Uma visão diferente de Passos

Passos: Produtores rurais fazem “vaquinha” para consertar estrada da Julieira

A jornalista Lívia Ferreira ( Verboaria ) apresenta uma reportagem sobre o cenário atual na estrada rural da Julieira e mostra como a ausência do poder público pode trazer prejuízos para os usuários. Leia a matéria!

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Queda nas vendas, danos aos veículos, prejuízo na rotina escolar dos alunos e encarecimento do frete estão entre as consequências da má conservação da via, desgastada pelas fortes chuvas. Veja as fotos e o que diz a prefeitura

 

Por Lívia Ferreira – Verboaria

 

Cansado de esperar, um grupo de produtores rurais decidiu fazer uma “vaquinha” e contratou uma máquina para nivelar os pontos mais críticos de parte da estrada da Julieira, que dá acesso à zona rural de Passos. As péssimas condições da via e a ponte danificada pelas fortes chuvas estão prejudicando o escoamento da produção, o deslocamento até a cidade, alterando a rotina de alunos, dificultando as vendas e encarecendo o frete – sem falar no risco de acidentes.

R$ 15 mil
O aluguel da máquina por um dia de trabalho custou R$ 15 mil reais. “Cada produtor contribuiu com o que podia. O que a gente não entende é esta diferença de tratamento entre a área urbana e a área rural do município. Por que tem maquinário disponível para a Secretaria de Obras e não tem para a Secretaria Meio Ambiente?”, questionou produtora Juliana Silveira.
Ela afirma que a máquina foi contratada com autorização do secretário municipal de Meio Ambiente, Agropecuária e Abastecimento Neném da Manoela. Segundo Juliana, quinta-feira passada (23/02), em reunião com representantes da Prefeitura de Passos, os produtores rurais receberam a garantia de que, em 45 dias, três máquinas estarão disponíveis para atender a zona rural do município. “Três máquinas para atender 2.500 Km de estradas rurais? Será que é o suficiente?”, indagou.

Aumento do frete
O produtor Marcelo Brandão Lemos já está sentindo no bolso os efeitos da deterioração da estrada. “O frete do caminhão de boi subiu de R$ 700 para R$ 1.500, pois há mais risco de estragar o veículo passando por uma estrada como esta.”
O representante comercial de produtos agrícolas Frederico Silveira Melo também sofre os reflexos em sua conta bancária. “Como levo muito mais tempo de deslocamento, isto prejudica as vendas”, explica.

Alunos
Outra queixa dos produtores é de que a manutenção inicial dada pela prefeitura só chega até a metade dos cerca de 50 Km da via. Como o deslocamento está mais difícil, alunos que dependem do transporte escolar precisam acordar às 4h para pegar o ônibus e só retornam para casa às 14h. “A estrada está tão ruim que tenho que levar minha filha até a porteira, pois não tem como o ônibus chegar até minha casa. E tem o problema do gasto. Mês passado gastei R$ 900 consertando o veículo que estragou por causa dos buracos”, reclama o produtor Benedito Antônio da Silva.

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Bitributação
O produtor Tão Porto lembrou que a precariedade da estrada da Julieira é um problema que remonta a outras administrações e que o atual prefeito, Diego Oliveira, tem feito uma boa gestão. Ponderou ainda que as chuvas têm sido um agravante para a continuação dos serviços. Mas lembrou que o produtor está sendo duplamente penalizado. “Estamos sofrendo uma bitributação”, observou, já que os produtores pagam impostos e agora tiveram de arcar com o aluguel da máquina.

Sem briga
“Não queremos nos indispor nem comprar briga com a prefeitura. Queremos, sim, trabalhar em parceria, ter apoio do poder público para continuarmos produzindo”, explicou o advogado Marcos Simão Silveira.

Travessia
A estrada da Julieira é fundamental para o acesso à zona rural. Movimentada, é o caminho para um celeiro de produtos agropecuários e ajuda a gerar empregos – há fazenda com mais de 30 trabalhadores. No momento em que a Verboaria esteve no local fazendo a reportagem, registrou o malabarismo de caminhões para fazer a travessia sobre a ponte.

 

O que diz a prefeitura
Por meio da assessoria de imprensa, Neném da Manoela fez os seguintes esclarecimentos:

Maquinário
O secretário confirmou que solicitou o maquinário para manutenção das estradas rurais. De acordo com ele, a LN, empresa baiana terceirizada que ganhou a licitação, “não cumpriu com o contrato e não colocou nenhum equipamento, nenhuma retroescavadeira, nenhuma pá carregadeira e nem os caminhões poliguindastes para retirar as caçambas das estradas.”
Ele afirmou ainda que, no passado, os equipamentos da prefeitura eram terceirizados. “Recuperamos algumas máquinas da prefeitura, que são as únicas que estão trabalhando hoje no município, pois as terceirizadas retiraram. São as que temos atualmente.”

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Área rural e área urbana
Sobre o suposto favorecimento da área urbana de Passos em detrimento da rural, o secretário argumentou que são realidades muito diferentes. “Área urbana você tem o asfalto para proteger, área rural, não. Área rural a chuva cai direto nas estradas. Ano passado reformamos várias estradas cascalhando, inclusive a estrada da Julieira, que foi cascalhada e recuperada 100%, mas devido ao excesso de chuva não aguentou. Teve quinzena de 600mm de água! Então não há estrada rural que aguente a quantidade de chuva que tivemos.”

Ponte da Julieira
Neném da Manoela garantiu que a ponte da Julieira será consertada e que os materiais para manutenção já chegaram. “Só falta ir ao local para consertar e, para isso, dependemos do equipamento que já está chegando. A respeito de cascalhar a estrada da Julieira, essa foi feita no ano passado, 100% cascalhamento, o que precisa agora é passar a máquina nela para alinhar a estrada.”
Ele atribuiu à falta de equipamentos a dificuldade de dar manutenção nas estradas rurais. “A empresa não colocou os equipamentos para fazer essa manutenção e com isso estamos trabalhando só com os equipamentos da prefeitura. E se não tivéssemos recuperado eles (sic), hoje não teríamos nada para fazer esse tipo de serviço.”

Cronograma
Sobre o cronograma das obras, o secretário explicou que a programação está condicionada à incidência da chuva. “Dependemos de chuva para trabalhar, dependemos de sol para trabalhar, então estrada rural é diferente. Existe sim um cronograma, só que esse cronograma muda da noite para o dia em questão de segundos. Existe cronograma para fazer ponte, cascalhar pontos críticos, recuperar aterros, mas cronograma para estrada rural muda muito.”

 

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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