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Minas Gerais

Mulheres beneficiadas pelo Trajeto Moda visitam fábrica de confecções em Belo Horizonte

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Depois do sucesso alcançado desde seu lançamento e com a consolidação confirmada com a expansão em 2024, o Trajeto Moda, iniciativa do Governo de Minas por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), agora dá outro passo em direção ao fortalecimento das políticas públicas voltadas para o empoderamento de mulheres que buscam autonomia e um lugar no mercado de trabalho.

Uma parceria com a Alphorria, confecção de moda com sede em Belo Horizonte, possibilitou que 26 mulheres beneficiadas em Couto de Magalhães e Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, visitassem a fábrica nessa quarta-feira (21/2).

Lila Alves

Essa iniciativa foi o primeiro passo da parceria que busca abrir os horizontes para as mulheres sobre o processo produtivo no mercado da moda, bem como resgatar a autoestima para que elas criem uma linha de produtos com identificação regionalizada. A parceria vai viabilizar também a doação de materiais não utilizados pela fábrica para as mulheres.

O próximo passo envolve a ida da equipe da Alphorria aos dois municípios, onde conhecerão as sedes municipais do Trajeto Moda, e realizarão uma pesquisa sobre as culturas locais.

Esta fase será importante para definir os rumos do trabalho, que vai contar com o desenvolvimento de uma coleção própria a ser comercializada na loja conceito do projeto viabilizada pela parceria.

“Estas mulheres estão conhecendo, in loco, como é o processo de fabricação que elas aprenderam durante o curso do Trajeto Moda. Este é um momento muito importante, ainda mais por estamos iniciando uma parceria nova com essa fábrica mineira, de renome nacional. Agora sim, começa esse grande processo de renovação dessas mulheres”, disse a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá.

Karla Thibau, diretora-executiva da Alphorria, foi quem recebeu as futuras parceiras e celebrou o projeto que se inicia. “Este projeto nasceu da necessidade da Alphorria de desenvolver a mulher, desenvolver o empoderamento dela de ter essa liberdade de ser, vestir, ser quem ela quer. Elas vão aprender todos os processos da empresa e depois vamos criar algo juntas, fazer uma transformação, tanto no lado pessoal quanto profissional”, explicou.

Armando Jr

Para Karla, a parceria com o Governo de Minas é necessária para o desenvolvimento não só dessas mulheres, mas também da empresa.

“Vemos essa necessidade, a importância da parceria do público com o privado, e eu acredito em mais do que isso. Acho que toda empresa tem que ter um propósito, tudo faz sentido quando temos um, e vimos isso no Trajeto Moda. Conheci quando começou e o projeto vai de acordo com o propósito da marca, com nossos valores. Então, a transformação dessas mulheres é o que está trazendo, hoje, o propósito da marca, de fazer esse trabalho junto ao Governo do Estado, concluiu.

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“Sou alguém que produz”

Alexandra Paula Pereira, de Diamantina, é uma das beneficiárias do Trajeto Moda que esteve na fábrica da Alphorria. Ela falou como a iniciativa da Sedese vem mudando sua vida.

“Quando comecei sabia que ia ter um projeto, mas não tinha noção do que era. Conforme foi passando, imaginei que poderia, através do Trajeto Moda, produzir peças para minha família, ser útil dentro de casa. Hoje descobri que posso ser útil tanto para eles quanto para meus amigos, vizinhos, porque muitas pessoas me procuram para produzir peças”, conta.

“Ainda estou aprendendo, mas só de ver a pessoa feliz com o que posso fazer, me deixa muito mais contente do que se conseguissem me pagar R$ 1 milhão. Hoje eu entro dentro de casa e não sou só mais alguém para lavar, passar e cozinhar. Sou alguém que produz algo”, celebra.

Alexandra quer muito mais, e essa parceria pode ser o começo de algo que sequer havia sonhado.

“Quero chegar no nível da alta costura, conseguir produzir vestidos de noiva, de festa, alfaiataria. Desejo continuar e, se um dia alguém precisar que eu ensine, como tive alguém para me ensinar, estarei pronta também”, completou.

Débora Maria Fernandes também participou da imersão na fábrica da Alphorria. Ela é gerente de políticas públicas da Secretaria de Desenvolvimento Social de Diamantina.

Para ela, uma ótima oportunidade para as mulheres e uma satisfação poder ver os governos de Minas e municipal com uma preocupação legítima em darem oportunidades a esse público.

“Essa visita serve para abrir novos horizontes para o projeto. É uma alegria muito grande termos um governo preocupado com a vulnerabilidade social. No nosso município, esse projeto ocorre num dos bairros mais vulneráveis, e as mulheres que estão vivenciando essa experiência estão percebendo, na vida delas, a transformação acontecer. Não só no corte e costura, mas a perspectiva de novos horizontes”, enfatiza.

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José Eduardo Rabelo, prefeito de Couto de Magalhães, também comemorou a parceria, que a partir de agora também vai ter participação da iniciativa privada.

“É o que eu sempre falo: tem que acreditar, e elas acreditaram. Agora é o primeiro passo, isso para elas é um futuro de vida. E para o Vale do Jequitinhonha, é uma amostra de que tudo vale a pena, que tudo tem jeito. Saímos de Couto de Magalhães, rodamos 300 quilômetros, e estamos vendo tudo que está acontecendo. É um passo na vida delas, é pensar na família, nos filhos, no futuro. Esta parceria junto com o Governo do Estado é fundamental”, concluiu.

Avanço

O subsecretário de Trabalho e Emprego da Sedese, Arthur Campos, celebrou a expansão do Trajeto Moda e a parceria firmada com a Alphorria, que se encaixa na filosofia do Governo de Minas de trabalhar em comunhão com a iniciativa privada.

“São muito importantes essas parcerias público-privadas porque tanto nós, da iniciativa pública, como quem é da iniciativa privada, tem a necessidade de transformar a vida das pessoas. A Alphorria faz essa parceria para empoderarmos essas mulheres para que elas tenham autonomia. Espero que seja a primeira de muitas que vamos fazer junto ao Trajeto Moda, porque é isso que a gente quer”, destacou.

“A visita das mulheres na fábrica representa uma evolução do Trajeto Moda. Ele só consegue realmente tirar as mulheres da vulnerabilidade se houver uma parceria entre o estado, a prefeitura e a iniciativa privada, e a Alphorria abre esse espaço, disse a coordenadora do Trajeto Moda pela Sedese, Wanessa Cabidelli.

Trajeto Moda

Idealizado em 2020 e iniciado em 2021 com o projeto-piloto realizado com dez mulheres do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, e sete representantes das regionais que contribuíram na adaptação da metodologia inédita, o Trajeto Moda propõe ações contínuas para desenvolver autonomia, cidadania e independência financeira, especialmente a mulheres que vivem alguma situação de vulnerabilidade social.

Ao todo, cerca de 300 mulheres, de 24 municípios mineiros, já usufruíram do projeto, mas até 2024 este número deve saltar para 500, chegando a 35 municípios, graças a um aporte financeiro proveniente da Loteria Mineira de cerca de R$ 3,4 milhões.

Fonte: Agência Minas

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Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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