Tribunal de Contas
Comitê Técnico do IRB realizará força tarefa para verificar o atendimento aos critérios do MMD/QATC pelas Ouvidorias dos Tribunais de Contas
Foi realizada nessa terça-feira (20/02) a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) “Força tarefa MMD TC Ouvidorias”, coordenado pelo Conselheiro Cláudio Couto Terrão, Ouvidor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), e que irá verificar o atendimento aos critérios do Marco de Medição de Desempenho – MMD/QATC pelas Ouvidorias dos Tribunais de Contas de todo o país.
O GT integra a estrutura do Comitê Técnico das Corregedorias, Ouvidorias e Controles Interno e Social do Instituto Rui Barbosa (IRB), presidido pelo Conselheiro Gilberto Jales, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN), e possui 14 membros, entre Conselheiros e servidores representantes de oito Cortes de Contas brasileiras.
Durante o encontro, que ocorreu de forma virtual, foi dado início aos trabalhos que serão desenvolvidos pelo grupo no decorrer desse primeiro semestre, cujos resultados serão apresentados durante o Encontro Nacional de Corregedorias, Controles Internos e Ouvidorias dos Tribunais de Contas do Brasil (ENCCO 2024), a ser realizado de 18 a 20 de junho, em Aracaju-SE.
No decorrer da reunião os integrantes do GT conheceram o percentual de atendimento dos critérios da dimensão 4.3, nos dois últimos ciclos de avaliação do MMD TC, realizados em 2019 e 2022, e debateram sobre os dois novos critérios estabelecidos para as Ouvidorias. Deliberaram, ainda, acerca da aplicação de um questionário para conhecer os motivos pelos quais algumas Ouvidorias não conseguiram atender a todos os critérios na última avaliação do MMD TC, realizada em 2022.
Os dados serão levantados por meio de questionário eletrônico que será encaminhado às Ouvidorias do Sistema Tribunais de Contas do Brasil, ainda este mês, e subsidiará as próximas ações do GT.
Equipe Instituto Rui Barbosa
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.