Minas Gerais
Minas Gerais deve produzir 113,1 mil toneladas de algodão na safra 2021/2022
Neste Dia Mundial do Algodão (7/10), os cotonicultores mineiros comemoram o aumento da profissionalização, qualificação e, como consequência, ganhos de competitividade no setor. Minas Gerais ocupa a quinta colocação no ranking nacional, com 1,8% de participação no volume nacional e área cultivada de 24,9 mil hectares. Conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o estado produzirá, ao final da safra 2021/2022, 113,1 mil toneladas de algodão, com 45,2 mil toneladas de algodão em pluma.
Em apoio ao setor, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), executa o Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas). A política pública existe há quase duas décadas e favorece toda a cadeia produtiva de algodão e de tecidos. De um lado, garante benefício fiscal às indústrias que compram a matéria-prima produzida em Minas Gerais. Na outra ponta, proporciona ao produtor rural mercado para venda do seu produto, incremento da renda, e avanço tecnológico.
Para o superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Feliciano Nogueira de Oliveira, o Proalminas é motivo de orgulho. “Por meio de incentivos fiscais, proporcionados pelo Governo do Estado, o programa constituiu o Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura de Minas Gerais (Fundo Algominas), que propicia condições para uma produção qualificada, industrialização, comercialização e a promoção do algodão mineiro. Uma política inteligente para um trabalho de fibra”, avalia.
Competitividade
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Em intenso diálogo com a iniciativa privada, conta ainda com a parceria ativa da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) e das indústrias têxteis do estado.
O Proalminas é coordenado pela Secretaria de Agricultura e suas instituições vinculadas, aEm 2021, o Proalminas investiu mais de R$ 2 milhões na cotonicultura em ações como treinamentos, dias de campo, pesquisa, assistência técnica, desenvolvimento de produtos biológicos, entre outros. De acordo com estudo da Fundação João Pinheiro (FJP), realizado em 2019, cada real de incentivo do programa alavanca o Valor Bruto da Produção mineira de algodão em aproximadamente R$ 1,42.
Alguns exemplos de aplicação do Fundo Algominas é a instalação de estruturas como a Biofábrica da Amipa, que produz agentes de controle biológico, e a Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), outro laboratório da associação e referência mundial em precisão de análise do produto, sediadas em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com tecnologia comparável à de gigantes do segmento, como nos mercados dos Estados Unidos e da China, impulsionando assim a competitividade da agroindústria algodoeira no estado.
Cotonicultura em Minas
A principal região produtora de algodão em Minas é a Noroeste, responsável por 48% do volume estadual em 2021, de acordo com o IBGE. Em seguida, está o Triângulo Mineiro, com participação de 34%. Entre os municípios, os maiores produtores no estado, no último ano, foram: Coromandel (17,1 mil toneladas), Unaí (11,7 mil toneladas), São Romão (10,3 mil toneladas), Presidente Olegário (8,4 mil toneladas) e Brasilândia de Minas (6,6 mil toneladas).
Ressalta-se, também, a importância socioeconômica da cultura do algodão para a agricultura familiar no Norte do estado, onde se encontra, em fase final de instalação, o Centro de Difusão de Tecnologias Algodoeiras de Catuti para atender o processamento da produção de, aproximadamente, 200 famílias produtoras.
Com relação às exportações, Minas Gerais registrou 14 mil toneladas do produto embarcadas entre janeiro e agosto deste ano, com faturamento de US$ 63 milhões. Os dados representam um crescimento de 16,2% no valor e uma queda de 26,6% no volume, se comparados ao mesmo período de 2021, conforme informações do Ministério da Economia.
Fonte: Agência Minas
ENTRETENIMENTO
Descobrindo Ouro Preto: História, Cultura, Gastronomia e Cautela
Visitar Ouro Preto, no coração da mineiridade, é viajar no tempo. Fundada em 1711, essa joia do barroco brasileiro preserva a rica história da mineração (o ciclo do ouro no país), o encanto da literatura, foi nestas terras que Tomás Antônio Gonzaga viveu seu grande amor com Marília de Dirceu, inspirando uma das obras mais marcantes da literatura mundial, a genialidade de mestres como, Antônio Francisco Lisboa; o Aleijadinho, um dos maiores mestres da arte barroca no Brasil e claro, Tiradentes, uma figura central na história do Brasil, que tem uma forte conexão com Ouro Preto, antiga Vila Rica, que foi o cenário principal da Inconfidência Mineira, movimento de resistência à exploração colonial portuguesa.
Além disso Ouro Preto respira arte e festas. A cidade comemorou no último dia 18 de novemebro o aniversário de 210 anos de Aleijadinho, um evento que celebrou a arte, a cultura e a história da cidade. Durante uma visita na cidade, a nossa equipe conversou com o Ouro-pretano, Mauro Francisco de Souza Silva, conhecido por Mauro Amorim que é o organizador da 45ª Semana do Aleijadinho 2024 e Coordenador do CPP da Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Ouro Preto.
— confira o vídeo abaixo para saber mais sobre essa celebração que ressalta o legado de um dos maiores artistas do Brasil.
A riqueza cultural de Ouro Preto também pode ser vista nas galerias e exposições. Visitamos uma mostra de desenhos de um renomado artista local, falecido aos 94 anos; José Pio Monte.
“A Arte de JPio” é uma exposição, retrospectiva dos trabalhos artísticos e dos desenhos técnicos de Zé Pio e promove o resgate de peças industriais e a planificação de estruturas não mais existentes em Ouro Preto: o artista apresenta obras produzidas desde a década de 1970 nas técnicas óleo sobre tela, bico de pena, nanquim aguada, lápis e giz pastel. Na exposição que aconteceu na última semana desenhos em bico de pena despertaram ainda mais a paixão do público pelo artista. Durante a exposição, conversamos com o filho do artista, que compartilhou histórias emocionantes sobre o trabalho de seu pai e sua ligação com a cidade.
— confira o vídeo abaixo do engenheiro José Carvalho Monte, que ressalta o legado de seu pai, um dos maiores artistas do Brasil.
Outra experiência marcante foi a visita a uma mina histórica de extração de pedras preciosas e ouro. Apesar de sua beleza e riquezas naturais, Ouro Preto carrega em suas raízes uma história de exploração. Durante o auge do ciclo do ouro, milhares de pessoas ( inclusie crianças) foram escravizadas para trabalhar em condições insalubres, extraindo riquezas destinadas à Coroa Portuguesa. Essa herança de sofrimento contrasta com o esplendor de magia da cidade, que hoje se destaca como um dos maiores patrimônios históricos do Brasil. Para se ter uma ideia da crueldade, a expectativa de vida dentro das minas era inferior há 5 anos.
Com tanta história provavelmente deu água na boca e vontade de saborear essa cidade, e claro, Ouro Preto encanta também pelo paladar. A cidade oferece uma gastronomia rica e diversificada, com restaurantes que agradam a todos os gostos. Seja para um jantar romântico, um momento em família ou uma reunião entre amigos, os ambientes são aconchegantes e acolhedores. Além da tradicional e deliciosa comida mineira, há opções de culinária internacional que tornam a experiência ainda mais especial.
Com cerca de 74 mil habitantes, Ouro Preto une história, cultura e sabores únicos, sendo um destino que marca para sempre quem passa por lá. Fique atento para aproveitar sua viagem com responsabilidade e desfrute de tudo o que essa cidade extraordinária tem a oferecer e antes de pegar a estrada escoha sua pousada preferida e seja cauteloso na contratação de guias, nem tudo que se vê e ouve pode ser verdade, na dúvida: pesquise. Boa viagem!
Saiba Mais sobre Tiradentes
Conexão de Tiradentes com Ouro Preto
• Inconfidência Mineira: Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier, era um dos líderes do movimento que buscava a independência de Minas Gerais e a autonomia do Brasil em relação a Portugal. Ouro Preto, como capital da capitania, era o centro das discussões e conspirações da Inconfidência.
• Prisão de Tiradentes: Embora tenha sido capturado no Rio de Janeiro, muitas das articulações da Inconfidência aconteceram em Ouro Preto, onde residiam vários inconfidentes.
Pontos Históricos Relacionados
1. Casa dos Contos: Era usada como casa de fundição e prisão temporária de alguns inconfidentes. Hoje é um museu que retrata a história da economia brasileira no período colonial.
2. Museu da Inconfidência: Localizado na antiga Casa de Câmara e Cadeia, guarda documentos, objetos e memórias dos inconfidentes, incluindo homenagens a Tiradentes.
3. Igreja de São Francisco de Assis: Essa igreja barroca é uma das obras-primas de Aleijadinho e representa a riqueza e a religiosidade da época, contextos que influenciaram os movimentos sociais.
Legado de Tiradentes
Tiradentes é considerado um mártir da independência brasileira. Sua memória é honrada em Ouro Preto por meio de eventos culturais, como a Semana da Inconfidência, realizada em abril, e pelo reconhecimento do seu papel como símbolo de liberdade.
A cidade, com sua arquitetura colonial preservada, oferece uma viagem no tempo, permitindo compreender melhor os ideais e o sacrifício de Tiradentes em um momento crucial da história do Brasil.
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