Minas Gerais
Segurança Pública leva temática da violência doméstica para ambiente escolar
Discutir violência doméstica nas escolas é uma excelente forma de alertar para o tema, desmistificando tabus. Por meio do projeto É na Base!, o Programa Mediação de Conflitos (PMC) tem realizado ações sobre violência doméstica em escolas municipais e estaduais localizadas nas áreas de abrangência das 28 Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs).
A iniciativa atua junto a escolas de Minas Gerais no enfrentamento à violência contra as mulheres” e tem promovido encontros com dinâmicas e atividades lúdicas e artísticas para alunos de diversas idades, pais, professores, diretores, funcionários e toda a comunidade envolvida com a escola.
O PMC é um dos seis programas da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). O objetivo principal do projeto é incentivar ações de enfrentamento à violência contra as mulheres junto às escolas, seja por meio da leitura de alguns fatores de risco e proteção, ou pela observação dos fenômenos de violência e criminalidade. O Programa Mediação de Conflitos possui uma importante atuação no combate à violência doméstica nas regiões onde está inserido. Em 2021, por exemplo, 61,6% dos casos de violência atendidos estavam relacionados à violência contra a mulher.
Prevenção
A ação conta com a boa recepção e interesse das escolas em participar do projeto, que está previsto na Lei Federal nº 14.164/2021. Aprovada recentemente, a lei inclui o conteúdo sobre prevenção à violência contra a mulher nos currículos da educação básica e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, a ser realizada anualmente, em março, em todas as instituições públicas e privadas de ensino da educação básica.
Para a diretora de Prevenção Comunitária e Proteção à Mulher, Tatiane Maia, a contribuição do PMC no cumprimento da lei é muito importante. “Estamos em mais de 200 territórios, há 16 anos favorecendo a prevenção e o rompimento das violências vivenciadas pelo público atendido. Trabalhar preventivamente também é essencial para o programa. Esse projeto busca intervir com escolas do território de atuação para fomentar a prevenção junto ao público que ainda está em idade escolar”.
Além disso, considerando a segurança cidadã como base para as ações do PMC, o projeto busca fomentar espaços de discussão sobre a Lei Maria da Penha e estratégias adequadas ao contexto de cada localidade para o enfrentamento das diversas formas de violência. Busca, ainda, potencializar as articulações e o diálogo junto à educação, propondo espaços de troca e reflexão sobre o fenômeno da violência.
Minas Gerais
Terror em obras que vão atender a Heineken: Vigilante é executado no trabalho!
Na noite da última sexta-feira (15), um crime bárbaro marcou a região próxima ao km 348 da MG-050, em Passos, Minas Gerais. O vigilante Róbson Daniel Ferreira Silvério, de 49 anos, estava trabalhando e foi morto com vários tiros, o delito aconteceu por volta das 23 horas, na base temporária da Renea Engenharia, empresa que executa obras de asfaltamento na rodovia que liga a MG-050 à estrada Passos/São João Batista do Glória. A estrada dará acesso ao futuro complexo industrial da cervejaria Heineken.
O corpo de Róbson foi encontrado na manhã seguinte (16) por um colega de trabalho que chegava para o turno. A vítima apresentava quatro ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e constatou o óbito no local. Em seguida, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames.
Além do homicídio, foi constatado o roubo do veículo da vítima, uma FIAT/Strada Working, de placa PVQ-4707. A principal linha de investigação da Polícia Civil aponta para um caso de latrocínio — roubo seguido de morte.
As obras realizadas pela Renea Engenharia fazem parte da infraestrutura planejada para receber a nova unidade da cervejaria, um projeto que promete impulsionar a economia da região, mas que também alerta sobre a exposta vulnerabilidade dos trabalhadores.
A empresa responsável pelas obras ainda não se pronunciou publicamente sobre o ocorrido. A Polícia Civil informou que instaurou um Inquérito Policial e trabalha para identificar os responsáveis pelo crime, solicitando que informações relevantes sejam repassadas anonimamente pelos canais oficiais de denúncia.
O caso segue em investigação.