Tribunal de Contas
Relator revoga paralisações nos concursos da SEF e AGE
O conselheiro Agostinho Patrus, relator dos processos que analisam os concursos públicos da Secretaria da Fazenda e da Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais, revogou ontem (11/08) as medidas cautelares de suspensão dadas no dia 4. Ele apresentou as deliberações durante a sessão da Primeira Câmara do Tribunal de Contas, enquanto os processos 1114503 (Denúncia) e 1120160 (Edital de Concurso) eram analisados. Logo depois, por solicitação de Patrus, os conselheiros do colegiado aprovaram a “afetação ao pleno” desses temas, que terão o mérito analisado pelo colegiado maior do TCEMG.
Ao se manifestar, o conselheiro justificou que, “diante dos memoriais apresentados pelo estado e de análise acurada da matéria, principalmente da legislação de regência, bem como revendo o meu posicionamento, entendo que é possível a realização do concurso público no presente momento”.
Entretanto, apesar da liberação, o relator expediu recomendação ao Estado de Minas Gerais. “Que, homologados os certames, não prossiga com as nomeações, antes das análises dos processos por esta corte. Ainda, que informe a este tribunal todos os atos executados após a finalização dos concursos no prazo de cinco dias úteis”.
Veja na gravação abaixo, a partir do tempo de 17min e 37s, o pronunciamento do relator.
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.