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Tribunal de Contas

Súmula 347: julgamento de Mandado de Segurança é finalizado no STF

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 Foi finalizado, na última segunda-feira (21), o julgamento do Mandado de Segurança nº. 25888, impetrado pela Petrobras. Por maioria, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, Ministro Gilmar Mendes. 

O Mandado de Segurança tem relação com acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU). Aplicando a Súmula 347, a Corte declarou, no caso concreto, a inconstitucionalidade de ato normativo (Decreto n. 2.745/1998, com lastro legal no art. 67 da Lei n. 9.478/1997).

Em seu voto, o Relator reafirmou a competência dos Tribunais de Contas para o controle de constitucionalidade, em concreto, à luz da Súmula 347, nas circunstâncias em que for caracterizada a violação a dispositivo da Constituição ou por contrariedade à jurisprudência do STF. No entanto, votou pela perda superveniente do objeto da impetração e negou provimento ao agravo regimental, em razão do advento da Lei n. 13.303/2016 e a forma como foram deduzidos os pedidos na peça inicial. 

Conforme o Ministro Gilmar Mendes, o tratamento de questões constitucionais por parte do TCU passa a ostentar a função de reforço da normatividade constitucional. Da Corte de Contas passa-se a esperar a postura de cobrar da administração pública a observância da Constituição, mormente mediante a aplicação dos entendimentos exarados pelo Supremo Tribunal Federal em matérias relacionadas ao controle externo. 

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“Nessa senda, é possível vislumbrar renovada aplicabilidade da Súmula 347 do STF: o verbete confere aos Tribunais de Contas a possibilidade de afastar (incidenter tantum) normas cuja aplicação no caso expressaria um resultado inconstitucional (seja por violação patente a dispositivo da Constituição ou por contrariedade à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria)”, pontuou o Relator.

Restaram vencidos os Ministros André Mendonça, Nunes Marques e Luiz Fux. O Ministro Edson Fachin acompanhou o Relator com ressalvas, e o Ministro Roberto Barroso declarou sua suspeição.

Assim, conforme o presidente Cezar Miola, a Associação vem acompanhando e realizando as atividades necessárias para prestar informações aos julgadores, no sentido de se obter desate que assegure aos TCs o exercício desse controle de constitucionalidade, à luz da Súmula 347.

A matéria referente à Súmula 347 segue em exame no ARE 1208460, em que a Atricon requereu a sua habilitação como “amicus curiae”.

Acesse aqui mais informações sobre o andamento e julgamento do MS. 25888.


Redação Atricon

Fonte: Tribunal de Contas de MG

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Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

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Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

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