Minas Gerais
Operação de combate a “gatos” de energia flagra infratores na RMBH
A Cemig realizou operação conjunta com a Polícia Civil de Minas Gerais, nesta quinta-feira (9/6), para regularizar o sistema de medição em quatro estabelecimentos comerciais, todos de consumo elevado, localizados na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Os alvos foram previamente avaliados e apresentavam indícios de furto de energia elétrica. Durante as inspeções, houve flagrante de irregularidades pelos técnicos da companhia em três padarias e em uma peixaria. As fraudes foram fotografadas, registradas e retiradas. Nos casos de intervenção no interior dos medidores, os equipamentos foram lacrados e enviados para laboratório, em que passarão por avaliação, conforme determina a Resolução 1.000/2021 da Aneel.
Nas irregularidades comprovadas, os responsáveis deverão ressarcir a companhia em relação ao montante de energia consumida que não havia sido devidamente faturada.
Balanço
Somente de janeiro a maio deste ano, a Cemig já visitou cerca de 150 mil unidades consumidoras para realização de inspeções, com foco em regularizar e garantir a conformidade da medição. A empresa estima que o furto de energia cause um prejuízo da ordem de R$ 380 milhões por ano, valor que é “repartido” entre distribuidora e consumidores regulares.
De acordo com o engenheiro de Medição e Perdas da Cemig, Gabriel Linhares, o furto de energia pode gerar consequências não só financeiras, mas também criminais. “Essa prática é um crime previsto no Código Penal no artigo 155, que estipula multa e pena de até 8 anos de reclusão. Além desse artigo (155), alguns juízes enquadram o crime no artigo 171, que trata do estelionato”, afirma. Além da responsabilização penal, quem pratica irregularidade deverá ressarcir à distribuidora a energia furtada e não faturada de forma retroativa e pagar um custo administrativo que pode chegar a quase R$4,4 mil.
Risco de acidentes
As ligações irregulares colocam em risco a segurança da população, tendo em vista a possibilidade de acidentes com a rede elétrica, com consequências graves e até fatais. Além disso, a prática traz impactos na qualidade da energia no sistema elétrico, podendo causar interrupções no fornecimento para clientes regulares, incêndios e queima de aparelhos e equipamentos.
“Os principais objetivos das operações com apoio da Polícia Civil são minimizar o prejuízo repartido entre a consumidores regulares e a Cemig, e educar a população em relação ao furto de energia e seus impactos para toda sociedade. O foco é intensificar a detecção e regularização de unidades consumidoras com irregularidades na medição de energia e conduzir os responsáveis para a delegacia da Polícia Civil”, explica Gabriel Linhares.
Tecnologia
Para identificar as unidades com suspeita de fraude, a Cemig possui um Centro de Seleção de Inspeções (CSI) no qual equipes especializadas realizam o monitoramento do consumo dos quase 9 milhões de clientes da companhia em todo o estado.
Neste ano, a Cemig está utilizando um sistema computacional que, aliado à atuação das equipes administrativas e de campo, tem proporcionado o aumento do índice de acerto de inspeções, que saltou de 27% em 2020 para 44% em maio deste ano.
Por meio do CSI é possível identificar, em tempo real, qualquer anomalia no padrão de consumo de energia dos grandes clientes, que representam cerca de 60% do faturamento da Cemig, e enviar equipes de campo para identificar, registrar e retirar as irregularidades.
Além das ações de fiscalização e monitoramento, a Cemig conta com a contribuição dos clientes que podem fazer denúncias de fraudes pelos canais de atendimento da empresa, no telefone 116 ou pela Agência Virtual no Portal Cemig.
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.