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Minas Gerais

Governo de Minas garante implantação de ramal ferroviário e terminal integrador em Igarapé 

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O governador Romeu Zema participou na manhã desta terça-feira (17/5) do lançamento do Projeto Igarapé, que prevê a construção de ramal ferroviário e terminal integrador no município, como contrapartida para a renovação de concessão. Os investimentos previstos, a serem feitos pela empresa, são da ordem de R$ 800 milhões. 

A implantação do empreendimento é fruto da negociação do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), junto ao governo federal, no contexto da renovação da concessão ferroviária da MRS Logística S/A., visando ao desenvolvimento das ferrovias no estado. A relevância do terminal para toda a região metropolitana foi analisada e chancelada por meio do Plano Estratégico Ferroviário (PEF), conduzido pela Seinfra. 

Na cerimônia de lançamento, Zema ressaltou a relevância do terminal na geração de empregos. “Minas precisa avançar. Igarapé vai ter a satisfação de receber um grande ramal ferroviário, que vai gerar entre empregos diretos e indiretos 15 mil vagas, isso representa um impacto muito positivo na região”, enfatizou. 

O ramal ferroviário, de aproximadamente 12 quilômetros de extensão, vai conectar Igarapé ao Ramal do Paraopeba, na altura do município de Brumadinho. O empreendimento vai contar com pátio de cruzamento, dois túneis, com um quilômetro de extensão, e sete viadutos. 

O projeto também contempla o Terminal Integrador do Igarapé, que será construído em um terreno de 166 mil metros quadrados, às margens da BR-381, e conectado à malha da MRS Logística, com capacidade de movimentar cerca de 2 milhões de toneladas de cargas/ano, o que corresponde a 100 mil contêineres. O tempo estimado para consolidação do projeto são de dez anos. 

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Do ponto de vista econômico, social e ambiental, a implantação do ramal ferroviário e do terminal integrador devem gerar o aumento em mais de R$ 130 milhões na arrecadação de impostos, geração de 15 mil empregos, entre diretos e indiretos, e a redução de 2,3 trilhões de CO2 (usar o x2 para reduzir o 2) emitidos. 

Conflitos Urbanos 

Para além dos investimentos no município de Igarapé, no contexto da renovação de concessão ainda estão sendo garantidos investimentos na ordem de R$ 300 milhões, que serão aplicados na mitigação dos impactos da ferrovia com as comunidades que convivem com a operação ferroviária. 

Em Minas, serão 18 municípios beneficiados com a construção de 12 viadutos, 66 quilômetros de vedação da linha férrea, 25 sinalizações ativas, 39 passagens em nível revitalizadas, 53 direcionadores de fluxo, além da construção de 2 passarelas de pedestres. 

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, explicou que além de trabalhar na atração de investimentos para Minas no setor ferroviário, o Governo de Minas também está empenhando em equacionar os conflitos urbanos relacionados à implantação de ferrovias. “Todas as ferrovias que passam por dentro dos municípios geram problemas, necessidade de construção de pontes, de desvio de nível. O Governo de Minas mapeou junto às prefeituras todos esses conflitos urbanos e ofereceu ao governo federal para que isso pudesse ser equacionado nos processos das concessões ferroviárias” explicou. 

Mais investimentos à vista 

O Governo do Estado, por meio da Seinfra, vem discutindo agora o aporte de investimentos da renovação da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica S/A – FCA, operada pela VLI Logística S/A., e que se encontra em tramitação federal. Minas Gerais concentra cerca de 50% dos 7.220 quilômetros de ferrovias sob a concessão da FCA. 

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O plano de negócios da concessionária está em discussão na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e deve contemplar investimentos na ordem de R$ 5 bilhões, dos quais Minas busca assegurar que boa parte seja investida na recuperação da malha ferroviária abandonada, como é o caso do trecho Lavras – Varginha, bem como o investimento em novos projetos, como a construção do ramal Pirapora – Unaí. 

Plano Estratégico Ferroviário 

O PEF foi entregue em julho de 2021 e faz parte de um amplo planejamento do Governo de Minas Gerais para o desenvolvimento ferroviário. Conduzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e acompanhamento da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), o plano foi elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC) e patrocinado pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). A estratégia contou, ainda, com a parceria da Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

O Plano é um estudo formado por um portfólio de projetos priorizados, que partiu do diagnóstico do atual sistema e da identificação de demandas em todas as regiões do estado, para definir um horizonte de investimentos de curto, médio e longo prazos para transporte de passageiros e de cargas sobre trilhos. 

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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