Caso de sucesso. Médicos do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), unidade própria do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), em Belo Horizonte, realizaram, em janeiro deste ano, na paciente Maria Efigênia Diniz Camargos, 87 anos, a primeira cirurgia de Implante de Válvula Aórtica Transcateter (Tavi) pela carótida. O procedimento foi conduzido pelos médicos Rodolfo Guillermo Vigil Verastegui, Maurício Cavalieri e Pedro Torres e durou em média duas horas.

De acordo com o cirurgião cardiovascular do Ipsemg, Rodolfo Guillermo Vigil Verastegui, o Tavi geralmente é realizado pela artéria femoral, porém, a paciente apresentava problemas de circulação grave. “Estudamos o caso e pensamos em uma alternativa para realizarmos o procedimento com mais segurança. Após realizarmos uma série de exames e avaliar as condições de saúde da paciente, optamos pela colocação do implante pela carótida e, para a nossa alegria, foi um sucesso”, salientou.

Maria Efigênia Diniz Camargos, servidora aposentada está em processo de recuperação em casa e contou que sua vida mudou após a implantação da prótese.

“A cirurgia foi muito benéfica para a minha saúde. Antes, eu sentia cansaço para me locomover e até para tomar banho, isso sem contar as dores no peito que eram frequentes. Hoje, eu não sinto mais dores e nem cansaço. Ainda estou de repouso conforme orientação do médico, mas já sinto os benefícios da cirurgia para a minha vida. Agradeço toda a equipe do hospital do Ipsemg, todos foram e continuam sendo muito atenciosos, carinhosos e gentis comigo. Muito obrigado”, destacou.

Entenda o que é Tavi

Segundo o cirurgião, o Implante de Válvula Aórtica Transcateter é um procedimento no qual é introduzido uma prótese por dentro das artérias até o coração utilizando cateteres flexíveis. Assim é possível fazer com que a válvula aórtica seja expandida, facilitando o trabalho e fluxo sanguíneo, indicado no tratamento da estenose valvar e na degeneração de válvulas já implantadas anteriormente, doenças graves que podem levar a morte súbita, acometendo principalmente pacientes idosos e pacientes com outras doenças associadas.

A primeira vez que o HGIP realizou esse procedimento pela artéria femoral foi em 2022. Na época, o implante foi realizado em um paciente de 90 anos, que apresentava estreitamento da válvula aórtica e tinha indicações para o procedimento.

Fonte: Agência Minas