Tribunal de Contas
TCEMG conclui ciclo de monitoramento no Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de BH
O Colegiado da Segunda Câmara do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCEMG) decidiu, em sessão de 7/11/2023, por encerrar o monitoramento do plano de ação realizado no Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte (FMDCA), tendo em vista o atendimento considerado satisfatório pelo Tribunal de 81,82% do plano de ação para reverter o cenário de ineficiência identificado no órgão quando da realização da auditoria de conformidade n. 932897 que examinou documentos daquele fundo entre 1º/1/2007 e 30/6/2014.
Segundo estudo técnico do Tribunal, para sanar as irregularidades encontradas à época da auditoria, seria necessário acompanhar a gestão dos recursos do FMDCA e a efetividade das políticas de promoção da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes, o que motivou o monitoramento naquele órgão.
O envio do plano de ação ao TCEMG foi determinado pelo relator, conselheiro substituto Licurgo Mourão em 13/6/2019, que deveria conter: as políticas públicas de atendimento de crianças e adolescentes; o cronograma de aplicação dos recursos; a descrição dos programas e projetos; o número de crianças e adolescentes a serem atendidos; o responsável pela execução; o histórico de aplicação dos recursos do Fundo entre 2009 e 2015; os valores destinados e as datas dos projetos e programas; o relatório de acompanhamento e a avaliação das atividades apoiadas pelo Fundo e os critérios de avaliação definidos pelo Conselho, entre outros.
Alguns itens não esclarecidos no citado monitoramento terão novos prazos e o Tribunal incluiu o órgão no Plano Anual de Fiscalização do Tribunal de Contas para novo monitoramento.
Regina Kelles | Coordenadoria de Jornalismo e Redação
Fonte: Tribunal de Contas de MG
Política
Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.
O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.
No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.
A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.
Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.
Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.