Pesquisar
Close this search box.

Tribunal de Contas

TCEMG fiscaliza R$ 1,65 bilhão repassados aos municípios pelo acordo com a Vale

Publicados

em

Autoridades mineiras durante cerimônia de repasse dos recursos da Vale para os municípios, em agosto de 2021

O Tribunal de Contas de Minas Gerais fiscalizou o montante de R$ 1,65 bilhão, repassados aos municípios mineiros, referente ao acordo de reparação dos danos decorrentes do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em janeiro de 2019. O Estado transferiu os valores para as 853 prefeituras de Minas entre 2021 e 2022. A fiscalização feita pelo TCEMG, durante o repasse dos recursos, permitiu um benefício do controle de R$ 191,80 milhões, de recursos que seriam contabilizados incorretamente ou aplicados em despesas vedadas pela Lei nº 23.830/21, que definiu as regras de transferência a aplicação dos recursos. 
 
O tribunal encontrou 885 divergências nas contabilizações dos recursos, sendo que 783 (83%) foram resolvidas, somando R$ 190 milhões. Já em relação à aplicação dos recursos, técnicos do TCEMG verificaram que R$ 2,1 milhões foram aplicados em despesas vedadas pela legislação, por oito municípios mineiros. Após a notificação feita pela Corte de Contas, R$ 1,8 milhão (87%) foram devolvidos para as contas bancárias específicas para os recursos da Vale.
 
O dinheiro pode ser aplicado em projetos de mobilidade e de fortalecimento dos serviços públicos, em ações como: pavimentação, recapeamento, pontes, construção/reformas de unidades de saúde, escolas ou unidades habitacionais e obras de saneamento. Já despesas com pessoal, dívidas, compras de veículos leves e despesas correntes não podem ser feitas com esses recursos.
 
Visando a transparência, o tribunal desenvolveu um painel interativo com toda a execução orçamentária dos recursos recebidos pelos 853 municípios mineiros. E, durante 2022, a caravana do TCEMG percorreu todas as regiões do Estado com o “Encontro Técnico TCEMG e os Municípios”, em que a palestra de abertura era sobre a contabilização, aplicação e prestação de contas dos recursos da Vale. 
 
 
 

Lucas Borges / Coordenadoria de Jornalismo e Redação

Fonte: TCE MG

COMENTE ABAIXO:
Leia Também:  TCE suspende concorrência pública em prefeitura do Sul de Minas
Propaganda

Política

Dino Bloqueia Emendas e CGU Investiga PIX Suspeitos Para ONG`s

Publicados

em

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino optou, nesta terça-feira (12), por manter a suspensão da liberação das emendas parlamentares. Essa medida foi tomada após a CGU (Controladoria-Geral da União) apresentar um relatório apontando desvios nos repasses de recursos destinados a ONGs (Organizações Não Governamentais) por deputados e senadores.

O ministro também notificou a Câmara dos Deputados e o Senado, concedendo-lhes o prazo de até dez dias para se pronunciarem sobre as informações do órgão. Após esse período, a PGR (Procuradoria-Geral da República) terá mais dez dias para emitir sua posição.

No relatório, a CGU identificou falhas no uso das chamadas emendas Pix — quantias alocadas por parlamentares diretamente a estados ou municípios, sem a exigência de firmar convênios ou elaborar projetos detalhados. Entre dez organizações analisadas, ao menos seis revelaram problemas de transparência e má utilização dos recursos públicos.

A investigação da CGU indicou que, em várias dessas ONGs, não houve chamamento público ou seleção de projetos, violando a legislação que regulamenta parcerias entre a administração pública e entidades da sociedade civil. “Constatou-se que cinco das dez entidades não possuem equipe ou infraestrutura adequada para a execução dos objetivos propostos”, destacou o relatório da Controladoria.

Leia Também:  TCE suspende concorrência pública em prefeitura do Sul de Minas

Além disso, a CGU observou que, em oito das dez organizações investigadas, não se respeitaram critérios claros e objetivos para a compra de bens, contratação de serviços ou implementação dos projetos de acordo com as normas vigentes.

Diante dessas irregularidades e da falta de transparência, o STF determinou, em agosto, a interrupção de todos os repasses obrigatórios de emendas pela União. Dino sustentou que os pagamentos devem permanecer suspensos até que haja garantias adequadas de transparência e mecanismos de rastreamento. Sua decisão foi confirmada pelo plenário do Supremo.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

ALPINÓPOLIS E REGIÃO

MINAS GERAIS

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA