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Minas Gerais

Fundação Ezequiel Dias propõe metodologias que eliminam uso de reagentes tóxicos em práticas de laboratório

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Nesta quarta-feira (5/6), Dia Mundial do Meio Ambiente, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) apresenta trabalhos desenvolvidos que minimizam os impactos ambientais de serviços e produtos gerados.

Uma delas diz respeito aos recentes projetos desenvolvidos pela equipe do Serviço de Controle Físico-Químico (SCFQ), da Divisão de Controle de Qualidade, da Diretoria Industrial.

A área desenvolveu duas metodologias para análise de fenol, que eliminarão o uso de reagentes tóxicos contendo bromo, ferrocianeto de potássio, 4-aminoantipirina, clorofórmio e ácido bórico.

Propostas

Ou seja, o simples fato de alterar a forma como o fenol é preparado para análise faz com que os resíduos deixem de ser gerados.

Para o chefe do SCFQ, Tiago Aparecido da Silva, a reflexão sobre o trabalho realizado diariamente deve sempre fazer parte do dia a dia das pessoas para que novas ideias possam surgir.

Um dos projetos foi desenvolvido pelo próprio servidor durante o mestrado, em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e Centro Federal de Educação tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

O objetivo foi elaborar método alternativo ao preconizado pela Farmacopeia Brasileira para quantificar o fenol em soros hiperimunes para uso humano.

Já o outro projeto, proposto por estagiária do setor como Trabalho de Conclusão do Curso de Química Tecnológica pelo Cefet-MG, diz respeito a etapa anterior da produção dos soros em si.

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O projeto de Vitória Pagotto Lassandro também eliminou a geração de resíduos na quantificação do fenol. Essa proposta é também apresentada como alternativa ao método farmacopeico até então utilizado em todo o Brasil.

Ganhos práticos e ambientais

O chefe do SCFQ conta que as propostas são altamente positivas.

“Além de resultados mais confiáveis, uma vez que as comparações que aqui realizamos mostraram que os métodos alternativos são mais precisos e exatos que os métodos farmacopeicos e apresentam menor incerteza de medição, há também os ganhos ambientais”, destaca.

“Conseguimos eliminar a geração de resíduos tóxicos dos processos, como bromo, clorofórmio e dicromato de potássio, sendo o último muito reativo quando em contato com o meio ambiente, e extremamente tóxico por conter cromo”, conta Tiago da Silva.

Olhar diferenciado

Para o técnico em Meio Ambiente do Serviço de Gestão Ambiental da Funed, Otávio Dias, a eliminação ou substituição de reagentes químicos nas atividades de laboratório da instituição contribui para a redução do custo para o tratamento desse tipo de resíduo e promove a melhoria das boas práticas de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde.

“Os dois projetos são exemplos de como um olhar diferenciado para uma atividade de rotina pode mudar todo o processo. E é exatamente essa a reflexão que queremos para o Dia Mundial do Meio Ambiente. Se cada um, mesmo com atitudes simples, fizer a diferença em seu setor, não somente a Funed como o meio ambiente como um todo podem se beneficiar”, ressalta Otávio.

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Fato esse que também é reforçado pelo chefe do SCFQ, que comenta o que é hoje denominado “química verde”, que nada mais é que uma maior consciência ambiental de quem trabalha com análises.

“O que nós fizemos foi pensar não apenas na questão da execução do processo, como na redução do uso de reagentes tóxicos. E pensar ‘fora da caixa’ pode, inclusive, trazer como resultado a proposição de um método farmacopeico alternativo”, frisa Tiago.

Próximos passos

A área aguarda os resultados da inspeção na Fábrica de Soros da Funed para que os métodos propostos possam ser implementados internamente.

Com a aprovação interna dos demais setores envolvidos será sugerida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) inclusão dos métodos propostos como métodos farmacopeicos alternativos.

Caso aprovadas essas mudanças na Farmacopeia Brasileira, as novas metodologias poderão ser utilizadas por outras instituições como Instituto Butantã, em São Paulo, Instituto Vital Brasil, no Rio de Janeiro, e Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), no Paraná.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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