Minas Gerais
Pesquisas da Epamig são destaque em documentário sobre Plantas Alimentícias Não Convencionais
Bolo de ora-pro-nóbis, pastel de umbigo de banana, frango com cansanção, bombom de vinagreira, peixinho frito e costelinha com saborosa. Esses são apenas alguns pratos e doces típicos da cozinha mineira que utilizam, em suas receitas, espécies de Plantas Alimentícias Não Convencionais, conhecidas pelo acrônimo Panc.

Motivado por esse universo gastronômico, o documentarista Bellini Andrade visitou, no início do mês, o Campo Experimental de Santa Rita, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), localizado em Prudente de Morais (MG), para realizar gravações que irão compor um curta-metragem sobre o uso das Panc na culinária do estado. Lá, ele registrou imagens no Banco de Hortaliças Não Convencionais, que conta com mais de 30 espécies, e colheu depoimentos da equipe de profissionais responsáveis pelos trabalhos com as Panc na Empresa.
O filme, cujo nome provisório é Do Mato à Mesa, e tem estreia prevista para fevereiro, foi aprovado em edital do Fundo Estadual de Cultura de 2021, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), cujo tema era “Cozinha Mineira”. “Eu desconhecia totalmente o que era Panc. Quem me introduziu no tema foi minha namorada, que teve contato com as pesquisas da Epamig em 2021, o que me deu a ideia de escrever o projeto baseado no uso das Panc dentro da culinária de Minas”, relata Bellini, que é diretor de vídeo e cinema há mais de 30 anos.
A primeira pessoa procurada pelo realizador foi Marinalva Woods, pesquisadora e uma das especialistas em Panc na Epamig Centro-Oeste, para obter informações e orientações que pudessem guiá-lo na preparação do documentário.
Desde 2008, a Epamig mantém Bancos de Multiplicação de Hortaliças Não Convencionais e desenvolve pesquisas com algumas delas, como taioba, ora-pro-nóbis, araruta, mangarito, azedinha, capuchinha e outras. Os trabalhos integram o Programa Estadual de Pesquisa em Flores, Hortaliças e Plantas Medicinais da Empresa. As hortaliças e frutas Panc são espécies que podem ser consumidas, mas são de difícil acesso e não integram a alimentação diária dos brasileiros.
“Os trabalhos desenvolvidos pela Epamig têm por finalidade gerar informações sobre propagação, sistemas de cultivo, manejo, colheita e pós-colheita de algumas Panc. O resgate e a popularização dessas espécies representam ganhos importantes para a valorização da cultura alimentar e costumes regionais, com impactos econômicos, sociais e nutricionais. O documentário será mais uma forma de divulgar os diversos potenciais das Panc, reforçando a importância dos trabalhos realizados pela pesquisa, extensão e ensino nos últimos anos”, comenta Marinalva Woods.
Ela lembra que as ações realizadas pela Epamig com as Panc contribuem para o cumprimento de sete dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU). São eles: Erradicação da pobreza; Fome zero e agricultura sustentável; Saúde e bem-estar; Educação de qualidade; Consumo e produção responsáveis; Vida terrestre; Parcerias e meios de implementação.
Ao final da visita e das gravações em Prudente de Morais, a equipe do documentário teve a oportunidade de provar o famoso “peixinho frito” e o bolo de ora-pro-nóbis, preparados exclusivamente pelos funcionários da Epamig, Ângela Maria e Antônio Acácio, respectivamente.
Da tradição dos quilombos à culinária gourmet
Segundo a pesquisadora da Epamig, as Panc sempre foram utilizadas durante séculos na culinária do estado, mas pararam de estar nas mesas de muitos consumidores por não serem rotineiramente comercializadas em mercados e hortifrútis. “Quem não tem acesso a um sítio, quintal ou a uma área de vegetação natural, muitas vezes não tem como inseri-las na sua alimentação. E são plantas muito ricas em nutrientes e proteínas, essenciais para qualquer dieta saudável e balanceada, além de apresentarem sabores e aromas diferenciados. É importante explicar para a comunidade em geral sobre os potenciais das Panc, incentivar a produção e superar preconceitos vinculados ao consumo delas”, ressalta Marinalva.
O uso das Panc na culinária mineira é vasto, podendo aparecer em receitas com carne ou frango, bolos, geleias, pastéis, vinhos e muito mais. Segundo a pesquisadora, quem também tem contribuído para a popularização das PANC são os chefs de cozinha gourmet. “Muitos deles usufruem das cores, sabores e texturas das hortaliças e frutas não convencionais na elaboração de vários pratos contemporâneos, propiciando novas experiências aos seus clientes e divulgando o universo rico e diversificado das Panc”, argumenta Marinalva.
“O que mais me chama a atenção nas Panc é o infinito de possibilidades que elas apresentam. Para a realização do filme, visitei outros lugares além da Epamig, e um deles foi o Quilombo da Chacrinha, em Belo Vale (MG). Conversei com a comunidade e experimentei a tradicional costelinha com saborosa, uma Panc muito conhecida na região e considerada ancestral pelos quilombolas”, relata Bellini Andrade, que assina a direção, argumento e fotografia do documentário.
A Epamig é uma empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.
Fonte: Agência Minas
GERAL
José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”
O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.
“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.
Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.
“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.
Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina
O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.
Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.
Crítica ao governo federal e à inversão de valores
José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.
“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.
Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.
Confiança no PL e esperança de mudança
O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.
“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.
José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.
Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:
“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”
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