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Furto de fios de cobre provoca interrupção de serviços públicos

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O furto de cabos de cobre é um crime que tem gerado grande número de ocorrências na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e causado transtornos para  a população e as empresas públicas que oferecem serviços essenciais, como a Cemig e a Copasa. Nos últimos meses, por exemplo, ações criminosas desta natureza provocaram a interrupção da energia, colocando em perigo centenas de pessoas em hospitais da cidade e deixando sem água consumidores de algumas regiões.   

No mês de março, uma ocorrência de tentativa de furto de cabos em uma galeria subterrânea, registrada no Hospital das Clínicas, na Região Hospitalar da capital mineira, causou um curto-circuito no cabeamento interno e atingiu a rede subterrânea da Cemig. O fato acabou gerando a interrupção de energia em certos pontos da região, atingindo a unidade e outros hospitais localizados no entorno. Em razão do ocorrido, cirurgias precisaram ser desmarcadas e o atendimento foi reduzido até que a situação fosse totalmente restabelecida. 

A Copasa também enfrenta problemas e situações desafiadoras em razão do furto de cabos de cobre. De acordo com a empresa, em quase metade das ocorrências de furtos de fios deste material, que são utilizados nas operações diárias da companhia, a consequência gerada é a falta de água para os clientes. Isso porque as unidades de abastecimento da Copasa ficam sem energia, o que impede o bombeamento de água até a população.  

No dia 31/3, bairros da região Centro-Sul de Belo Horizonte ficaram sem água. O abastecimento hídrico foi interrompido devido ao furto de cabos de energia na unidade de bombeamento de água. O fornecimento foi normalizado gradativamente. 

No início do ano, por exemplo, a empresa registrou uma ocorrência dessa natureza, em Ribeirão das Neves, que afetou cerca de 14 mil clientes, levando ao desabastecimento da localidade atingida por 48 horas aproximadamente. Um outro caso de furto de cabo de grande impacto para os clientes da Copasa deixou sem água mais de 150 mil pessoas, na capital mineira, atendidas pelo reservatório Nova Gameleira. Foram necessários dois dias para restabelecer a energia e retomar o abastecimento de água na região.  

Transtorno  

O técnico da Rede Subterrânea da Cemig, Felipe Martins, explica que, além dos prejuízos financeiros causados à empresa por esse tipo de ação criminosa, a maior preocupação da companhia é com riscos que atitudes como essas podem ocasionar às pessoas. “Só nos últimos três anos, entre 2019 e 2021, a Cemig teve cerca de 20 quilômetros de cabos de cobre da sua rede subterrânea furtados no hipercentro de Belo Horizonte, ocasionando um prejuízo financeiro estimado, aproximadamente, em R$3,3 milhões. Neste ano, até a primeira quinzena de março, já somávamos quase dois quilômetros de cabos furtados e um prejuízo de R$100 mil aproximadamente. No entanto, o que mais nos preocupa é a segurança da população. O furto de cabos pode deixar hospitais sem luz, trânsito sem sinalização e comércios sem funcionar, prejudicando a todos”, ressaltou. 

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Segundo o gerente da Unidade de Controle Operacional da Copasa, Rodrigo Ferreira Coimbra e Silva, um levantamento feito pela empresa apontou para um crescimento na média de ocorrências mensais de furtos de cabos que impactam diretamente os serviços da empresa. “No ano passado, a gente observava uma média de nove furtos de cabos por mês e, agora, neste início de ano, estamos com uma média de 11 furtos de cabos por mês na nossa área de atuação.

Só no último ano, entre março de 2021 e 2022, a Copasa registrou 104 situações de furto de cabo, sendo a maior parte na RMBH, na região Central e no Sul do estado”, explicou. O gerente lembra, também, dos prejuízos financeiros gerados. “Além do dano ao abastecimento, o crime também onera os cofres da Copasa. Nos últimos 12 meses, a empresa gastou, aproximadamente, R$ 2 milhões para reparar os estragos provocados e restabelecer as redes de abastecimento de água”, enfatizou. 

Risco de morte   

Além dos transtornos causados pelas ocorrências no sistema elétrico, o furto de fios de cobre pode causar acidentes graves, provocando ferimentos irreversíveis como amputações de membros ou, até mesmo, levar à morte. A rede de média tensão subterrânea da Cemig trabalha com mais de 13 mil volts e a de responsabilidade do cliente com até 220 volts.  “Essas tensões são elevadas e as pessoas que se arriscam neste tipo de crime podem sofrer um choque elétrico muito forte e morrer. Eles não utilizam equipamentos de segurança e o conhecimento que  possuem do sistema elétrico é rudimentar ou inexistente. Assim, não é difícil imaginar que essa pessoa vai sofrer um acidente grave mais cedo ou mais tarde”, explica o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares.    

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Medidas adotadas 

Além de contar com o apoio da Polícia Civil, que trabalha na investigação e consequente criminalização dos envolvidos no furto e receptação deste material, a Cemig e a Copasa desenvolvem uma série de medidas que têm o objetivo de evitar e inibir a prática. 
No caso da Cemig, o uso de novas tecnologias de trancas e cadeados, além da instalação de grades e tampas bastante pesadas nas galerias da rede subterrânea que compõem o hipercentro e a região da Savassi, em Belo Horizonte, são algumas das iniciativas. 

Na última década a companhia realizou, também, a substituição na rede aérea da sua área de concessão, de todo o cabeamento de cobre para alumínio, que é um excelente condutor elétrico, mas não atrai a atenção dos infratores devido ao seu baixo valor de mercado. A Copasa tem ampliado a vigilância eletrônica de suas áreas e apoiado a polícia nas ações de inteligência que visam desvendar os receptadores de cabos. 

Denúncia 

Na área de responsabilidade da Cemig, esse tipo de crime está concentrado no hipercentro de Belo Horizonte, área em que se localiza a maior extensão da rede subterrânea da companhia, que possui em sua composição a fiação de cobre. Já entre clientes residenciais e comerciais, o que se observa é que a maior parte das ocorrências de falta de energia, em razão de furto de cabos de cobre,  ocorre nas redes internas das instalações, que são de responsabilidade do cliente, como padrões de entrada ou cabos dos circuitos internos das instalações.  

Caso pessoas suspeitas e não autorizadas sejam flagradas entrando ou fazendo intervenções em postes e nas câmaras subterrâneas dos clientes ou da Cemig, a orientação é que a população acione a Polícia Militar pelo telefone 190, além de procurar a Cemig.  
 

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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