrados no estado 370 boletins de ocorrência relativos à injúria racial. Já em 2022, somente em janeiro, foram 31 casos. Em Belo Horizonte, 71 casos foram registrados em 2021 e cinco em janeiro deste ano. No que se refere aos casos de crimes resultante de preconceito de raça ou de cor, mais conhecido como racismo, foram registrados 137 boletins de ocorrência em 2021 e seis em janeiro deste ano e, na capital, 28 em 2021 e dois em janeiro deste ano.
O serviço 181
O telefonema é anônimo, gratuito e pode ser feito nos 853 municípios mineiros. Para denunciar basta ligar para o número 181, que funciona como uma central de atendimento unificada, formada por profissionais treinados e capacitados, que trabalham 24 horas para atender a população. O 181 não oferece resposta imediata, é necessário um prazo de 90 dias para apurar e responder a denúncia que foi apresentada.
Para casos mais graves, como flagrantes e urgência, o contato deve ser feito direto com as corporações: Polícia Militar (190), Polícia Civil (197) e Corpo de Bombeiros Militar (193).
Com o slogan “O importante é o que você diz, não quem você é”, o disque denúncia permite solucionar crimes a partir da ajuda de quem se dispõe a telefonar e contar sobre uma atividade suspeita. Entre os demais crimes que também podem ser denunciados estão: tráfico de drogas, jogos de azar, crime ambiental, informações sobre homicídio, crimes contra o meio ambiente, posse/porte ilegal de armas, crueldade e maus tratos a animais, foragidos/procurado pela Justiça, porte/uso de drogas, roubo de carga, desmanche e receptação, entre outros.
Em 14 anos de funcionamento, completados em novembro do ano passado, o 181 já recebeu mais de 1 milhão de denúncias e mais de 9 milhões de chamadas. É importante lembrar que nem toda chamada recebida é transformada em denúncia. Quando alguém liga, será ouvida por um atendente e suas informações serão repassadas para a Polícia Civil, Militar ou Corpo de Bombeiros Militar.
As ligações para o serviço já permitiram a retirada de mais de 27 mil armas de circulação, 300 mil munições, 20 toneladas de drogas apreendidas e R$ 37 milhões movimentados pelo tráfico de drogas.
GERAL
José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”
O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.
“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.
Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.
“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.
Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina
O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.
Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.
Crítica ao governo federal e à inversão de valores
José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.
“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.
Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.
Confiança no PL e esperança de mudança
O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.
“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.
José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.
Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:
“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”
-
Coluna Minas Gerais5 dias atrásDuplicação da BR 381 tem estudos
-
Coluna Minas Gerais4 dias atrásUberlândia com bebês abaixo do peso
-
Coluna Minas Gerais4 dias atrásAgro brasileiro no centro das discussões globais
-
Coluna Minas Gerais3 dias atrásCooxupé é líder no setor de Agricultura
-
Coluna Minas Gerais3 dias atrásPrograma leva ações de saúde direto à propriedade
-
Coluna Minas Gerais2 dias atrásAntônio de Salvo assume como 2º vice&presidente da CNA
-
Coluna Minas Gerais2 dias atrásEletroeletrônica movimenta R$ 27 bi em Minas
-
Coluna Minas Gerais1 dia atrásTrem Ouro Preto/Mariana pode voltar



