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Tribunal de Contas

Servidor do TCE fala sobre recursos vinculados à educação em Congresso Mineiro de Municípios

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“Má fé de gestores não é a regra. Os equívocos cometidos são, em sua maioria, frutos do desconhecimento do assunto”. Foram as palavras de Pedro Henrique Azevedo, superintendente de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) nesta manhã de quarta-feira (05/08/24). Nesse sentido, Azevedo enfatiza a importância da atuação pedagógica do TCE para levar ao jurisdicionado informações relevantes principalmente em final de mandato.

No Expominas, com a sala Triângulo lotada, o palestrante discorreu sobre os cuidados que o gestor deverá ter para evitar problemas na prestação de contas, discorrendo sobre o que o Tribunal considera como impacto nas finanças do município. Para Azevedo, o cumprimento do percentual (25%) na manutenção e desenvolvimento do Ensino é uma das principais exigências do TCE quando da análise das prestações de contas.

Ao falar sobre os recursos vinculados à educação, o superintendente esclareceu que somente despesas de impostos (ICMS, IPTU, IPVA etc), bem como transferências de impostos, podem ser considerados para fins desses 25% aplicados no ensino. Segundo Pedro, construção e reforma de escola, por exemplo, não podem ser computadas e que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) também não vai impactar. “As despesas realizadas com o Fundeb não entram nos 25%, entretanto a receita que manda para o Fundeb entra nos 25% aplicados no ensino, esclareceu.

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Pedro Henrique ainda alertou os presentes para os problemas que o gestor poderá ter se porventura houver sobra (10%, 30%) dos recursos do Fundeb, e esses recursos não forem gastos até o primeiro quadrimestre do ano subsequente, garantindo que, caso isso aconteça, esse percentual será retirado do montante a ser repassado no ano seguinte, em prejuízo ao município.


Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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