Tribunal de Contas
Segunda Câmara multa ex-prefeito de Tarumirim
A Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) votou, na sessão de hoje, 27/6/2023, o Processo n. 1.110.062, de auditoria na Prefeitura Municipal de Tarumirim, localizada no Vale do Rio Doce, e decidiu multar o responsável, no valor de R$2.000,00, que irregularmente, assumiu obrigações nos dois últimos quadrimestres do final de seu mandato. Esse montante foi de R$354.553,92 (trezentos e cinquenta e quatro mil quinhentos e cinquenta e três reais e noventa e dois centavos).
No seu voto, o relator, conselheiro José Alves Viana, com base no reexame da Unidade Técnica e o parecer do Ministério Público de Contas, advertiu ao gestor (mandato 2017/2020) que a contração de despesas não cumpridas integralmente dentro do exercício, ou sem que haja disponibilidade suficiente de caixa no exercício seguinte, ofende o disposto no caput do art. 42 da Lei Complementar Nacional n. 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além da aplicação da multa, determinou que o chefe do Executivo Municipal “se atente às restrições previstas na legislação de regência no tocante à inscrição de despesas em Restos a Pagar ao término do mandato, tendo em vista o equilíbrio das finanças públicas do município”, de forma não aumentar o endividamento municipal.
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.