Minas Gerais
Fapemig apoia projeto voltado para redução de custos na construção civil
Inovar no campo da construção civil: esse é o objetivo de Luciano Murta Gaspar Cardoso, inventor independente apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A partir da criação do Tijolo Ondulado Modular Intertravado, com patente já concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em parceria com a Fapemig, o engenheiro mecânico propõe aperfeiçoar a fabricação de tijolos, reduzindo o peso e aumentando a resistências dos mesmos. As características facilitam o transporte dos tijolos e sua montagem, além de garantir maior ventilação entre as estruturas erguidas e reduzir consideravelmente o peso da parede ou muro.
Luciano comenta sobre os avanços na criação de materiais para o aprimoramento de novas construções. “Estou desenvolvendo uma série de produtos para a construção civil, que agora passa por uma fase de evolução muito grande no estado e também no Brasil, com a chegada da construção industrializada. Ou seja, trata-se de melhorar o processo para se construir casas e edifícios. Atualmente, o processo convencional para a construção de uma casa é único, cujo projeto é feito por um projetista. A ideia da construção industrializada é a de construir um produto, bastante similar a analogia da indústria automotiva. E sob um modelo único haverá a produção em larga escala”.
Luciano possui dois pedidos de patente junto ao INPI, com apoio da Fapemig. Além do Tijolo Ondulado Modular Intertravado, há a Manta de Pavimentação Flexível Modular e Intertravada, um protótipo que facilita a aplicação e o manuseio de pisos pavimentados e que requer menor utilização de mão-de-obra.
O inventor ainda salientou algumas perspectivas da construção civil relacionadas à criação de novos materiais e novas técnicas. “Essa onda está chegando à construção, o que gera oportunidade para novos produtos para as áreas da arquitetura e da engenharia civil. Isso demanda a elaboração de componentes que sejam mais padronizados e fáceis de utilizar, e de preferência intercambiáveis. Junto aos meus colegas, venho desenvolvendo projetos nessa linha”, diz.
Luciano recorreu ao auxílio da Fapemig principalmente para a redação de patentes e inserção dos termos técnicos no texto. “Essa é uma etapa trabalhosa, que requer muitos detalhes. É um processo longo validar uma patente, e caro também. A ajuda da Fapemig é impressionante, porque além de todo o apoio há também a questão da divulgação do produto inovador pela Vitrine Tecnológica, o que é muito importante.”
Impactos na construção civil
Questionado como a sua tecnologia impacta a sociedade, Luciano explica que crê na ciência, bem como na potencialidade da sua tecnologia e da inovação para este novo cenário que, aos poucos, vem se consolidando. “Acredito que a minha tecnologia impacta bastante a área da construção, pois há um grande déficit habitacional no Brasil. Portanto, tudo o que puder ser criado para reduzir custos e aumentar a rapidez facilitará bastante o trabalho de quem atua na área”.
Ele acredita que os dois produtos podem ajudar a baratear custos na construção civil e aumentar possibilidades. “Nesse sentido, os produtos que criei são simples e de aplicação imediata: uma vez que você consegue fabricar, pode produzir em grande escala e utilizar em grandes construções, completa.
Segundo Luciano, quando se cria uma patente, há duas etapas fundamentais: divulgar e fabricar o produto. “O apoio da Fapemig na divulgação nos ajuda muito a encontrar parceiros para a fabricação e comercialização. Os inventores independentes enfrentam dificuldades para se inserir no mercado, que é muito conservador. Estando em uma parceria com a instituição, sinto que terei um aval maior para a produção de protótipos e para a certificação dos produtos. Chegar onde cheguei não seria possível sem a Fapemig.”
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.