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Minas Gerais

Produtores do queijo casca florida comemoram o reconhecimento da variedade do Queijo Minas Artesanal

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Produtores de Queijo Minas Artesanal (QMA) das dez regiões reconhecidas pelo Governo de Minas se reuniram, nesta quinta-feira (5/1), na Cidade Administrativa, com o governador Romeu Zema e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, para agradecer o reconhecimento do Queijo Minas Artesanal de Casca Florida (QMACF).

A resolução de nº 42, publicada no Diário Oficial do Estado na última semana de dezembro de 2022, considera como “casca florida” a cobertura com presença ou dominância visualmente constatada de fungos filamentosos, popularmente nomeados de mofos ou bolores.

O governador reiterou que o estado continuará trabalhando na valorização e na agregação de valor dos produtos genuinamente mineiros. “Assim como temos o presunto Parma e a baguete francesa, por exemplo, queremos que o queijo minas artesanal seja reconhecido mundialmente”, explicou.

Com o reconhecimento, segundo Zema, o Governo de Minas atesta ao mercado que o queijo é especial e que suas características não oferecem riscos à saúde. Minas Gerais é o primeiro Estado brasileiro a reconhecer o Queijo Minas Artesanal na variedade de Casca Florida.

Outros Estados já formalizaram a produção de queijos industrializados com casca florida a partir do leite pasteurizado e de fungos industriais. Porém, Minas é pioneiro no reconhecimento do produto artesanal.
 


Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Regulamentação

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Thales explicou que com a caracterização o próximo passo será a regulamentação do casca florida por meio de um trabalho da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

“Queremos ver o queijo formalizado e regulamentado nas prateleiras de Minas Gerais, do país e do mundo, mostrando a qualidade do queijo mineiro”, disse o secretário.

Ganhos

“É o ordenamento da produção, da maturação e da comercialização do queijo. Temos que criar as normas para essa cadeia produtiva funcionar até chegar na mesa do consumidor, e é isso que nós vamos fazer agora no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)”, explicou João Carlos Leite, produtor da marca Roça da Cidade, de São Roque de Minas, da região produtora da Canastra.

O processo de legitimação desse queijo foi lembrado desde o início por um dos queijeiros presentes, Túlio Madureira.

“Em 2016, tivemos a oportunidade de iniciar a pesquisa na minha queijaria, junto à Universidade Federal de Lavras (Ufla), quando identificamos os fungos Geotrichum Candidum, o mesmo presente em queijos famosos, como o camembert francês, e hoje esse queijo chega ao mercado graças ao trabalho conjunto da Seapa, do IMA e das universidades que fizeram as pesquisas, como a Ufla”, disse o produtor do Queijo do Gir, no Serro, da região produtora de Diamantina.

Dirceu Aurélio / Imprensa MG

Madureira destacou o papel da regulamentação para garantir a qualidade e a integridade dos produtores que forem credenciados.

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“Agora, vamos trabalhar para determinar como se dará a inoculação. Dentro da regulamentação vão constar os passos para a produção, quantos dias para maturação, as variedades de fungo, para termos o acabamento perfeito para esse queijo, a fim de atender às características sanitárias para chegar ao consumidor final”, explicou.

Também da região de Diamantina, o produtor Richard Wagner Andrich, da Queijo Datas Guzerá, espera incrementar o faturamento e o chamariz gastronômico.

“Hoje, 50% dos clientes ou mais querem o queijo de casca florida. Por isso, é muito importante a regulamentação, pois será mais um atrativo para os turistas”, prevê.

Raio X

Atualmente, o Estado conta com 30 mil produtores de queijos, sendo que 9 mil são produtores de Queijo Minas Artesanal com produção aproximada de 40 mil toneladas anuais.

Hoje, 112 queijarias estão registradas no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) com o Selo Arte, o que permite a comercialização em todo país. O objetivo do Governo de Minas é ampliar o número de queijarias registradas, retirando o produtor da informalidade, e aumentar o número de microrregiões reconhecidas como produtoras de queijo artesanal.

As dez regiões reconhecidas pela produção do Queijo Minas Artesanal são: Araxá, Canastra, Campos das Vertentes, Cerrado, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro, Serras da Ibitipoca, Diamantina e Entre Serras da Piedade ao Caraça.

Fonte: Agência Minas

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Minas Gerais

Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!

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Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.

O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.

Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.

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As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta  vulnerabilidade dos trabalhadores.

A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.

O caso segue em investigação.

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