“Foi um grande alívio. Em meio àquele momento de tensão do diagnóstico, já ser informado que o SUS disponibilizava aquele remédio que passaria a ser essencial pra minha caminhada de vida, a partir de então”. Com um distúrbio hormonal há 20 anos, a fala do aposentado varginhense Adauto José Mendes, de 55 anos, ilustra a surpresa e a segurança ao saber que o Sistema Único de Saúde cobriria o medicamento necessário ao seu tratamento.

A assistência farmacêutica consiste em uma das áreas de atuação do SUS que atende diretamente o fornecimento de medicamentos de diversas classificações, à população.

São eles: os medicamentos básicos – essenciais, disponibilizados nas farmácias municipais; os estratégicos, que atendem doenças endêmicas e epidêmicas e os especializados, que são medicamentos utilizados em doenças raras, de baixa prevalência ou de uso crônico prolongado, com alto custo unitário.

Atendendo a aproximadamente 112.556 fichas por ano, com média de 9.380 atendimentos ao mês, o componente especializado é o que mais demanda na realidade da Superintendência Regional de Saúde (SRS) Varginha, e engloba medicamentos para enfermidades como asma, artrite reumatóide, fibrose cística, esclerose múltipla, esquizofrenia, dentre outras mais de 90 doenças.

Como ter acesso aos medicamentos

Para que o paciente possa saber se o medicamento prescrito para o seu tratamento é fornecido pelo SUS, ele pode realizar a consulta no site da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), onde o cidadão poderá verificar informações sobre o medicamento por meio de uma pesquisa por ordem alfabética ou por pesquisa pelo nome da doença. Outro fator importante é que a pessoa deve também providenciar todos os documentos e exames exigidos de acordo com o checklist para o tratamento específico.

No caso das 50 cidades da área da Superintendência Regional de Saúde de Varginha (SRS), uma parceria com os municípios da região foi feita para facilitar a logística de acesso dos cidadãos e a entrega dos insumos. O coordenador do Núcleo de Assistência Farmacêutica da SRS, o farmacêutico Fernando Mesquita, explica que algumas cidades são distantes de Varginha e para otimizar a busca e entrega desses medicamentos, o morador pode dar entrada em seu processo na secretaria municipal de saúde ou na farmácia municipal de seu domicílio. Quanto ao local de retirada do medicamento, ele é informado pelo próprio município.

“Seja como for a forma de acesso físico ao medicamento, o essencial é aquilo que se vê funcionar dia após dia na realidade das Farmácias de Minas: a possibilidade de acolhimento, pelo sistema público de saúde, de casos que dificilmente teriam condições de tratamento não fosse esta política”, afirma o coordenador.