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Minas Gerais

Primeira Unidade de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção do Brasil é inaugurada em BH

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O governador Romeu Zema participou, nesta sexta-feira (1/6), em Belo Horizonte, da inauguração da primeira Unidade de Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (UCC) do Brasil. A UCC faz parte do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG).

Gil Leonardi / Imprensa MG

A nova estrutura vai promover um maior intercâmbio entre as áreas responsáveis pelo combate a este tipo de crime, gerando melhor planejamento das ações e maior efetividade nas investigações e operações.

A unidade abrigará oito unidades de operação: Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet); Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, de Execução Penal, do Tribunal do Júri e da Auditoria Militar (Caocrim); Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos (Coeciber); Procuradoria de Crimes Praticados por Prefeitos e Ação Originária (Competência Originária); Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Caopp) e o Grupo de Estudos em Políticas Públicas e Coordenadorias do Júri (GEPP).

Avanços

Em pronunciamento, Zema lembrou que o combate à corrupção na sua gestão começou no primeiro dia com a nomeação de Rodrigo Fontenelle como controlador-geral do Estado. “Quando nos encontramos, deixei bem claro que ele teria total autonomia para fazer o que é correto. Posso dizer que fizemos avanços, pois somos um governo com baixos índices de corrupção”, disse.

Já em relação ao crime organizado, o chefe do Executivo lembrou que, em 2018, Minas Gerais registrou 256 ocorrências de explosões de caixas eletrônicos. Já em 2021, foram cinco e, neste ano, apenas uma.

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“Isso demonstra que quando se quer combater e tem vontade, avanços são feitos contra o crime organizado. Quem detém o monopólio da força é o Estado. Então cabe ao Estado criar condições para combater essas quadrilhas e a corrupção”, alertou.

Gil Leonardi / Impensa MG

Prevenção à corrupção

Minas é o Estado com maior adesão ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção, com 97% dos órgãos e entidades tendo aderido. Em maio, foi lançado pelo governador o Plano Anticorrupção com 89 ações de combate à corrupção no governo estadual. Atualmente, 87% dos órgãos do Estado possuem ou estão desenvolvendo seus próprios planos.

Minas Gerais conquistou, em 2021, o 1º lugar na Escala Brasil Transparente, ranking organizado pela Controladoria-Geral da União. Em janeiro de 2019, o Estado ocupava a 20ª colocação.

Aprimoramento

De acordo com o governador, apesar dos avanços é necessário aprimorar as ferramentas. “A UCC vai ao encontro desse aprimoramento. O crime se moderniza. Com isso, os entes públicos precisam se estruturar para combater à altura”, afirmou.

Para o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, a criação da unidade significa muito mais que uma norma regulamentada ou o espaço físico que abriga. Segundo ele, a criação da UCC é um passo definitivo dado pela instituição no combate a duas chagas presentes na sociedade: a criminalidade e a corrução.

“É preciso efetivar o direito à segurança pública. A segurança dos indivíduos e da sociedade é elemento fundamental para a gênese do próprio Estado. Prevenir e combater o crime organizado e a corrupção e promover a paz que a sociedade precisa é missão de todos, mas dever do setor público”, ressaltou.

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O procurador afirmou que as ações que serão deflagradas pela UCC têm a perspectiva de recuperar o dinheiro público desviado inicialmente em mais de R$ 1 bilhão por ano. “Isso não é apenas um número. Estamos falando de escolas, saúde, lazer, obras e serviços públicos de qualidade que retornam ao mineiro”, disse.

A unidade ocupará uma área de 6.300 metros quadrados, distribuídos em 14 andares e dois subsolos. Foram investidos R$ 39 milhões pelo MPMG na compra do edifício e estruturação da unidade.

Operações

Em 2021, o MPMG, em parceria com as polícias Civil e Penal e Polícia Rodoviária Federal, realizou 117 operações em todo Estado, apreendendo mais de R$ 500 milhões e desarticulando 78 organizações criminosas. No ano passado cerca de mil mandados de busca e apreensão foram cumpridos e 662 pessoas presas. Para 2022, a expectativa é que seja recuperado R$ 1 bilhão aos cofres públicos

Lei Anticorrupção

Minas Gerais é o terceiro Estado que mais aplicou multas a empresas no âmbito da Lei Anticorrupção. Nos últimos 3 anos e meio foram concluídos 12 processos, que geraram multas superiores a R$ 3 milhões. De 2015 a 2018, um único processo de responsabilização ficou parado e não gerou multa para a empresa infratora.

Acordo de leniência

Em parceria com o MPMG, foi firmado em 2021 o maior acordo de leniência da história de Minas Gerais. A construtora Andrade Gutierrez foi condenada a devolver aos cofres públicos R$ 128,9 milhões de recursos ilícitos obtidos por meio de fraude em licitação de obras da Cemig e da Cidade Administrativa. A empresa tem até 2030 para devolver o recurso ao Estado.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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