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Minas Gerais

Epamig desenvolve pesquisa para auxiliar no controle da infecção de ouvido em bovinos da raça Gir

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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) tem avançado em estudos sobre a otite parasitária que acomete bovinos da raça Gir em todo o país. A infecção de ouvido é um dos grandes desafios para o manejo dos animais, pois gera redução de desempenho zootécnico e pode evoluir para quadros com transtornos neurológicos, ocasionando a morte de animais contaminados.

Daniel Sobreira / Epamig

Segundo pesquisadores da Empresa, a doença está presente em cerca de 90% dos rebanhos Gir no Brasil, mas, apesar da alta prevalência, o conhecimento sobre a enfermidade ainda é muito limitado. A otite é causada pelo parasito Rhabditis spp., um nematoide que coloniza a orelha de bovinos e se alimenta, possivelmente, do cerume e de microrganismos presentes no conduto auditivo.

A orelha afetada apresenta secreção purulenta de odor desagradável, o animal fica incomodado e estressado, batendo a cabeça, e acaba perdendo o apetite, o que faz com que seu desempenho caia em termos de ganho de peso, eficiência reprodutiva e produção de leite.

“A raça Gir apresenta orelhas longas e pendulosas, com um pavilhão auditivo comprido, o que cria um ambiente propício e favorece o desenvolvimento do parasito”, explica o pesquisador da Epamig, Daniel Sobreira Rodrigues. “É importante destacar que os principais sintomas são decorrentes de uma infecção bacteriana secundária, que acontece após a infestação da orelha do animal. O parasito se estabelece no conduto auditivo, se alimenta, e esse processo favorece a infecção, provocando o quadro clínico de otite”, completa.

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Doença pode levar animais ao óbito

Por conta da proximidade anatômica entre o ouvido interno e o sistema nervoso central, os quadros clínicos de otite parasitária podem evoluir para quadros com sintomas neurológicos, como pálpebras e lábios caídos decorrentes de paralisia de nervos faciais, dificuldades de locomoção e convulsões. A ocorrência de abscessos cerebrais na região do cerebelo e tronco encefálico, ou seja, o acúmulo de pus na região interna da cabeça, leva os animais invariavelmente ao óbito.

“Quando ocorre rompimento da membrana timpânica, geralmente ocorre evolução da infecção para o sistema nervoso central e os animais desenvolvem um quadro considerado irreversível. Até hoje, não tive notícia de animal que tenha sobrevivido a essa condição”, comenta Daniel Sobreira.

Pesquisa pode auxiliar no tratamento

O pesquisador coordena o projeto “Rhabditis spp. em rebanho de animais da raça Gir: ocorrência, isolamento, identificação e cultivo in vitro”, que tem como objetivo a realização de um diagnóstico molecular da espécie do parasito causador da doença e a avaliação de sua prevalência no rebanho Gir da Epamig, localizado no Campo Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba (MG).

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“Ainda não há comprovação científica sobre o porquê e como o nematoide se estabelece na orelha dos animais, há apenas hipóteses. Além disso, grande parte das propostas de tratamento e controle avaliadas até o momento se mostraram pouco ou nada eficazes. Por isso, muito ainda precisa ser feito no campo da pesquisa”, acrescenta.

O trabalho de identificação e diagnóstico molecular do Rhabditis spp., bem como o seu cultivo in vitro, em laboratório, já estão sendo realizados, e a equipe de pesquisadores pretende iniciar experimentos com diferentes medicamentos para testar suas eficácias no controle do parasito. O projeto está previsto para ser concluído em 2025 e conta com parceria entre Epamig e o Programa de Pós-Graduação em Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado (Fapemig).

A próxima etapa da pesquisa consiste em coletar material de todo o rebanho Gir do Campo Experimental Getúlio Vargas para um diagnóstico completo. “Vamos avaliar todos os animais para podermos identificar, por exemplo, qual é a faixa etária em que se inicia a contaminação, qual a prevalência por idade e quais animais apresentam otite ou não. Em seguida, vamos selecionar alguns bovinos para conduzirmos experimentos sobre tratamento e controle”, conclui Daniel Sobreira.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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