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Tribunal de Contas

Município tem contas reprovadas por abertura de créditos sem recursos disponíveis

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O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), na sessão da Segunda Câmara do dia 8 de agosto, rejeitou as contas do município Santa Maria do Salto, situado na região mineira do Vale do Jequitinhonha, referente ao exercício de 2020, sob a responsabilidade do prefeito à época, Marlon Caires Souza.

A Corte de Contas confirmou a decisão do conselheiro substituto Licurgo Mourão, que constatou terem sido abertos créditos adicionais sem recursos disponíveis, contrariando o disposto na Lei n. 4.320/64 e na LC n. 101/2000. Constatou ainda que, além dos créditos autorizados, foram empenhadas despesas, pelo Poder Legislativo, também em descumprimento à Lei n. 4.320/64.

O TCE fundamenta que, embora seja possível a alteração do orçamento por meio da abertura de créditos suplementares e pela realização de realocações orçamentárias, essa alteração deve ser realizada de forma que não demonstre ausência de planejamento na realização de gastos públicos e em conformidade com as exigências da gestão fiscal responsável, tendo em vista a Lei Complementar n. 101/2000, que pressupõe ação planejada e transparente.

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Além de rejeitar as contas, o Tribunal fez extenso rol de recomendações ao município, esclarecendo a necessidade do planejamento orçamentário, tendo ainda determinado a inclusão do nome do prefeito no rol de responsável a que se refere o §5º do art. 11 da Lei n. 9.504/97, que estabelece normas para candidatura às eleições.


Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação 

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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