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Minas Gerais

Operação cumpre mandados por sonegação de impostos e crimes no ramo de reciclagem

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Na manhã desta terça-feira (7/2), o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG) deflagrou a quarta fase da Operação Sinergia, para dar cumprimento aos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo da 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte. 

A hipótese investigativa criminal é a apuração da prática dos crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, no contexto de organização criminosa que se vale de sofisticada estrutura corporativa.

O Cira-MG busca aprofundar investigações de pessoas ligadas ao grupo econômico formado por diversas empresas com atividade de produção, comercialização e reciclagem de sucatas e metais, fornecendo ligas de alumínio para empresas de diversos setores, como as indústrias metalúrgica, siderúrgica e automobilística. 

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, Nova Lima, Betim, Contagem e Sarzedo, bem como na cidade do Rio de Janeiro.

Alvos 

Os alvos são pessoas físicas e jurídicas envolvidas em um esquema estruturado de sonegação fiscal. Foram identificadas dezenas de empresas de fachada, que teriam por função emitir notas fiscais falsas (notas frias) para simular operações comerciais e viabilizar a criação de créditos inidôneos de ICMS. Investiga-se, ainda, o uso dessas notas frias para dissimular a aquisição de mercadorias provenientes do mercado clandestino de metais. 

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Também são objeto de investigação inúmeros atos de lavagem de dinheiro praticados por intermédio de outras empresas (holdings) administradas pelos suspeitos. Com a finalidade de eximir as empresas dos débitos tributários constituídos em razão de tais ilícitos, o grupo criminoso realizou sucessões corporativas dissimuladas, deixando a descoberto um prejuízo de centenas de milhões de reais ao Estado de Minas Gerais.

A operação conta com a participação de sete promotores de Justiça, cinco delegados e 70 investigadores da Polícia Civil, dois oficiais da Polícia Militar e 56 policiais militares do Comando de Policiamento Especializado, 62 servidores da Receita Estadual e cinco servidores do Ministério Público Estadual.

Fases anteriores 

O setor econômico de metais é estratégico para o Estado de Minas Gerais, movimentando bilhões de reais e afetando direta ou indiretamente a vida de milhares de mineiros. 

As três fases anteriores da Operação Sinergia identificaram o envolvimento de agentes que atuam em diversas camadas da cadeia do setor econômico. 

Para além do ilícito percebido pela sociedade em razão do furto e receptação de fios de cobre subtraídos pela ação de indivíduos, as investigações aprofundam a análise de esquemas sofisticados, desde a atuação de intermediários e a criação de empresas de fachada, até o envolvimento de grupos econômicos que promovem fraudes bilionárias.

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Projeto Cira 360°

A operação é parte de uma nova fase de estruturação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG).  

O projeto Cira 360° propõe o fortalecimento da política de Estado por meio de seis eixos estruturantes, com o objetivo de recuperar ativos, prevenir distorções de mercado e promover a tutela de um ambiente de concorrência legal nos setores econômicos em Minas Gerais. A iniciativa pioneira inspirou a criação de estratégias semelhantes em outros estados. 

Ao longo de quase 16 anos, a partir da articulação do Cira-MG, o Ministério Público de Minas Gerais, a Receita Estadual, as Polícias Civil e Militar e a Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG) recuperaram cerca de R$ 17 bilhões de ativos para os cofres públicos.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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