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Seleção de 111 projetos de reparação segue prioridades apontadas em consulta popular

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Os compromitentes do acordo de reparação aos danos provocados pelo rompimento das barragens da Vale em Brumadinho – Governo de Minas, Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública Estadual (DPMG) – selecionaram, entre fevereiro e abril deste ano, um total de 111 projetos para reparação socioeconômica nos 26 municípios atingidos.

As iniciativas são referentes aos anexos I.3 e I.4 do Programa de Reparação Socioeconômica do Acordo Judicial. As propostas de projetos foram enviadas por comunidades e prefeituras e priorizadas em consulta popular, realizada na região atingida em novembro de 2021. O processo consultivo contou com a participação de mais de 10 mil pessoas.

Comitê Pró-Brumadinho / Divulgação

Após a consulta popular, a seleção feita pelos compromitentes baseou-se em critérios técnicos (veja todos ao fim dos texto), além do resultado da priorização no processo. O trabalho foi organizado em blocos, sendo o último selecionado no dia 4/4, com seis obras rodoviárias dentro dos chamados projetos regionais, incluindo a pavimentação de cinco trechos e a construção de uma ponte.

Completando o conjunto de projetos regionais, três iniciativas foram selecionadas no dia 30/3 e incluem: a construção de 1.502 casas populares em 11 municípios atingidos; a instalação de 78 usinas fotovoltaicas em 15 municípios; e a construção de sete creches em cinco municípios.  Neste pacote, com nove projetos regionais, as iniciativas foram priorizadas pela população em mais de um município e vão propiciar um legado para a Bacia do Rio Paraopeba como um todo.

Abrangência

Os demais 102 projetos consistem em: 26 iniciativas para Brumadinho; três específicas para cada um dos outros 25 municípios atingidos; e ainda um para comunidade específica. As seleções ocorreram em duas datas: em 15/2, os 27 projetos em Brumadinho e mais três projetos, para 17 municípios; no dia 23/2, três projetos para cada um dos outros oito municípios, totalizando 24 iniciativas, e o projeto adicional para a comunidade Shopping da Minhoca.

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Os projetos selecionados devem ser executados pela Vale e estão sendo detalhados pela empresa sob fiscalização e acompanhamento da auditoria independente da Fundação Getulio Vargas (FGV) e dos compromitentes.

O acordo prevê que o detalhamento contemple: elaboração do planejamento, com apresentação do escopo, cronograma, custos estimados, riscos previstos, resultados esperados, indicadores, metas e marcos de entrega.

Confira neste link o detalhamento dos projetos selecionados.

Prazos

A empresa terá 90 dias para apresentar aos compromitentes o material, podendo haver prorrogação caso haja fundamento, conforme o termo judicial.

Após o detalhamento e nova análise dos compromitentes, o material seguirá para a auditoria da FGV, que avaliará se o desenho do projeto está adequado e se os custos e prazos estão compatíveis com os parâmetros usuais de mercado. A partir da manifestação favorável da auditoria, poderão ser dadas as ordens de início das obras.

No Anexo I.3 do Acordo (25 municípios atingidos), estão previstos R$ 2,5 bilhões para execução de projetos socioeconômicos, sendo que os montantes específicos para cada um dos 25 municípios foram divididos conforme critérios constantes no Acordo Judicial.

No Anexo I.4 (Brumadinho), por sua vez, estão previstos R$ 1,5 bilhão para projetos socioeconômicos no município onde ocorreu o rompimento.

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O Acordo Judicial visa reparar os danos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A. em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas e gerou uma série de impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o Estado de Minas Gerais.

Critérios técnicos adotados para seleção dos projetos após a consulta popular:

•  aderência aos assuntos mais priorizados na Consulta Popular, realizada em novembro de 2021;

•  viabilidade técnica de implementação do projeto;

•  viabilidade de manutenção futura do projeto – ou seja, se o custeio posterior que a implantação do projeto acarreta pode ser comportado pelos órgãos públicos, tendo em vista que o intuito é de que esses projetos gerem legado para o território;

•  projeto que tem sincronia ou complementaridade a outras políticas públicas e ações em andamento no município;

•  projeto que contribui para o desenvolvimento das vocações locais e/ou tem aderência à estratégia de desenvolvimento em curso para o território;

•  caráter de legado do projeto:

•   se o projeto fortalece a capacidade financeira local – gera economia aos cofres públicos (que pode ser direcionada para outras políticas) ou cria oportunidade de desenvolvimento socioeconômico (sendo fator propulsor de geração de renda e/ou atração de investimentos);

• se o projeto promove o desenvolvimento urbano e fortalece a infraestrutura municipal;

• se o projeto fortalece a capacidade institucional local, contribuindo para o fortalecimento do serviço público de forma sistêmica.

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GERAL

José Santana, presidente de honra do PL, alerta: “A violência no Rio é um retrato do Brasil”

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O presidente de honra do Partido Liberal (PL), José Santana de Vasconcelos, um dos nomes mais experientes da política mineira e com dez mandatos em sua trajetória, se manifestou sobre a crise de violência que o Rio de Janeiro enfrenta. Em conversa recente com um amigo jornalista, Santana revelou profunda preocupação com a escalada da criminalidade e afirmou que o problema ultrapassa as fronteiras do estado.

“A violência no Rio é uma violência nacional. Não dá para separar o Rio do restante do Brasil”, declarou o deputado, ressaltando que a insegurança é hoje um dos maiores desafios do país.

Para José Santana, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias políticas.

“Independentemente de votar à direita ou à esquerda, todo cidadão de bem quer viver em paz. A segurança é uma convergência nacional”, afirmou.

Modelos de referência: Goiás e Santa Catarina

O parlamentar destacou que alguns estados brasileiros têm mostrado caminhos possíveis, citando como exemplo Goiás, sob a liderança do governador Ronaldo Caiado, e Santa Catarina, ambos reconhecidos por resultados expressivos na redução da criminalidade e gestões eficientes nas forças de segurança.

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Segundo Santana, as experiências desses estados mostram que é possível enfrentar o crime com planejamento, investimento em inteligência e valorização dos profissionais da segurança pública.

Crítica ao governo federal e à inversão de valores

José Santana também fez um duro questionamento às recentes declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que traficantes seriam “vítimas de usuários”.

“É um absurdo. Nós precisamos de bom senso e equilíbrio. O Brasil não pode continuar sendo enganado com narrativas que invertem valores. Cidadãos de bem estão morrendo, enquanto o Estado é manipulado por discursos que protegem criminosos”, criticou o presidente de honra do PL.

Santana reforçou que a grande maioria dos policiais é formada por homens e mulheres honestos, que colocam a vida em risco todos os dias, e que não se pode permitir que “minorias criminosas” dentro das corporações manchem a imagem da categoria.

Confiança no PL e esperança de mudança

O líder mineiro disse estar confiante na força do PL para 2026, elogiando a condução do partido em âmbito nacional e estadual.

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“O PL hoje tem um dos homens mais sérios e que cumpre 100% da sua palavra, que é o Valdemar da Costa Neto. Ele vem conduzindo o partido com firmeza e responsabilidade em todo o país”, afirmou.

José Santana também reconheceu o trabalho do deputado federal Domingos Sávio, presidente estadual do PL em Minas Gerais, pela forma como vem conduzindo o partido e defendendo valores de ordem, respeito e justiça social.

Encerrando sua fala, o experiente parlamentar deixou uma mensagem de esperança:

“O Brasil precisa reencontrar o caminho da paz e da autoridade. Segurança pública é dever do Estado e direito do cidadão. Que em 2026 possamos mudar essa história, com coragem, equilíbrio e amor ao nosso país.”

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