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Minas Gerais

Governador recebe familiares e atingidos pela tragédia em Brumadinho

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O governador Romeu Zema recebeu, nesta sexta-feira (20/1), na Cidade Administrativa, familiares de vítimas e atingidos pela tragédia do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. O desastre, que tirou a vida de 272 pessoas, completa quatro anos no próximo dia 25 de janeiro. O governador conversou com os familiares, prestou solidariedade pela dor e saudade dos entes queridos e reafirmou o apoio às buscas pelas três joias que ainda não foram encontradas entre os rejeitos.

“O nosso estado nunca mais será aquele que foi até o dia 25 de janeiro de 2019. Vocês não têm ideia da quantidade de mudanças que já aconteceram e que continuarão devido à tragédia. Estamos falando de algo que nos afetou e entristeceu profundamente e que é irreparável, infelizmente, mudando a história de 21 milhões de mineiros”, disse.

O governador afirmou que, desde o desastre, trabalha para que tragédias como essa não aconteçam novamente em Minas. “Tivemos mudança na legislação, que tornou mais seguro e rígido os critérios para mineração. Estamos neste momento executando uma série de melhorias para o povo mineiro, como nos hospitais, na educação e nas estradas, devido ao fato de termos sido rigorosos na aplicação de uma das maiores multas ambientais do mundo. Para deixar claro que isso é inadmissível e não ocorrerá novamente”, acrescentou.

Apoio aos familiares

A presidente da Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas dos Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão Brumadinho), Alexandra Andrade Gonçalves Costa, que perdeu o irmão Sandro Andrade e o primo Marlon Gonçalves na tragédia, agradeceu a empatia e apoio do Governo de Minas.

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“Agradeço por não terem soltado as nossas mãos na luta por justiça, pela memória das vítimas e não repetição da tragédia em Brumadinho. Vimos que algumas ações já foram tomadas para evitar que mais barragens se rompam e estamos acompanhando todo o processo de busca para garantir que toda família tenha o alento do sepultamento. O que aconteceu com eles foi brutal e cruel. E nossas vidas foram modificadas da pior maneira possível. Sentimos falta deles todos os dias. E houve a interrupção de vários sonhos, tanto deles quanto os nossos com eles. Hoje foi um marco também diante de tudo que aconteceu com eles e conosco. Peço que continuem nos apoiando”, disse Alexandra.

Dedicação

O governador garantiu ainda que as buscas continuarão até que todas as “joias” sejam encontradas. “É um ponto de honra dar este conforto a todos os familiares. Não queremos que ninguém fique com essa dúvida eterna. Queremos concluir essa tarefa tão dolorosa. Minha solidariedade a todos vocês. Nosso governo e os bombeiros fazem questão de que até a última joia seja localizada. Vamos continuar os trabalhos lá”, destacou Zema.

Monumento

Durante o encontro, o governador apresentou o monumento em homenagem às vítimas que será instalado na Cidade Administrativa. A ideia é que a tragédia jamais seja esquecida. Ele apresentou também aos familiares de vítimas e atingidos o próximo chefe do estado-maior do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o coronel Erlon Dias. 

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Operação

Desde a tragédia, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) trabalha na região para localização das vítimas, enquanto a Polícia Civil atua na identificação. Nos últimos dois anos, a Polícia Civil identificou oito vítimas do desastre. Já são mais de 1.400 dias de operação em Brumadinho. Desde o início, quase seis mil bombeiros militares foram empregados na missão.

Na fase atual, o CBMMG está na 8ª Estratégia de buscas, operando com as Estações de Buscas, que consistem em equipamentos industriais de peneiramento adaptados para a realidade operacional da operação Brumadinho. Essa nova estratégia permitiu um ganho em volume processado: cerca de 200 toneladas por hora em cada equipamento.

“Estive efetivamente participando das buscas desde o primeiro dia, e agradeço aos familiares e atingidos pela compreensão do nosso trabalho. Tenham certeza que todas as ações estratégicas adotadas foram pensadas e planejadas para ter um retorno importante para todos, que é a localização das vítimas. Continuaremos com o compromisso. Sabemos que faltam três joias e vamos nos esforçar ao máximo para o êxito de chegar a 100% das vítimas, para que todos possam ter reconhecimento e gratidão devida às joias perdidas”, afirmou o coronel do Corpo de Bombeiros, Erlon Dias. 

Além de 272 vidas perdidas, o rompimento da barragem da Vale S.A. em Brumadinho gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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