Tribunal de Contas
Cláudio Terrão preside painel sobre nova lei de licitações durante congresso internacional
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), Cláudio Terrão, comandou os debates nesta sexta-feira (6), durante o 5º e último painel do II Congresso Internacional de Direito Financeiro e Cidadania, sediado pelo TCE de São Paulo.
Ao abrir os debates, Cláudio Terrão chamou a atenção para a necessidade de reflexões sobre a nova lei de licitações e como o controle externo se comportará em relação a nova realidade trazida pela legislação. Segundo o conselheiro, é fundamental que haja um olhar sobre o futuro, para que sejam criados novos caminhos e que a administração possa concretizar os direitos fundamentais, que estão na Constituição.
“Importante destacar um ponto relevante, que é a questão do erro, enquanto disfunção da administração. O controle precisa compreender o erro administrativo como algo normal no processo decisório […] Mas, mais do que isso, precisamos compreender o erro de hermenêutica, é importante que a gente avalie de forma natural a condição de todo o interprete da lei e aqui [no congresso] se apresentou algumas dificuldades em instrumentos que são fundamentais para isso”, avaliou o conselheiro do TCE mineiro.
Temas- O 5º Painel do congresso, contou com a participação ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Floriano de Azevedo Marques Neto, com o tema “Direito Administrativo Sancionador na Nova Lei de Licitações”. Também se pronunciaram, o Secretário-Diretor Geral do TCESP, Sérgio Ciquera Rossi, com o tema “Controle Externo e a Lei n. 14.133/21” e Conselheiro do TCE/PE, Carlos da Neves Filho, que ministrou o tema “O Controle da Atividade da Inovação pelos Tribunais de Contas”.
Felipe Jácome/Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.