Minas Gerais

Emater-MG apresenta técnicas para reduzir impactos das enxurradas e enchentes

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A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) elaborou um material técnico com orientações sobre ações que podem minimizar os efeitos das chuvas torrenciais. O documento “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agropecuária: água de chuva” é voltado para produtores rurais e também para auxiliar setores da administração pública. O material está disponível na Livraria Virtual do site da empresa e também pode ser acessado clicando diretamente neste link.

Segundo a Emater-MG, o solo que não apresenta cobertura vegetal recebe o impacto direto da chuva. Esta água tem dificuldade de infiltrar rapidamente no terreno, principalmente se ele já estiver muito úmido ou compactado. Estradas rurais são exemplos típicos de terrenos onde a água escorre ou empoça em pouco tempo. As enxurradas descem as ladeiras, carregando o material que se desprende do leito destas vias, para então se depositar no fundo de córregos, rios e várzeas, ou seja, nos locais mais baixos do relevo.

“A água que não infiltra no solo segue para os cursos d’água, sejam naturais ou artificiais, de forma muito rápida, podendo provocar erosão e carregar partículas de solo para as partes mais baixas do terreno. Este material levado pela enxurrada deixa as calhas dos cursos d’água mais rasas, fenômeno conhecido como assoreamento. Com o excesso de chuvas, ocorre rapidamente a elevação do nível dos cursos d’água, e as enchentes”, explica o coordenador técnico regional da Emater-MG, Walfrido Albernaz.

Técnicas de conservação

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Os especialistas da Emater-MG lembram que o melhor lugar para “guardar” a água é no solo. Nas condições ideais, a maior parte da água da chuva se infiltra no terreno, abastecendo o lençol freático. A Emater-MG orienta os produtores a fazer uma avaliação da capacidade do solo, antes de desenvolver qualquer atividade agropecuária na propriedade. Esta análise permite identificar os riscos de enchentes, erosões e até deslizamentos. Uma avaliação precisa das características do solo também embasará a escolha e aplicação das diversas técnicas de manejo do solo e da água.

Entre as técnicas recomendadas no documento elaborado pela Emater-MG está o plantio direto. Ele consiste em reduzir ao máximo o revolvimento do solo, fazendo o plantio diretamente na palhada que cobre o terreno.

“Esta palhada que cobre o solo serve como uma proteção. Ela ajuda a reduzir enxurradas e erosões. Os riscos de enchentes e inundações também são minimizados, pois o plantio direto na palha contribui para a infiltração da água no solo”, explica o coordenador técnico estadual da Emater-MG, Bernardino Cangussu.

A recuperação de pastagens degradadas é outra técnica recomendada em Minas Gerais. Estima-se que o estado possua mais de dois milhões de hectares de pastagem em má conservação. Estas áreas são propensas à erosão, favorecendo o escorrimento da água e da terra para estradas e cursos d’água.

Uma das formas de recuperação das pastagens é fazendo a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Um exemplo é o plantio consorciado de milho e alguma gramínea (pastagem) usada para alimentação dos animais. Nesta mesma área, é possível ainda intercalar o milho com algumas fileiras de eucalipto. O sistema de ILPF, além de aumentar a cobertura e fertilidade do solo, também permite a diversificação de renda na propriedade.

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O documento “Mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na Agropecuária: água de chuva” apresenta uma relação de diversas outras práticas que podem ser aplicadas no meio rural para evitar enxurradas e enchentes. Entre elas, a construção de estruturas de drenagem e bacias de captação de água de chuva, adequação de estradas rurais, terraceamentos para reduzir a velocidade da água em áreas íngremes e até o tratamento correto de efluentes domésticos, com a construção de fossas sépticas.

O coordenador estadual da Emater-MG lembra que as iniciativas são de caráter preventivo e com efeito, principalmente, no médio e longo prazos. Além disso, elas devem seguir um critério técnico. “O planejamento para utilização das áreas produtivas da propriedade rural deve estar alinhado com uso sustentável dos recursos naturais. Para isso, é primordial que as propriedades rurais sejam inseridas nas políticas públicas voltadas para a sustentabilidade ambiental”, afirma Bernardino Cangussu.

Prejuízos

No fim de 2021 e início de 2022, mais de 400 municípios mineiros foram atingidos por chuvas torrenciais que causaram prejuízos significativos no meio rural. Um balanço feito na época pela Emater-MG mostrou que cerca de 120 mil hectares de lavouras foram perdidos e que 127 mil produtores rurais sofreram algum tipo de impacto na atividade por causa das chuvas.

Fonte: Agência Minas

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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