Tribunal de Contas
TCE potencializa ações de proteção à criança e ao adolescente no Estado de Minas Gerais
“Por todo o exposto, concluo que a presente Auditoria Operacional realizada no Estado de Minas Gerais atendeu aos objetivos precípuos que nortearam sua realização no sentido de identificar os principais problemas nas ações de proteção à criança e ao adolescente”. Assim manifestou-se o conselheiro decano Wanderley Ávila, na sessão da Segunda Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, na manhã dessa terça-feira, 14 de maio de 2024.
A auditoria (Processo 1135217) compreendeu o exercício de 2022 e pautou-se em questões como: em que medida as crianças e adolescentes vítimas de violação de direitos e seus familiares têm conseguido ter acesso aos serviços especializados; qual o nível de estruturação da governança e planejamento do estado e dos municípios quanto a regulamentação e institucionalização da política, ao planejamento, ao monitoramento e a transparência para promoção da proteção de crianças e adolescentes.
O trabalho teve foco na atuação de órgãos/instituições estaduais como o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG); Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG); Secretária de Estado da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Secretaria de Estado da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp); Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente (CEDCA), cujos representantes foram citados para adotar, na íntegra, as recomendações sintetizadas na “Proposta de Encaminhamento”, constante do Relatório Final da Auditoria Operacional.
Clique aqui e tenha acesso às recomendações feitas pelo Tribunal de Contas. As iniciativas dos órgãos para cumprirem as orientações deverão compor o Plano de ação a ser elaborado pelos gestores e monitorado pelo Tribunal.
Denise de Paula / Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.